Luiz Antônio Vedoin, 31 considerado o chefe máximo da máfia das sanguessugas, afirmou no dia 11 de dezembro, na Polícia Federal que só encontrou facilidade para obter verbas no Ministério da Saúde depois que conheceu Abel Pereira.
O atual prefeito de Piracicaba Barjas Negri (PSDB) já era, naquele tempo Ministro da Saúde, do governo de Fernando Henrique Cardoso.
Luiz Antônio afirmou que durante a administração de Barjas, pagava à Abel Pereira propinas que chegavam à 6,5% sobre os valores liberados no Ministério, por influência do empreiteiro.
As afirmações de Abel foram ao delegado da Polícia Federal que preside o inquérito instaurado para esclarecer sua participação no esquema das sanguessugas.
Valdizete Martins Nogueira prefeito de Jaciara (MT) foi quem indicou Abel Pereira à Luiz Antônio Vedoin, o dono da Planam.
O chefe da máfia já havia dito, em depoimento anterior à polícia Federal, que Abel teria conseguido liberar R$ 3,5 milhôes em verbas do Ministério.
Abel Pereira teria ordenado à Luiz Antônio que depositasse R$ 130 mil em dezembro de 2.002. nas contas das empresas Datamicro Informática e Império Representações Turísticas de Ipatinga e Governador Valadares (MG).
O Ministério Público Federal conseguiu provas de que as empresas movimentaram mais de R$ 200 milhões de agosto de 2001 a novembro de 2003 em operações de lavagem de dinheiro.
Vedoin entregou à Polícia Federal cheques e comprovantes de depósitos nas contas das empresas Datamicro e Império Representações.
O empresário Abel Pereira nega seu envolvimento com a máfia dos sanguessugas, apesar de indiciado pela Polícia Federal.
