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Artigos-->ADVENTO: como celebrar -- 21/11/2006 - 11:27 (Heleida Nobrega Metello) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A CELEBRAÇÃO DO ADVENTO



O tempo do Advento marca o início de um novo ano litúrgico. Tudo se renova para a fé cristã, e a alegria da aproximação do Cristo irrompe entre nós e invade nossas lares. È preciso fazer do Advento um tempo forte de oração e discernimento, tempo de balanço de vida e correção dos erros passados.



Advento é tempo de clamar, com voz alta, mas suave: Vem Senhor Jesus!



Nesse tempo complexo, repleto de incertezas temos que permanecer com o espírito atento. É tempo de levantar, de despertar do sono. De sair do ponto da estrada da espera passiva.



Advento é um tempo para se alimentar a esperança. O tempo do Advento tem uma duração de quatro semanas. Este ano, começa no domingo 01 de dezembro, e se prolonga até a tarde do dia 24 de dezembro, em que começa propriamente o Tempo de Natal.



ADVENTO: Ele é tanto “fim”, quanto “começo”: nas primeiras semanas aponta mais para o “fim dos tempos”; a partir do dia 17 de dezembro aponta para o “começo”; o nascimento de Jesus.



Nas primeiras semanas que se estende desde o primeiro domingo do Advento até o dia 16 de dezembro aparece com maior relevo o aspecto escatológico e nos é orientado à espera da vinda gloriosa de Cristo. As leituras da Missa convidam a viver a esperança na vinda do Senhor em todos os seus aspectos: sua vinda ao fim dos tempos, sua vinda agora, cada dia, e sua vinda há dois mil anos.



No segundo período, que abarca desde 17 até 24 de dezembro, inclusive, se orienta mais diretamente à preparação do Natal. Somos convidados a viver com mais alegria, porque estamos próximos do cumprimento do que Deus prometera.



Os evangelhos destes dias nos preparam diretamente para o nascimento de Jesus. Com a intenção de fazer sensível esta dupla preparação de espera, a liturgia suprime durante o Advento uma série de elementos festivos.



O Advento deve ser celebrado com sobriedade e com discreta alegria. A música fica restrita aos instrumentos. Não se canta o “Glória”, para que na festa do Natal nos unamos aos anjos e entoemos este hino como algo novo, dando glória a Deus pela salvação que realiza no meio de nós.



As vestes litúrgicas devem ser de cor roxa, bem como o pano que recobre o ambão, sinal de conversão em preparação para a festa do Natal. A exceção está no terceiro domingo do Advento, Domingo da Alegria ou Domingo Gaudete, cuja cor tradicionalmente usada é a rósea, em substituição ao roxo.



Isso para revelar a alegria da vinda do libertador que está bem próxima e numa referência à segunda leitura que diz: “Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito, alegrai-vos., pois o Senhor está perto” (FI 4,4).



Todas estas coisas expressam tangivelmente que, enquanto dura nosso peregrinar, nos falta algo para que nosso gozo seja completo. E quem espera, é porque lhe falta algo. Quando o Senhor se fizer presente no meio do seu povo, haverá chegado a Igreja à sua festa completa, significada pela Solenidade do Natal.



Temos quatro semanas nas quais de domingo a domingo vamos nos preparando para a vinda do Senhor.



A PRIMEIRA das semanas do Advento está centralizada na vinda do Senhor ao final dos tempos. A liturgia nos convida a estar em vela, mantendo uma especial atitude de conversão.



A SEGUNDA semana nos convida, por meio do Batista a “preparar os caminhos do Senhor”; isso é, a manter uma atitude de permanente conversão. Jesus segue chamando-nos, pois a conversão é um caminho que se percorre durante toda a vida.



A TERCEIRA semana preanuncia já a alegria messiânica, pois já está cada vez mais próximo o dia da vinda do Senhor.



Finalmente, a QUARTA semana nos fala do advento do Filho de Deus ao mundo. Maria é figura central, e sua espera é modelo e estímulo da nossa espera.



Quanto às leituras das Missas dominicais, as primeiras leituras são tomadas de Isaías e dos demais profetas que anunciam a Reconciliação de Deus e, a vinda do Messías.



Nos três primeiros domingos se recolhem as grandes esperanças de Israel e no quarto, as promessas mais diretas do nascimento de Deus.



Os salmos responsoriais cantam a salvação de Deus que vem; são orações pedindo sua vinda e sua graça.



As segundas leituras são textos de São Paulo ou das demais cartas apostólicas, que exortam a viver em espera da vinda do Senhor.



Vários símbolos do Advento ajudam-nos a mergulhar no mistério da encarnação e a vivenciar melhor este tempo.



Entre eles há a coroa ou grinalda do Advento.



COROA DO ADVENTO



A origem da coroa do Advento remete-nos aos povos da Alemanha, que durante a escuridão do inverno faziam a união de luzes ao redor das folhas verdes, na expectativa da primavera que renovaria a natureza. A origem deste costume é pagã. Os cristãos assimilaram estas tradições, marcando a espera do natal (nascimento de Jesus, luz do mundo) com a confecção de uma coroa luminosa, nos mesmos moldes das antigas tradições germânicas.



A coroa pode ser pendurada no presbitério, colocada no canto do altar, ou em qualquer outro lugar visível.



A luz nascente indica a proximidade do Natal, quando Cristo salvador e luz do mundo brilhará para toda a humanidade, e representa também nossa fé e nossa alegria pelo Deus que vem. O círculo , sem começo e sem fim, simboliza a eternidade; os ramos sempre verdes são sinais de esperança e da vida nova que Cristo trará e que não passa. A fita vermelha , que enfeita a coroa, representa o amor de Deus que nos envolve e a manifestação do nosso amor que espera ansioso o nascimento do Filho de Deus.



Um pequeno rito para acender as velas pode ser colocado no início da celebração eucarística, no início da liturgia da palavra ou em qualquer outro momento, desde que se harmonize com a celebração.



Em qualquer caso, deve ser um momento que celebra o caminho de espera do Senhor. O acender das velas deve ser acompanhado de uma oração própria e de um canto, o mesmo para os quatro domingos.



Segundo Novalis, todas as forças da natureza estão ativas na chama de uma vela.



Por isso, é realizado em nossos lares o ritual de acendimento de quatro velas, abraçadas por ramos de pinheiro, a coroa ou guirlanda do Advento, o primeiro anúncio da chegada de Messias.



TEMAS DO ADVENTO:



I DOMINGO



A tonalidade de fundo que percorre o 1º domingo é a da espera vigilante do Senhor. Ele anuncia o seu retorno. Durante esta primeira semana as leituras bíblicas e a prédica são um convite com as palavras do Evangelho: “Velem e estejam preparados, pois não sabem quando chegará o momento”.



Devemos estar alertas. As nações se reunirão. O dia está próximo. De fato, esperamos que o Senhor Jesus se revele. Quando vier, tudo será restaurado, o universo e cada um de nós. È preciso vigiar e estar pronto para comparecer de pé diante do Filho do homem. Um germe de justiça se instaurará no fim dos tempos, pelo que devemos estar firmes e irrepreensíveis.



É importante que, como uma família, tenhamos um propósito que nos permita avançar no caminho ao Natal. Por exemplo, revisando nossas relações familiares. É o tempo de buscar o perdão de quem ofendemos e dá-lo a quem nos tem ofendido para começar o Advento vivendo em um ambiente de harmonia e amor familiar, assim como com todos com os quais nos relacionamos diariamente, como a escola, trabalho, vizinhos, etc.



Evangelho (Lc 21, 25-28.34-36): Anuncia realidades finais que não deveriam ser lidas como ameaças, mas como esperança de que, no meio de qualquer tipo de problema, para quem confia em Deus, vale o conselho: "reanimai-vos e levantai vossas cabeças porque se aproxima a vossa libertação"; desta forma estaríamos usando a esperança como chave de leitura para o texto de Lucas.



Como sinal de vigilância e desejo de conversão deverá ser acesa a primeira vela da Coroa do Advento. (simboliza o perdão a Adão e Eva)



• Quando acolher no seu coração e nos seus braços bons sentimentos para com todos, quando alimentar boas intenções e realizar boas ações, quando esperar a manifestação da Luz... então é Advento.



• PRIMEIRA VELA: “Vem Senhor! Acende em todos nós, neste Advento, a esperança, a paz e a luz com tua graça, simbolizada nesta vela. Que se manifeste o Deus da esperança no tempo da espera e o Deus da paz no mundo em guerra. Ensina-nos a caminhar para este Natal e a preparar cada dia o nosso encontro Contigo”.



II DOMINGO



Se o reino dos céus está próximo, é mister preparar os caminhos. É o tema específico do 2º domingo do Advento. O Espírito está sobre o Senhor e nele as promessas são confirmadas. Preparar os caminhos significa preparar um mundo novo, uma terra nova. Devemos saber ver a salvação de Deus, cobrir-nos como manto da justiça e revestir-nos do esplendor da glória do Senhor.



A conversão, nota predominante da característica de João Batista. Durante a segunda semana, a liturgia nos convida a refletir com a exortação do profeta João Batista: “Preparem o caminho, Jesus chega.” João Batista diz a cada um que se aproxima para ser batizado o que deve fazer para se reconciliar com Deus e se preparar para algo maior. Anuncia a grande esperança da salvação que virá por aquele que será capaz de fazer o Batismo no Espírito Santo. Mostra também a relação entre a espera da salvação e a prática da justiça. Espera-se dos batizados que sejam capazes de partilhar, de prestar serviço honesto sem exploração e de rejeitar toda violência. Assim serão sinais da presença do Espírito e fonte de esperança para os que ainda não crêem.



Evangelho (Lc 3,1-6) : Com a apresentação de João Batista, situada no contexto histórico de dominação estrangeira e da necessidade de conversão, pode ser aprofunda do o tema da esperança. É uma esperança para todos: "Todo homem verá a salvação de Deus". Na missão de João Batista já está presente a força do Espírito. Essa salvação, destinada a todos, nos convida ao diálogo com os que buscam essa salvação, dentro e fora da nossa Igreja.



Imaculada Conceição ( Lc 1,26-38):

Na anunciação se proclama o poder do Espírito Santo que faz a Virgem conceber. Dessa proposta de Deus, aceita por Maria, brota a grande fonte de esperança para a humanidade; relembrando as situações difíceis mencionadas nos domingos anteriores, semelhantes a tantas dificuldades do povo hoje, cabe lembrar que a história humana pode ser salva "porque a Deus nenhuma coisa é impossível".



Como sinal da presença do Espírito e fonte de esperança para a reconciliação com Deus e preparação para algo maior deverá ser acesa a segunda vela da Coroa do Advento. (representa a fé dos patriarcas: eles creram no dom da terra prometida)



• Quando estiver disponível para o Espírito, quando se preocupar em participar, em contribuir, em intervir, quando perdoar, quando se deixar conduzir pelo mesmo Espírito, quando preparar os caminhos... então é Advento!



• SEGUNDA VELA: “Senhor, enxerta-nos o seu espírito de paz e amor. Tem compaixão dos débeis e dos pobres. Defende a vida dos que mais sofrem. Senhor, Deus paciente, ensina-nos os Seus caminhos de esperança, amor e verdade.”



III DOMINGO



O 3º domingo apresenta os tempos messiânicos. Deus vem salvar-nos, a sua vinda está próxima, as curas são o sinal da sua presença. No meio de nós está alguém que não conhecemos. Exultamos pela presença de quem está marcado pelo Espírito. Um mais poderoso que João Batista deve chegar. Já está aqui. É esse o tempo da fraternidade e da justiça.



O testemunho, que Maria, a Mãe do Senhor, vive, servindo e ajudando ao próximo. Na sexta-feira anterior a esse Domingo é a Festa da Virgem de Guadalupe, e precisamente a liturgia do Advento nos convida a recordar a figura de Maria, que se prepara para ser a Mãe de Jesus e que além disso está disposta a ajudar e a servir a todos os que necessitam. O evangelho nos relata a visita da Virgem à sua prima Isabel e nos convida a repetir como ela: “quem sou eu para que a mãe do meu Senhor venha a visitar-me?”



Sabemos que Maria está sempre acompanhando os seus filhos na Igreja, pelo que nos dispomos a viver esta terceira semana do Advento, meditando sobre o papel que a Virgem Maria desempenhou.

Propomos que fomentar a devoção à Maria, rezando o Terço em família.



Evangelho (Lc 3,10-18): João Batista diz a cada um que se aproxima para ser batizado o que deve fazer para se reconciliar com Deus e se preparar para algo maior. Anuncia a grande esperança da salvação que virá por aquele que será capaz de fazer o Batismo no Espírito Santo. Mostra também a relação entre a espera da salvação e a prática da justiça. Espera-se dos batizados que sejam capazes de partilhar, de prestar serviço honesto sem exploração e de rejeitar toda violência. Assim serão sinais da presença do Espírito e fonte de esperança para os que ainda não crêem.

Como sinal de esperança gozosa deverá ser acesa a terceira vela da Coroa do Advento. (simboliza a alegria do rei David, que celebrou a aliança e sua continuidade)



• Quando viver em permanente esperança neste mundo desesperado, quando lutar por um mundo melhor em meio a tanta violência, quando semear alegria neste mundo triste... então é Advento.



• TERCEIRA VELA: “Senhor, Deus da vida e da liberdade, fortaleça nossas mãos cansadas, encoraja nossos corações. Abra-nos espaço de vida e alegria nos desertos deste nosso mundo tão confuso.”



IV DOMINGO:



O 4º domingo do Advento anuncia a vinda iminente do Messias. José foi pré-advertido. Uma Virgem conceberá o Filho de Deus, Jesus Cristo, da estirpe de Davi. A noticia é comunicada a Maria. O trono de Davi será firme para sempre. O mistério calado por Deus durante séculos é agora revelado. Também Isabel agora sabe. De Judá sairá aquele que vai reger Israel. Ele vem para cumprir a vontade de Deus.



As leituras bíblicas e a prédica, dirigem seu olhar à disposição da Virgem Maria, diante do anúncio do nascimento do Filho dela e nos convidam a “aprender de Maria e aceitar a Cristo que é a Luz do Mundo”.



Como já está tão próximo o Natal, nos reconciliamos com Deus e com nossos irmãos; agora nos resta somente esperar a grande festa.

Como família devemos viver a harmonia, a fraternidade e a alegria que esta próxima celebração representa. Todos os preparativos para a festa deverão ser vividos neste ambiente, com o firme propósito de aceitar a Jesus nos corações, as famílias e as comunidades.



Evangelho ( Lc 1,39-45): O Espírito Santo está presente no encontro das duas mulheres (Maria e Isabel) que, cheias de esperança e alegria pela grande obra que o Senhor nelas realiza, se unem na alegria do anúncio e do serviço. São duas mulheres judias anunciando para nós, cristãos, a salvação, que entra nas suas casas e será para todos os povos. Maria e Isabel nos convidam a partilhar a alegria desse anuncio com todos os irmãos que amam Jesus, começando pela capacidade de nos colocarmos juntos a serviço, onde for preciso.



Natal (Lc 2,1-14) : A grande notícia, fonte de esperança, é anunciada à comunidade, ao povo humilde representado pelos pastores. O que o anjo anuncia será motivo de alegria para todos. O nascimento de Jesus é convite dar glória a Deus e promover a paz entre os homens, todos que Deus ama.



Sagrada Família (Lc 2,41-52): do Pai. Ele não pertence à sua família, mas a todos que precisam da salvação que veio anunciar. Esse Jesus que crescia em estatura, sabedoria e graça nos convida a cuidar do direito de ter condições para desenvolver suas potencialidades, um direito que é de todos os filhos de Deus.





IV DOMINGO:



Lembrando a espera de Maria e José, bendizemos o Pai pela manifestação de seu Filho em nossa carne. O Emanuel, o Deus conosco, vem nos livrar do pecado e da morte e nos introduzir no seu Reino de Vida e de Liberdade.



A Salvação que vem de Deus não é um sonho irreal, mas é sua própria presença, manifestada em seu Filho e envolvendo todas as pessoas que pela conversão aderem a ele.



A terra e toda a humanidade se encontram grávidas do Reino e entram no dinamismo do amor e da fidelidade de Deus que conduz a história do "Menino" e dos que com ele se tornam construtores da justiça e da paz.



Como sinal de renascimento espiritual deverá ser acesa a quarta vela da Coroa do Advento. (representa o ensinamento dos profetas que anunciaram um reino de paz e de justiça.





• Quando nos interrogamos sobre o sentido das coisas, sobre o sentido deste mundo que nos envolve e sobre o sentido da nossa vida, quando renascemos espiritualmente... então é Advento.



• QUARTA VELA: “Senhor Jesus, descendente de David, constituído Filho do Deus Altíssimo pelo Espírito que tudo Santifica, ilumina a nossa vida com a Sua Luz”.



REFLEXÕES:



Deus criou o mundo sozinho para nós. Agora quer continuar a criação, salvar e gerar vida conosco. Por seu amor nos chama a abraçar livremente o seu projeto de vida, recriando o mundo e a sociedade em parceria com Ele.



Vivemos numa sociedade que só visa o lucro, o poder, a dominação de poucos sobre todos os outros. A pessoa humana é reduzida a mercadoria.



A injustiça se petrificou nas estruturas sócio-econômicas que a cada dia matam milhares de seres humanos. Uns tem tudo e outros não tem terra, trabalho, salário digno, nem casa, nem comida...



Ainda assim percebemos neste tempo, que a vida é um presente, uma bênção de Deus, sem merecimento de nossa parte.



Mesmo que a desconfiança, o medo, a corrupção, a violência e o desânimo coloquem em risco a nossa aliança com Deus, a sua bondade continua agindo.



O Advento traz uma proposta radicalmente nova de relacionamento entre as pessoas e os diferentes grupos e povos. Traz em si uma crítica a muitos projetos e maneiras de se organizar a sociedade e a vida pessoal de cada um .



VIVER O ADVENTO significa:



• ficar atento aos sinais do Reino de Deus entre nós. Significa trabalhar, colaborar, agir e apressar a vinda do Reino, e ao mesmo tempo perceber tudo isso como um dom de Deus.



• rever nossos projetos, avaliá-los à luz da mensagem do Advento do Senhor; rever o rumo que estamos tomando na nossa vida individual, comunitária e social.



• começar um caminho de espera, de partilha, de vigilância e acolhida.



Advento é um tempo para arrependimento e limpeza. O profeta João Batista chamava o povo para o arrependimento e ao batismo: "Arrependam-se dos seus pecados porque o Reino do céu está perto! ... e João os batizava no rio Jordão" (Mateus 3.2 e 6).



Não se sabe determinar quando iniciou, mas até hoje em certas regiões na época do advento as pessoas e famílias fazem uma limpeza interior e externa: avaliam a sua vida e constroem esperanças novas para o futuro e limpam também os seus armários, a casa inteira, os jardins, pintam as casas... etc.



Infelizmente esta tradição está comprometida, cada vez menos pessoas têm armários para limparem, casas para pintarem, jardins para cuidarem e poucas encontram tempo ou dão importância para o ritual de arrependimento.



Advento é um tempo especial para pensar sobre o sentido da vida, da fé, da esperança.



Neste tempo esperamos renovação na nossa vida pessoal, familiar, social, econômica... porque acreditamos no poder e na promessa de Deus quando enviou seu filho ao mundo.



Deus se humanizou, se tornou criança pequena, humilde, para aproximar-se de maneira mais sublime de suas criaturas; se tornou criança para encontrar acolhida em meio ao seu povo.



É um tempo em que muitas luzes são acesas nas casas e nas ruas das cidades, revelando o grande desejo humano de luz sobre toda a vida, e acendendo a sensibilidade humana e o desejo de que esta luz se transforme em vida abundante, desejo de que esta luz se torne concreta na vida cotidiana.



O tempo de advento, o tempo de natal, é um tempo em que as pessoas se sensibilizam, se alegram, se tornam abertas à comunhão, ao amor, ao perdão.



É também um tempo em que as pessoas se entristecem, pois pensam em seus sonhos, em sua realidade, em sua vida, em sua falta de esperança e se apercebem de sua solidão, de sua pobreza...



Ao mesmo tempo, é um tempo em que Deus nos convida à busca de um lugar, à luta por uma acolhida, como Maria e José que bateram de porta em porta.



É, também, um tempo de oferecer hospitalidade.



Hospitalidade para acolher outras pessoas em nossa comunidade, em nossa casa; e hospitalidade para acolher em nossa vida novos valores, novos pensamentos, novos referenciais; é tempo de acolher Deus, tempo de acolher a paz, tempo de anular a violência em nós e em nossa casa, tempo de anular o medo e o rancor.



Advento é tempo de repartir a vida, mais do que distribuir embrulhos.



Advento é tempo de procura, de inconformismo, de projetar o amor, o bem...



Tempo de dar tempo às coisas, talvez esquecidas: acender uma vela, sorrir a uma pessoa, dizer o quanto precisamos dos outros e o quanto o amamos a todos, sem distinção.



Tempo de se perguntar para contemplar o infinito na história, o inesperado no rotineiro, o divino no humano.





Pesquisa: http://www.acidigital.com/fiestas/advento/;http://www.mundocatolico.org.br/advento.htm;

http://www.redemptor.com.br/; http://www.luteranos.com.br/mensagem/2004_114.html

http://www.vatican.va/news_services/liturgy; missaojovem/mjespiritadvento.htm; http://www.redemptor.com.br/http://www.jesuitas.org.br/liturgia/advento.htm;

http://www.pime.org.br/pimenet/ http://www.paroquias.org/advento/

livro: O ANO LITÚRGICO História, Teologia e Celebração

Anámnesis 5, vários autores, ©Paulinas 1991





Compilação de textos: Heleida Nobrega Metello / 2005





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