O laranjanews.blog.terra.com.br tem o prazer de apresentar aos seus leitores uma figura que se destacou sobremaneira no tempo da escravidão.
De fato, na historia do Brasil quando os brancos submetiam os negros, Francisca da Silva invertia os papéis e passava ela a exercer o mando.
Francisca da Silva nasceu no século 18 e teria sido antiga escrava de Jose da Silva e Oliveira, pai do padre Rolim. Ela foi amante do contratador João Fernandes de Oliveira. A mulher tornou-se famosa pelo poderio que exerceu no arraial do Tijuco, hoje Diamantina.
Francisca morava num castelo construído nas encostas da serra de São Francisco. Segundo consta o imóvel tinha até capela particular e um teatro completamente equipado.
No largo da chácara havia um lago que continha um navio pequeno. Ele podia abrigar até 10 pessoas.
Chica da Silva vestia-se como uma rainha, sempre coberta de jóias. Ela tratava os portuguêses com desprezo chamando-os de “marotinhos”. Se ela invocasse com algum deles mandava logo um escravo seu chamado Cabeça espancá-lo. Ela não era brinquedo não!
Francisca promoveu muitos bailes e representações teatrais. Em seu testamento datado de 1770 declarou possuir 14 filhos.
Sua vida transformada pela lenda inspirou a Antonio Callado a peça teatral O Tesouro de Chica da Silva, de 1959. Ela também foi tema de um filme de sucesso denominado Chica da Silva sobre um romance de João Felício dos Santos, direção de Carlos Diegues, com Zezé Mota no papel principal.
Segundo consta Francisca da Silva teria falecido em 1796.
