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cronicas-->Crónica em estado crónico 06 ou notícias de jornal e viol -- 17/02/2002 - 14:33 (Flávio Machado) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Crónica em estado crónico 06 ou notícias de jornal e violência



Tenho receio de comentar notícias de jornal porque, acredito que um bom texto deve ser atemporal, podemos ler daqui a alguns anos com o mesmo impacto, assim como qualquer arte deve transcender a época em que foi realizada, cinema, teatro, pintura, toda e qualquer manifestação artística.
Ontem 21 de novembro de 2001, no Jornal do Brasil: Bancos têm lucro recorde na era FH. O que significa 21 bilhões de 1994 até 2001. Em outra seção o recorde é de notícias sobre atos de violência no Rio, impressiona a perseguição empreendida por dois "pivetões" a um turista suiço no Aterro do Flamengo, e outras mortes em invasões da polícia em favela e bairros humildes de periferia, é bala perdida a todo momento, estamos no meio de uma absurda guerra civil, uma invisível luta de classes. O que isto têm a ver com notícia do lucro dos Bancos desde de 1994, é parar um pouco para perceber a dívida social que existe com a população deste pais e em particular desta cidade, não é o caso de querer que instituições financeiras sejam transformadas em filantrópicas, mas com um quadro recessivo fica meio estranho explicar os lucros dos Bancos, enquanto aumenta os índices de violência e desemprego.
Ler jornal nestes dias conturbados e doloroso, principalmente para quem sente, ou para que preocupa - se com rumos do Rio de Janeiro, a gente avança é percebe que são muitas mazela, água que chega nas torneiras está dando diarréia até em cachorro, pelo no meu caso, o veterinário examinando o nosso cãozinho disse que os vómitos eram provavelmente derivado da água, quantas crianças morrem por ano na cidade, mero dado estatísticos ? Talvez para quem olha com distanciamento, mas para que vê uma criança morrer o buraco é mais embaixo.
Existe um teoria que em futuiro próximo haverá áreas restritas para parte da poupualção, e que estarão vivenfdo em condições tão precáruias que seria um risco de saíde públivca para a população que tem casa, carro, consegue comida e paga impostos, serão construídas barreiras sanitárias impedindo o contato, parece ficção científica ou exercício fúnebre de adivinhação, mas podem infelizmente ter certeza que é uma possibilidade.
Existem jovens que moram na Barra em condomínios fechados que muito provavelmente conhecem melhor a Disney do que o Centro do Rio, isso para não falar de bairros de periferia. Alguns anos atrás um Dentista no Cateto recebeu uma multa de carro em Cascadura, achou um absurdo, disse ele: - Nunca fui a Cascadura no máximo devo ter passado de avião indo para Europa. Então podemos ver com nitidez que essa diferença de classe e de modo de vida está em curso.
Mas nem tudo está perdido , li com prazer e satisfação o caso de um espertalhão que se passou por milionário durante a Recifolia, e deve ter comido um monte de modelo, desfilou com celebridades, deu entrevista para um programa de televisão, ficou hospedado em hotéis de luxo e recebeu tratamento vip no camarote, saiu nestas revistas, que como disse o Arnaldo Jabor , as mulheres fotografam com vestidos que combinam com o sofá, enfim foi uma espécie de vingança, afinal se vivem de aparência porque não aproveitar, acabou preso quando tentava embarcar em um jato particular.
Acabei dando uma amenizado no tom raivoso que me assaltou quando pensei em escrever esta crónica, o sangue deve ter esfriado, mas fica o protesto contra a violência de que somos vítimas todos os dias, seja a violência no seu grau mais duro com a morte de co-habitantes deste ex-balneário, ou seja a violência dos indicadores económicos, da poluição de nossas águas, da invasão de besteiras que nos assola através dos meios de comunicação que privilegiam a incapacidade intelectual e impedem o crescimento cultural de manifestações mais desenvolvidas, somente em função de interesses pouco claros.


Flávio Machado







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