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Artigos-->AMAZÔNIA SOBERANIA -- 12/11/2006 - 23:50 (Osvaldo de Oliveira Aleixo Rodrigues, M.Sc.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


ÁGUAS SUPERFICIAIS E SOBERANIA DA AMAZÔNIA - RIQUEZA SOB RESERVAS INDÍGENAS E ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL? POTENCIAL ADORMECIDO E POLÍTICAS DESEJÁVEIS? 



Osvaldo de Oliveira Aleixo Rodrigues, M. Sc.

Mestre em Saneamento, Recursos Hídricos e Meio Ambiente - UFMG. Engenheiro Eletricista PUC MG. Pós-graduado em Engenharia Econômica, Fundação Dom Cabral. MBA - Executivo em Finanças Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais/IBMEC Business School. Planejamento Estratégico ADESG. Experiência de cerca de 10 anos em diagnóstico ambiental, avaliação de riscos e remediação de áreas degradadas (descontaminação de solo e água subterrânea). Estudos e especialização em processos de Oxidação Avançada para o uso de ozônio em larga escala.



Tel/Fax. : + 55 31 3281.1818 + 55 31 9379.1800. Email: oaleixo@hotmail.come osvaldo@uaigiga.com.br. Skype: osvaldoaleixo





RESUMO: Este trabalho apresenta o resumo de uma abordagem sobre a soberania na Amazônia, com ênfase na valorização do homem que habita o local e no fortalecimento das instituições, através do planejamento e implementação de políticas de desenvolvimento e segurança da região Amazônica. Foi apresentado aos estagiários do Ciclo de Estudos de Política e Estratégia – CEPE/2006, em 08.11.2006, no auditório da 4a. Companhia de Polícia do Exército em Belo Horizonte/MG.



ABSTRACT: This paper presents a summary of an approach to sovereignty in the Amazon, with emphasis on appreciation of the man who inhabits the place and strengthening of institutions, through planning and implementation of development policies and safety of the Amazon region. It was presented to trainees Cycle Strategy and Policy Studies - CEPE/2006 on 08.11.2006, in the auditorium of the fourth. Company Military Police in Belo Horizonte / MG.



PALAVRAS-CHAVE: Amazônia, águas superficiais, riquezas da amazônia, soberania, desenvolvimento econômico e social, sustentabilidade e segurança.



INTRODUÇÃO






 introduçãoinIÉ uma honra e um presente tratar de um tema tanta importância para o Brasil como a Amazônia. É interesse do todo o povo brasileiro e também seu dever constitucional garantir a soberania de nosso território. Art 1, 4, e 170 da constituição de 88.



Na imensidão do território amazônico encontram-se 34% das florestas do planeta e a MAIOR bacia hidrográfica do mundo, a do Rio Amazonas, com SEUS 7 milhões de km2 de área, 6.900 km de extensão e abrigando mais de 1.000 afluentes, nasce no lago LAURICOCHA na cordilheira dos Andes no Peru e deságua no Atlântico Norte junto à ilha de Marajó no Brasil.



Por imagem de satélite nota-se a forte pressão antrópica na Amazônia, nas direções Sul/Norte e Leste/Oeste, sinalizada pela marca do desmatamento. Desmatamento este, executado com traços do colonizador, que orientou o homem para explorar a terra, em lugar de valorizá-lo e conscientizá-lo da importância de um manejo adequado e permanente de cada ecossistema, que deveria se pautar no conhecimento da cultura local e na prática de normas técnicas cientificamente desenvolvidas para cada ecossistema e necessariamente direcionadas ao atendimento de demandas concretas, que assegurem a agregação de valor em benefício da sociedade.



Nosso diagnóstico tem ênfase principal no homem, mas também nas instituições e a abordagem é a da garantia da soberania da Amazônia através do planejamento de políticas de desenvolvimento e segurança.


 


RIQUEZAS NATURAIS - ÁGUAS, MINÉRIOS, MADEIRA, BIODIVERSIDADE, PRODUÇÃO DE GRÃOS, TURISMO



 A riqueza da maior biodiversidade e reserva de recursos naturais do planeta inclusive a água, convive ao mesmo tempo com grandes contrastes observados na região e com o viés da pobreza, do descaso político e de uma ocupação não planejada.



A beleza natural é evidente, como a vista do Rio Moa no Parque da Serra da Divisa a noroeste do Acre na divisa com o Peru, o arquipélago Mariuá um dos maiores do Mundo com 140 km extensão, 20 de largura, abrigando cerca de 700 ilhas.



A área desmatada atinge um percentual superior a 12,5%, decorre do extrativismo, da lavoura e da pecuária. O encorajamento à imprensa para divulgar o desmatamento de forma sensacionalista, assim como tratados, acordos e concessões devem merecer os devidos cuidados e contemplar uma visão mais ampla e de longo prazo, pois podem trazer ameaças à soberania.



Embora responsabilizemos e muito a pecuária a maior ameaça do desmatamento vem da lavoura.



A produção da soja no Mato Grosso e Rondônia representa significativos 50% da produção Brasileira e 25% da produção Mundial. Na verdade, o ritmo do desmatamento na Amazônia caiu, mas ainda é elevado e sobre este desmatamento muito se fala e pouco se faz, uma vez que existem terras produtivas e apropriadas para cada finalidade e geração de riqueza.



Pouco se pesquisa a respeito do homem habitante local, de assentamentos, tipos de usos da biodiversidade, dos trabalhos das ONGs, seus objetivos, ações, mapeamento de suas áreas de atuação, fontes de recursos financeiros, quantidades, origem e destino de recursos explorados.



A Amazônia apresenta significativas concentrações urbanas em centros como Manaus/AM, Belém/PA; São Luiz/MA; Porto Velho/RO; Macapá /AP; Boa Vista/RR, Rio Branco/AC, mas é FRACAMENTE povoada principalmente nas regiões de fronteiras, que apresentam densidade demográfica baixíssima de 3,7 hab/km2. Na maioria dos 792 municípios da região as populações variam entre 5 a 15 mil habitantes que procuram as margens dos rios por falta de infra-estrutura.



Diz o prof. Napoleão Figueiredo, da Academia de Letras do Pará, abre aspas “ a região tem motivado pesquisas e estudos, muito mais pela exuberância e singularidade de sua natureza do que pela presença humana ... com resultados que geraram apenas ciclos efêmeros de riqueza localizada e explorada para atender ao interesse capitalista mais imediato”. E prossegue ... Nunca houve na Amazônia um planejamento que tivesse em seus objetivos inscrever a saga humana da região, que relacione o desenvolvimento com o futuro ecológico e econômico do país ... e garanta às gerações dos homens do norte um caminhar seguro e digno..” fecha aspas



A habitação se caracteriza por palafitas em áreas ribeirinhas sem coleta e tratamento de esgotos e lixo. As populações vivem em meio aos esgotos que correm a céu aberto em direção aos rios de onde retiram a água para o uso doméstico e crianças tomam banho. Em apenas 5% de localidades se tem água tratada. Isto, naturalmente, ocasiona problemas graves de saúde.



Na faixa fronteiriça além da falta de saneamento existe uma grande incidência de malária em toda região, notadamente, ao norte e sudoeste do Amazonas, em Rondônia e no Amapá.



Em compensação, existe uma infra-estrutura turística bem freqüentada, como é o caso do hotel ARIAÚ Amazon Towers construído EM PLENA SELVA a 60 km de Manaus. Existem também pontos turísticos como o teatro de Manaus, estádio de futebol e portos fluviais com capacidade para atracar navios de grande porte e transatlânticos que visitam a região.



A questão da falta de critérios para demarcação de terras indígenas, que em numero de 144 MIL ocupam 11% do território nacional e com amparo constitucional tem direito sobre as riquezas do solo, dos rios e lagos, exceto o subsolo (Art. 231), constituem, junto com a questão ambiental, óbices para o desenvolvimento.



Pressões políticas para demarcações de extensas áreas para indígenas e também para aprovação de medidas provisórias que tentam inserir como direito para os índios o rico subsolo e Zonas de fronteiras NÃO demarcadas colocam em risco a soberania. O território fica subdividido, de um lado, em reservas indígenas que atingem cerca de 22%, e de outro, por reservas ambientais. O Estado de Rondônia possui hoje cerca de 58% do seu território identificado como reserva indígena e O RESTANTE é praticamente reserva ambiental.



A infra-estrutura ferroviária é tímida e a infra-estrutura rodoviária em grandes centros como Manaus é até sofisticada, mas a malha rodoviária como um todo é de pequena extensão, formada por cerca de 24 mil km de rodovias federais, 80 mil estaduais e 200 mil municipais. Mas, existem estradas que levam nada a lugar algum e as que conectam pontos importantes de desenvolvimento encontram-se condições intransitáveis.



A rede aeroviária conta apenas com 9 aeroportos internacionais: Manaus/Tabatinga/AM; Belém/Santarem/PA; Rio Branco e Cruzeiro de Sul/AC; Macapá/AP; Boa Vista/RR; e São Luiz /MA. São 7 os aeroportos domésticos: Porto Velho/RO, Cuiabá/MT; Altamira/ Carajás/ Marabá/PA, Imperatriz/MA E Tefé/AM.



Existem centenas de aeroportos regionais inventariados para a região da Amazônia legal, desde 1991, mas não implantados, alguns possuem planos aeroviários, outros NEM ISTO;



A hidrovia é um IMPORTANTE MEIO DE transporte NA REGIAO, com diversos portos fluviais como o de Manaus, que comporta navios e transatlânticos de grande calado QUE VEM do exterior EM visitas a região, portos fluviais de Porto Velho, Santarém, hidrovias como as dos Rios Madeira, Solimões também compõem o sistema hidroviário. Faltam melhorias principalmente na sinalização e re-aparelhando da capitania dos portos.



A zona franca de Manaus como pólo de desenvolvimento de tecnologia funciona mais como montadora do que como região de criação de tecnologia.



A infra-estrutura é precária, mas a região é muita rica em recursos minerais, e naturais. Alguns projetos implantados como a mineração de ferro em Carajás, o caulim, o alumínio no Estado do Pará, desenvolvem e integram de forma vigorosa as comunidades da região, com as suas ferrovias e portos que escoam a produção.



Entretanto, observa-se a evolução de garimpos que são realizados de forma desumana e com resultados predatórios poluindo os rios com metais, como o caso do ouro de serra pelada. Temos hoje mais de 1200 concessões para garimpos e 400 lavras autorizadas.



Outra riqueza operacionalizada é a da província petrolífera do Urucu. Desenvolvida pela Petrobrás em plena selva e nas margens do Rio Urucu no Estado do Amazonas, importantíssimo projeto para a produção e suprimento de gás.



A rede de vigilância de fronteira é tímida e favorece a clandestinidade, com apenas 9 postos de vigilância sanitária; 12 de polícia federal e 4 postos de receita federal, para cobrir uma faixa fronteiriça de cerca de 2 km de largura com 11 mil km de comprimento.



As forças armadas estão presentes na região, preponderantemente o exército brasileiro, em relação à aeronáutica e a marinha. Principalmente nas regiões de fronteira Tabatinga/AM e São Gabriel da Cachoeira/AM; Boa Vista/RR, Macapá/AP, onde são desenvolvidos trabalhos de engenharia, educação e assistência social.



O poder militar é fator de dissuasão. Bases militares se localizam em toda região de fronteira e nas margens dos rios. Existem perigos para a soberania principalmente nas fronteiras com países vizinhos, onde se desenvolvem as plantações de coca. Existem algumas bases militares americanas no Peru e na Venezuela.



O projeto Calha Norte hoje revitalizado, vai abranger 151 localidades com 95 na área de fronteira numa extensão de 5.900 km passa a ser fundamental e por isso, recomendável à luz da nova ordem mundial que requer eficácia, produtividade, influência econômica; integração e revolução tecnológica.



O Sistema de Proteção da Amazônia para o Controle de Defesa Aérea e controle de tráfego - SIPAM se torna essencial para a defesa da soberania e necessita de investimentos urgentes para a sua plena implantação.



Para o planejamento foram estabelecidos DOIS CRITÉRIOS BÁSICOS:



Primeiro: a ADOÇÃO de políticas de ESTADO em DETRIMENTO de políticas de GOVERNO



Segundo: a CLASSIFICAÇÃO das políticas no tempo, como de CURTÍSSIMO PRAZO/1 ANO, CURTO PRAZO/2 ANOS, MÉDIO PRAZO/10 ANOS E LONGO PRAZO/100 ANOS.



Contemplamos dois cenários: um PESSIMISTA e um DESEJADO.



No cenário PESSIMISTA teríamos um futuro desastroso para o Brasil, decorrente de ações desordenadas dos governos, agressões ambientais irreparáveis, aumento de presença estrangeira na região com alto risco de perda da soberania sobre o território da Amazônia.



No cenário DESEJADO o resultado será a garantia da SOBERANIA, por meio do desenvolvimento sustentável com ações integradas dos governos tomadas a partir da defesa e da pesquisa e conhecimento do ecossistema para a preservação da riqueza na região, valorização e capacitação do homem, fortalecimento das instituições e monitoramento permanente da presença estrangeira.



CURTÍSSIMO PRAZO/1 ANO

Integração das forças armadas com a criação do Comando Único e Geral Militar da Amazônia, para decisões e uso racional conjunto dos recursos e da infra-estrutura, com aumento e re-aparelhamento das forças armadas e um trabalho conjunto com a polícia federal, incluído investimento no SIPAM.



Acompanhamento das ONG’s por meio do cadastramento e mapeamento das áreas de atuação, objetivos, representante legal, origem e aplicação dos recursos, resultados. Monitoramento e fiscalização com a criação de uma secretaria composta por membros do Ministério da Justiça, Polícia Federal e Ministério Público da União.



Campanhas de conscientização voltadas para todo o Brasil para mostrar a importância estratégica da região amazônica, os interesses dos estrangeiros e a necessidade de defesa.



Campanhas voltadas para a população amazônica demonstrando sua importância para manutenção da soberania local



CURTO PRAZO / 2 ANOS

Revisão constitucional das questões ambientais e indígenas, com a

Modernização da legislação ambiental e de assentamentos populacionais,

Dinamização das licenças ambientais nos projetos de desenvolvimento,

Revisão da política de demarcação de terras indígenas, Aprovação e implementação da Lei de Biopirataria, Criação de novo modelo ambiental.







Promulgação dos Royalties

Compensação financeira devida pelos empreendimentos de mineração na Região Amazônica, Alocação dos recursos dos Royalties na própria região para desenvolvimento da infra-estrutura, principalmente do saneamento básico e Utilização das riquezas da Amazônia na própria região



Investimentos em pesquisa e reformulação dos Currículos Escolares

Com ampliação e foco estratégico nas pesquisas e estudos da Amazônia, Conscientização das crianças e jovens da importância estratégica e das riquezas da Amazônia e desenvolvimento do espírito de brasilidade



Reestruturação das instituições

Modernização estrutural nos Instituições e órgãos (IBAMA, INCRA, FUNAI), polícia e receita federal, Contratação e capacitação de recursos humanos para fiscalização, Criação de mecanismos de sindicância para evitar desvios e Integração com a SAONG no monitoramento e fiscalização das ONG’s



Incremento do Turismo

Fomentação do turismo ecológico na região, Criação de incentivos para o desenvolvimento do setor de turismo, Melhoramento da infra-estrutura de serviços para o turismo, Divulgação do turismo da região em níveis local, regional e internacional



Infra-estrutura para o Desenvolvimento

Agilização da construção das Hidrelétricas do Rio Madeira e do Rio Xingu, entre outras, Conclusão do gasoduto Urucu – Manaus e Urucu – Porto Velho, Criação de uma rede multimodal de transporte (Hidrovia /Ferrovia /Rodovia), com prioridade para as hidrovias, Desenvolvimento e melhoria nos aeroportos internacionais e regionais e da aviação regional em conjunto com os demais países amazônicos





Saneamento Básico

Valorização da população da região amazônica com a Implantação da rede de saneamento básico (captação e tratamento de água, esgoto e resíduos), Investimento robusto em campanhas para eliminar as epidemias da região



Fundo Único da Amazônia

Captação de recursos de organismos financeiros internacionais (BID, BIRD,Agências de Fomento) e do BNDES, Captação de financiamento para investimentos de longo prazo, Condicionamento de investimentos à sustentabilidade dos projetos, Fiscalização intensiva para comprovar a adequada utilização dos recursos



Prosseguimento Contínuo do Desenvolvimento

Implementação de novos pólos industriais na Amazônia, Geração e manutenção de empregos e de renda, Criação de incentivos fiscais para as indústrias (imposto único), Interligação dos novos pólos através de rede multimodal de transportes, Integração comercial com os países do Mercosul (Venezuela)



Monitoramento e Controle de Políticas, Estratégias, Objetivos e Metas



O acompanhamento de todas as ações planejadas para verificar de forma permanente a implementação das políticas, bem como o efetivo atendimento aos objetivos será possível através do monitoramento dos resultados das estratégias traçadas e implementadas.



É inerente ao processo de planejamento estratégico e absolutamente necessário o procedimento de realimentação de correções e ajustes das políticas ao longo do tempo para atingir metas e objetivos.



A utilização dos órgãos e instituições de maneira integrada será a principal arma no que diz respeito às estratégias para o desenvolvimento e a inteligência militar o instrumento de verificação da correta aplicação das políticas de segurança. Com estes termômetros pretendemos monitorar e corrigir as ações para a garantia da soberania da Amazônia.



A transparência e disponibilidade de informações bem como trabalhos de conscientização criarão as condições para uma participação efetiva do povo, na proteção defesa da terra de fato e de direito para atingir o cenário desejado e de interesse de todos.



O passo fundamental é regulamentar por lei a obrigatoriedade do cadastramento e mapeamento de todas as ONGS e a liberação para exploração somente com manejo a partir de normas técnicas definidas e aprovadas pela ABNT, em locais onde se tenha averbação da reserva para manter a biodiversidade.



O mapeamento de controle deve ser detalhado, devem existir critérios de seleção de espécies a serem pesquisadas com base na ocorrência de 70% dessas espécies que indicam a apropriação da exploração no local.



A comunidade deve ter consciência, participação e principalmente vontade de desenvolver a pesquisa, condições climáticas de produção de sementes, tipo de solo, dispersão com o vento, chuvas, inundações, recursos para o manejo (significa cuidar após exploração) devem provocar o impacto mínimo.



A pecuária é incompatível em áreas de manejo, pois, implica em fogo que destrói propriedades nutritivas do solo, nem sempre é necessário retirar toda a vegetação nativa para o manejo adequado, transplantar plantas para as áreas remanescentes intactas.



Cuidados para evitar erosões em locais íngremes, reprodução de mudas em escala e em curto prazo utilizando conhecimentos de genética e clonagem, determinar as demandas e usos e tipos aplicações e valores dos recursos a serem explorados.



Aplicar conceitos de silvicultura simultânea de milho, arroz, feijão, estabelecer prazos de colheitas e replantios, conveniar com universidades para socializar o conhecimento na região, combater a clandestinidade, evitar burocracias exageradas que não funcionam como controle.



Criar critérios para dar suporte aos órgãos fiscalizadores, IBAMA INSTITUTOS DE FLORESTAS de modo a ter consciência quanto a liberação e impactos posteriores.



Substituir fiscalizar o recurso retirado com impacto para fiscalizar a origem antes do impacto ambiental,



Substituir a fiscalização de transportes por fiscalizar a produção da industria receptora de onde se pode derivar a quantidade de recurso da origem determinando-se o nível de clandestinidade.



Buscar o domínio de toda a cadeia de produção e distribuição, criar códigos para os produtos naturais e patenteá-los para evitar biopirataria.



Verificar o nível de resíduos e efluentes poluentes descartados no ambiente, obrigar o fabricante a colocar o local de origem e a participação percentual dos constituintes de seus produtos.



Contemplar a questão da fauna, dos recursos hídricos e processos erosivos e de desertificação, viabilizar o manejo senão a improbidade tomará conta e haverá degradação, transparência e publicação dos dados.



Evitar cipoal de leis que criam óbices para o desenvolvimento.









Conclusão



“(…)Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. Petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.



(…)Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.



(…)Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa!"





Cristovão Buarque - Senador













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[37] CARVAJAL, Gaspar de. Relação. In: Descobrimentos do Rio Amazonas. São Paulo: Ed. Nacional, 1941. (Coleção Brasiliana, v. 203)



[38] COSTA PEREIRA, José Maria. Caboclo Amazônico, Revista brasileira de Geografia. Rio de Janeiro: IBGE, a. x, n. 4, 1948.



[39] DIÉGUES Júnior, Manoel. Regiões Culturais do Brasil. Rio de Janeiro: CNPE, Ministério da Educação e Cultura, 1960.



[40] FIGUEIREDO, Napoleão & VERGOLINO E SILVA, Anaíza. Festa de Santo e Encantados - Belém: Academia Paraense de Letras, 1977.



[41] GALVÃO, Eduardo. Santos e visagens: um estudo da vida religiosa de Itá; Amazonas. São Paulo: Ed. Nacional, 1955 (Coleção Brasiliana, n. 284).



[42] Estudos de Antropologia na Amazônia. In: Atas do Simpósio sobre a biota Amazônica. Rio de Janeiro: CNPq, 1967, v. 2, Antropologia.



[43] KEESING, Felix M. Antropologia Cultural. Rio de Janeiro: Editora Fundo de Cultura, 1958. v. 1.



[44] MAUÉS, Raimundo Heraldo. Congregações Religiosas na Amazônia. In: Ação das Ordens e das Congregações Religiosas na Amazônia. Belém: Grêmio Literário Português, 1968.



[45] MEGGERS, Betty J. Ambiente e Cultura em la Cuenca Amazônica: un examen de la teoria del determinismo ambiental. In: Estúdios de Ecologia Humana. Washington: Union Panamericana, 1958. (Estúdios Monográficos, n. 3.).



[46] Amazonia: Man and Culture in a Conterfeit Paradise. Chicago: Aldine Atherton, Inc., 1971.



[47] MENDONÇA, Marcos Carneiro de. A Amazônia na era pombalina. Rio de Janeiro: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 1963.



[48] OLIVEIRA, Adélia Engrácia de. Ocupação Humana. In: Amazônia: desenvolvimento, integração e ecologia. Brasília: Editora Brasiliense, 1983.



[49] REIS, Arthur Cezar Ferreira. Síntese de História do Pará. Belém: Oficina Gráfica da Revista de Veterinária, 1942.



[50] RIBEIRO, Darcy. Línguas e culturas indígenas do Brasil. Educação e Ciências Sociais. Rio de Janeiro: CBPE. Ministério da Educação e Cultura, v. 2, n. 6, 1957.



[51] O processo civilizatório. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1968.



[52] Teoria do Brasil. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1972.



[53] SILVA, Armando Bordalo da. Contribuição ao estudo do folclore da zona Bragantina. Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi. Belém, 1959 (Nova Série Antropologia n. 5.).



[54] WAGLEY, Charles, Amazon Town. A study of Man in the Tropics. New York, The MacMillan Company, 1953.



[55] O estudo das comunidades amazônicas, In: Atas do Simpósio sobre a biota amazônica. Rio de Janeiro: CNPq, 1967, v. 2. Antropologia.

[56] FIGUEIREDO, Arthur Napoleão. O rio, a floresta e o homem na Amazônia brasileira. In: Encontro Regional de Tropicologia, 5, 1988, Recife. Anais... Recife: Massangana, 1990. p. 53-66.



[57] http://www.ada.gov.br/amazonia/



[58] Artigo Extraido da Publicação : Projeto zoneamento das potencialidades dos recursos naturais da Amazônia Legal (IBGE/SUDAM).



[59] “Diagnóstico e Avaliação do Setor Florestal Brasileiro", FUNATURA/ITTO, versão preliminar.



[60] Escola Superior de Guerra. O Pensamento Estratégico da Escola Superior de Guerra – Rio de Janeiro: Luzes, set/2005.



[61] Revista Claudia – Agosto 2006. Entrevista: O fotógrafo Pedro Martinelli despeja sua ira: A Amazônia acabou.



[62] RIBEIRO, Nelson de Figueiredo. A questão geopolítica da Amazônia da soberania difusa à soberania restrita. Edições do Senado Federal, Volume 4.



[63] http://www.greenpeace.org.br/amazonia



[64] http://www.agencia.fapesp.br



[65] http://www.unb.br/acs/artigos



[66] http://www.empreendedor.com.br



[67] Bertha Becher: Geopolítica da Amazônia Hoje.



Agradecimentos sinceros ao Prof. Norman José de Andrade Giugni – Delegado Regional da ADESG em Minas Gerais, e toda a sua equipe, bem como aos meus colegas do CEPE 2006, sem o que este trabalho não teria sido realizado.

 



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