O delegado da Polícia Federal Diógenes Curado Filho presidente do inquérito que investiga a suposta participação do empresário Abel Pereira na máfia dos sanguessugas, pediu ontem à Justiça Federal outro prazo de 30 dias para a conclusão das diligências requisitadas.
Segundo um agente da polícia ainda faltam trazer aos autos algumas perícias técnicas e a acareação entre o empresário piracicabano e os donos da Planam, Luiz Antônio Vedoim e Darcy Vedoim.
Em depoimentos anteriores, consignados nos autos, Luiz Antônio disse que Abel recebia 6,5% por liberação de verbas junto ao Ministério da Saúde.
Abel Pereira garantia em 2002, aos proprietários da Planam, que conseguia a liberação das verbas do ministério por ser amigo do então ministro da saúde Barjas Negri.
Barjas hoje é prefeito de Piracicaba, cidade do interior de São Paulo com cerca de 399 mil habitantes.
O delegado já enviou ofício ao Ministro da Saúde Agenor Alves solicitando as agendas do ex-ministro Barjas Negri bem como requisitou as listas de pagamentos por ambulâncias feitos por ele.