André Luís Ribeiro da Silva, soldador desempregado, portando um revólver calibre 38 tomou de assalto o ônibus 499 em Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, mantendo os passageiros reféns por mais de 8 horas.
O seqüestrador objetivava agredir sua ex-mulher Cristina Ribeiro que estava no veículo. Defronte ao Posto de Molas do Jairo, na via Dutra o coletivo foi parado e a polícia cercou o local interrompendo o tráfego.
Cristina havia dado duas queixas contra as agressões de André Luís, mas por medo de novos espancamentos as retirou antes mesmo do prosseguimento dos inquéritos policiais.
Por causa das maldades cometidas contra ela, Cristina abandonou André e, quando ocorreu a tomada do ônibus, o casal estava separado havia sete meses.
Cristina Ribeiro, técnica em raios-X recebeu socos na cabeça e pescoço. Antes mesmo dessa ocorrência ela já havia sido seqüestrada pelo ex-marido que a manteve no cativeiro por quatro dias em diversos hotéis da cidade.
Segundo Cristina o ciúme exagerado de André começou a tornar a vida em comum intolerável depois do nascimento do segundo filho do casal. Ele acreditava que a criança não era filho dele.
André Luiz Ribeiro da Silva está preso numa unidade prisional da polícia em Duque de Caxias onde aguardará o julgamento das acusações de seqüestro, porte ilegal de arma, e disparo de arma de fogo. O preso pode ser enquadrado também nas penas da lei Maria Penha que trata da violência contra a mulher.