O prefeito de Piracicaba Barjas Negri (PSDB) foi ouvido na CPI instalada no Congresso Nacional para esclarecer a autoria dos crimes de superfaturamento das ambulâncias.
Interrogado no dia 7 de novembro pelo presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito que tenta desvendar o mistério, Barjas negou qualquer participação no esquema.
Segundo Luiz Antônio Vedoin um dos proprietários da PLANAM, o empresário Abel Pereira tinha acesso livre e informal ao Gabinete do então Ministro da Saúde professor Barjas Negri, fato que facilitava a liberação do dinheiro do povo, objeto dos crimes.
Abel Pereira, dono da CICAT, empresa atuante na construção civil, segundo informações, teria contribuindo com R$ 30 mil para a campanha eleitoral na qual o atual prefeito piracicabano foi vencedor.
Devido à contradição entre as falas o deputado Eduardo Valverde (PT-RO) apresentou à presidência da mesa, logo após o interrogatório, um requerimento solicitando o acareamento entre Barjas Negri, Abel Pereira e Luiz Antônio Vedoim.
Nas ruas
Ontem nas ruas de Piracicaba alguns eleitores do prefeito acusado justificaram suas prováveis atitudes dizendo “ser normal” o que ele teria feito e que “todo mundo rouba”.
Na esquina das ruas São José e Benjamin Constant, um ex-funcionário da prefeitura foi categórico: “Barjas pode ter embolsado alguma coisinha, mas está fazendo um bom governo”.
Um enfermeiro aposentado na Prefeitura, perguntado sobre o assunto na esquina entre as ruas São José e Santa Cruz disse que: “Falaram tanto do Paulo Maluf e, no entanto ele está ai de novo, com a força do voto”.