Nestes tempos de terceiro milênio
Há muito pouco apreço pela poesia:
Devaneio de idéias e lembranças fugidias
Onde gozamos nossa fuga em silêncio.;
Onde somos cúmplices do que sentimos,
Cópias daquilo que nós pensamos.;
Se fazendo ver em tudo o que amo
Os sons catedrais de muitos sinos.
Mas não importa a arte pelo que foi,
Porque tu, poesia, esquartejada sois
Pela realidade que sempre nos fere,
Sendo que o que somos vem sempre depois
E o que vemos é a única certeza, pois
“Nemo in sese tentat descendere”.
|