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Artigos-->DO FALAR MERDA... -- 18/12/2006 - 19:24 (ARY CARLOS MOURA CARDOSO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
“On Bullshit” é um famoso ensaio de Harry G. Frankfurt, traduzido para o português como “Sobre Falar Merda”, no qual se faz um mergulho nesse famigerado reino de tolices, isto é, de besteiras que parece invadir todos os segmentos sociais.



Não é preciso muito esforço crítico-analítico para descobrirmos, aqui e ali, negrinho deitando falação que não passa da mais pura bobagem.



Ressaltemos que, como alerta o autor, não se deve confundir o mentiroso com o falador de merda. Ora, na mentira, o sujeito nega algo, ou seja, ele conhece ou pensa sinceramente conhecer certo assunto e o manipula segundo suas conveniências, segundo seus interesses. Por outro lado, o falador de merda, cara de pau por excelência, sabe que não possui conhecimento para tal. No dizer de Rodolfo Filho, por seu desprezo pela necessidade de ter informações corretas para distorcer, o falador de merda goza de mais liberdade para criar: basta inventar qualquer coisa e pronto.



De minha parte, na esteira da tese “harryana”, toda essa patifaria (“merdolalia”) é gerada e mantida por um sistema social carcomido pela idéia do “Ter” e do “Parecer” cujas irmãs gêmeas são: a ignorância e a preguiça.



O mais trágico, o mais terrível, o mais deplorável, é sermos, às vezes, obrigados a tolerar esse tipo de coisa como se fosse algo perfeitamente natural. Quando as merdas vêm em panelinhas, em grupelhos sedimentados por uma espécie de “masturbação grupal”, de chulos elogios, de pseudo-reconhecimentos, no fundo, como descarada forma de auto-satisfação, meu amigo, haja paciência.



A merdorragia, a despeito de tudo isso, não é inelutável. Se nos atirarmos no encalço dos gestos semânticos profundos das opiniões que ouvimos e lemos por aí, com certeza, as máscaras não vão além da primeira frase. Ainda bem, ainda bem.









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