Há tempos
minhas letras tentam
descrevê-la,
mas são poucas as palavras.
Levo-as na boca,
muda,
não quero repeti-las.
Não merecem
estas letras
a beleza que é dela,
e se por ela morro,
é pela certeza do apreço.
Ela que não é de falar muito,
é apenas de gestos infantis,
coisas naturais
que não saem forçadas
e que não querem agradar.
Entre ela e eu
meus olhos frios,
o castanho pálido.
E minha tece letras
futeis,
palavras rudes,
como este poema que agora escrevo.
Por devoção
há a vontade de calar. |