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Cartas-->CARTA ABERTA ÀS ENTIDADES SINDICAIS -- 03/05/2000 - 18:46 (Eustáquio Mário Ribeiro Braga) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Gostaria de externar a minha insatisfação e repúdio ao documento "apócrifo" intitulado "Posicionamento de setores do funcionalismo não incluídos no Cinepe", por entender que algumas colocações são discriminatórias à nossa entidade. Em primeiro lugar, essas entidades que se julgam prejudicadas deveriam buscar o entendimento e aglutinar suas forças com as entidades menores visando fortalecer o movimento. Deveria lembrar-se a oportunidade foi dada a todos de participar da mesa de negociação, mas por falta de opção ou comprometimento a composição possível do Cinepe à época foi a atual, com algumas substituições devido as alterações nas diretorias das entidades participantes. Quando há um interesse coletivo todos devem deixar de lado as suas diferenças ideológicas e/ou filosóficas. Deveria haver respeito ao princípio democrático onde todos têm o direito de discutir e participar das questões que também lhes dizem respeito, e não somente as entidades majoritárias, que devem ter pleitos específicos como qualquer outra entidade minoritária. Todavia, elas se unem nas questões de interesse amplo. Criticar por criticar é fácil. Temos é que apurar, provar e punir, se por ventura, existir qualquer tipo de irregularidade (agiotagem) nas entidades. Mas, até isso não cabe a nós e sim as autoridades. Podemos denunciar se tais denúncias não forem vazias.

Entramos no cinepe pela porta da "frente", devido a falta de interesse ou deliberações de algumas categorias. Fomos eleitos no fórum específico dentro dos critérios estabelecidos pela maioria das entidades. Não pedimos para entrar, fomos convidados a participar e o fizemos com a maior lisura. Contribuímos com um trabalho sério, ético, transparente e cooperativo. Levantamos informações sobre as reivindicações e criamos o Informativo Cinepe onde disseminamos, de forma dinâmica, o detalhes das reuniões, além de emitir nossa opinião. Agora, lutamos para não sair, pois julgamo-nos com conhecimentos técnicos e experientes para conduzir um processo de negociação.

Como representante da Associação dos Empregados da Fundação João Pinheiro, membro da frente e do Cinepe (oficialmente), convido todas as entidades a fazer uma visita ao nosso escritório, situado à Alameda das Acácias, 70 - 1º andar - Pampulha , dentro da sede da nossa base a Fundação João Pinheiro, e conhecer um pouco mais das nossas atividades e responsabilidades. Informo sobre a nossa tradição de luta, mesmo quando éramos regidos pela CLT, enfrentamos governos autoritários e usamos o expediente da greve para fazer valer os nossos direitos. Não temos culpa nenhuma se nossos empregos foram de forma "compulsória" transformados em função pública, e, hoje, somos regidos pelo estatuto dos servidores públicos. Perdemos e muito com tal mudança. Sofremos discriminações de toda ordem, mas lutamos com dignidade por uma carreira de acordo com as nossas qualificações. Com a nossa Associação lutamos e muito para alcançarmos o nosso espaço na Frente. Desta forma, nenhuma entidade, por maior que seja, nos fará curvar perante a si ou as demais.

Das nossas insatisfações e dos impedimentos legais fundamos o Sintappi, que possui uma base a cerca de 100 mil trabalhadores, onde ainda mantemos muitos sindicalizados, inclusive um membro de sua diretoria. Com a mudança para o Regime Jurídico Único esse Sindicato perdeu um pouco a sua identidade para com a nossa categoria, mas nada que não se possa resgatar através de investimentos profissionais condizentes com a nossa atual realidade. Mas, ele nasceu dentro da FJP e hoje está em todo o Estado das Minas Gerais. Não obstante, podemos também fundar outro Sindicato mais forte com a união de todos os órgãos de área de Ciência e Tecnologia, e não o fazemos pelo fato de termos uma Associação bem estruturada e administrada. Acho de um péssimo tom quando alguém subestima à nossa força e/ou capacidade.

A FJP possui profissionais altamente graduados e de notória especialização, além dos aposentados e cedidos à disposição de outros órgãos que ocupam cargos estratégicos dentro das administrações municipais, estaduais e federais.

A AEFJP abraçou a luta das reivindicações amplas do funcionalismo público e, até acabou deixando de lado os nossos pleitos específicos. Mas, creiamos nós, que o momento de intensificar a luta, é agora e, não abriremos mão da nossa carreira, salários, efetividade dos cargos e regularização da situação dos não efetivos. Se somos reconhecidos oficialmente pelo governo como legítimos representantes da FJP, em todas as instâncias administrativa, política e jurídica, tal reconhecimento não deveria ser diferente no conjunto de entidades. Informamos que temos um estatuto a seguir, e o seguimos. Por isso prestamos assistência médica e odontológica. Promovemos o congraçamento e a confraternização, onde tentamos melhorar a condição de vida e do trabalho para o empregado (seja ele associado ou não), estendemos os benefícios aos prestadores de serviços e alunos da nossa escola de governo. Possuímos uma área recreativa para propiciar o lazer dos trabalhadores. Não emprestamos dinheiro em hipótese alguma, pois não é essa a nossa finalidade e quando o fazíamos sensibilizados com as solicitações, devidamente formalizadas, não cobrávamos juros, mas isto fora antes de fundarmos a nossa cooperativa de crédito. Então, não cabe a nós o uso da prática da chamada "agiotagem". Há cerce de quatro anos criamos a Cooperativa de Crédito Mútuo dos Funcionários da Fundação João Pinheiro (Fundacoop). Entidade essa, que é totalmente independente da AEFJP, sendo a mesma apenas parceira e investidora, como é lícito por razões legais e estatutárias. A Fundacoop é administrada por uma diretoria distinta da Associação. Está operando como "banco" e a maioria dos cooperados já estão abrindo suas contas correntes. Isso sim, que é combate à agiotagem, pois os nossos funcionários estão fugindo de todos os tipos de agiotagem, seja ela a clandestina ou a legalizada. Não preciso nem comentar que a cooperativa é toda legalizada, pois para funcionar e operar como banco ela precisa ser aprovada pelo Banco Central e sofre todo o tipo de fiscalização e auditoria, e não somente do BC, mas da Cecremge e do Bancoop a respalda e orienta. Temos que ressaltar o cunho social da entidade, pois se não fosse a cooperativa os funcionários com os seus minguados salários e sofrendo retenções de verbas jamais conseguiriam resolver os seus gargalos financeiros com tamanha facilidade e juros módicos. Esclareço mais que, todo o lucro é proporcionalmente pago ou revertido para o capital social do cooperado e, democraticamente, decidido pela assembléia ordinária anual. Tais benefícios proporcionam um tlípice lucro para o Associado/cooperado, pois ganha quando utiliza o seu cheque especial ou empréstimos a juros abaixo do mercado; ganha quando a AEFJP aplica sua contribuição da cooperativa e reverte o lucro em benefícios; E, depois ganha na distribuição anual dos rendimentos e/ou quando de sua exclusão da cooperativa.

Quanto a briga de tendências e competição das entidades dentro da Frente, sugiro que siga o nosso exemplo: Não misture política sindical com política partidária e/ou eleitoral. Faça, e bem, a representação de suas categorias como assim o fazemos. Não queremos o espaço de ninguém, mas exigimos que respeite o nosso que conquistamos a duras penas. Sabemos que a missão que nos foi confiada é difícil e será uma constante, pois não existe vitória perene. A vida é uma seqüência de intermináveis lutas, e não será diferente com apenas uma classe trabalhadora. Conclamamos a união, mas não suportamos que nenhuma entidade venha nos ensinar a fazer sindicalismo, pois ninguém tem o poder de saber sobre tudo. "O homem aprende parcelas de algumas coisas". Então a vida é um constante aprendizado, por isso aprendemos as diversas formas e estratégias de luta, mas ninguém provou que "a" ou "b" sabe fazer melhor e, porquê não ouvir "c" ou "d" e dá condições iguais e armas iguais para a árdua luta. Não admitimos que ninguém venha nos ensinar a administrar nossas entidades e nem pretendemos o fazer aqui. Queremos lutar juntos, e cada aliado é importante nas diversas batalhas para mudar o tratamento para como o funcionário público e para mudar os rumos da política econômica estadual e federal que só trazem prejuízos aos cidadãos e duplamente ao servidor e ao serviço e público.

Eustáquio Mário Ribeiro Braga
Representante da Associação dos Empregados da Fundação João Pinheiro
Membro da Frente Contra a Destruição dos Serviços Públicos do Estado de Minas Gerais e do Cinepe

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