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Cordel-->A HISTÓRIA DE UM ESPELHO -- 19/12/2002 - 19:27 (BRUNO CALIL FONSECA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A HISTÓRIA DE UM ESPELHO
QUE MOSTRAVA AS PESSOAS NUAS

Copia: http://planeta.terra.com.br/arte/cordel/ap02.htm

Vou contar para vocês
algo bem interessante:
a história de um instante
que sonhei uma certa vez;
falo sobre um espelho
diferente dos que temos,
que eu não sei quem o fez.

Estava eu no meu sonho
andando pela cidade,
isso é a pura verdade,
mas pode ficar bisonho;
de repente vi um padre
chamando prá um salão,
que tinha algo de estranho.

Confesso que eu fiquei
um tanto até cismado,
fui olhando pelos lados
mas no salão adentrei;
foi aí que aconteceu
de ver a coisa estranha
e logo eu me assustei.

O padre ria e mandava
que eu chegasse mais perto,
podia ser muito esperto
mas qualquer um se chocava;
ele olhava e sorria
do meu aspecto surpreso,
mas eu não me conformava.

Na minha mente eu tinha
muita interrogação:
aquela situação
seria uma pegadinha?
Não era, era bem real;
uma coisa colossal,
estava tudo na linha.

Mas eu fui me aproximando,
cada vez me convencendo
daquilo que estava vendo,
do que ele estava mostrando;
era algo misterioso,
que me deixou curioso,
fiquei impressionado.

Prá encurtar a história
vou lhe dizer o que vi
e o que logo senti
vivendo aquela hora:
era um espelho estranho,
que mesmo a gente vestido
deixava nu sem demora.

A gente estava com roupa
e aparecia despido;
fiquei todo inibido
mas o espelho não poupa:
apresenta a nudez,
foi isso que ele fez,
a mim ele não deu sopa.

Quando parei em sua frente
e o espelho contemplei,
confesso que me assutei
embananou minha mente;
pois eu nunca imaginei
encontrar em minha vida
imagem tão diferente.

A primeira reação
que tive ao ver a imagem,
foi procurar a coragem
de enfrentar a situação;
mas fiquei estupefato
que não consegui sequer
mexer com nenhuma mão.

Que estaria acontecendo?
Perguntava a mim mesmo;
eu indagava a esmo,
se todos estavam vendo;
pois me senti sem poderes
para mudar o ambiente
e o que estava a contecendo.

Sentado lá no seu canto
aquele padre me olhava;
sorria e sem palavras
me confundia um tanto;
e tudo que eu almejava
naquela estranha hora
era cobrir-me com um manto.
Depois, uma multidão
pelo espelho passou
e cada um que olhou
vestiu-se só com a mão;
todo mundo bem confuso
entrava em parafuso
na estranha situação.
Subitamente o problema
findou sendo resolvido;
senti que tinha partido
sem nenhum estratagema.
Se ali estava despido,
apareci bem vestido:
acordei, saí de cena.

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