Bem-aventurados são os sites que se abrem às manifestações, literárias ou não, daqueles que, de outro modo, não teriam nem vez, nem voz;
Bem-aventurados são os sites que acolhem as mais variadas correntes ideológicas;
Bem-aventurados são os sites que abrigam as inúmeras variantes expressivas da língua, do coloquial ao modelo padrão;
Bem-aventurados são os sites que recebem escritos trabalhados com cuidado quer em termos de conteúdo, quer em termos formais, sem expelirem os esforços criativos mais singelos;
Bem-aventurados são os sites nos quais possamos crescer sempre, reconhecendo o direito do outro em palmilhar caminhos diferentes dos nossos;
Bem-aventurados são os sites em que as efervescências produtivas possibilitam uma espécie de desmascaramento daquilo postado sem a menor autenticidade;
Bem-aventurados são os sites que se consolidam fincados na ética, no respeito aos que deles participam;
Bem-aventurados são os sites em que o grande ideal seja a caminhada libertadora do homem;
Bem-aventurados são os sites que tenham políticas veementes contra apequenamentos do ser humano;
Bem-aventurados são os sites os quais qualquer um de nossos filhos, sem importar a idade, possa acessar na certeza de ali encontrar fontes de sabedoria;
Bem-aventurados são os sites nos quais a “lixeratura”, travestida seja lá do que for, seja enviada para o seu local apropriado;
Enfim, Bem-aventurados são os sites através dos quais possamos, no dizer sábio de Perrone-Moisés, “esclarecer, alargar e valorizar a nossa experiência de mundo”.
