Eu esperava,
e o fazia em vão...
Como em vão vivi
cada um de meus dias,
como em vão verti cada lágrima
como foi assim com cada sorriso...
E nesta vida onde tudo se esquece
onde só o tempo não envelhece,
onde os homens nunca enternecem
cismei eu, triste escolha
de nascer poeta...que tola!
Poeta sem pontos finais
poeta de um amor mal-amado terapeuta de uma dor sem cura
entre o prazer e a loucura, neste breve instante
entre o sim e o não
onde espero até sempre
em vão, um não sei o quê,
alguma emoção...
Um retrato, um rosto,
um esboço, um canto
onde possa descansar
minha desilusão,
onde possa suspirar meu desencanto! |