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Artigos-->A morte de Fidel e o clone -- 24/01/2007 - 11:11 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A morte de Fidel e clone

por Ipojuca Pontes (*) em 22 de janeiro de 2007



Resumo: Hugo Chávez substituirá Fidel Castro na incrível tarefa de impor o socialismo na América Latina.



© 2007 MidiaSemMascara.org





A professora cubana mostra aos alunos um retrato de Bush:



- De quem é esse retrato?



Silêncio.



- Vou ajudá-los. É por causa dele que estamos passando fome.



- Ah, professora! Sem barba e uniforme não dá para reconhecer!



(Humor cubano).



Suspendendo temporariamente a série Elogio à Corrupção, em que faço a relação de nomes da nossa vida política estigmatizados como corruptos (mas imunes a qualquer tipo de punição), volto à morte clínica de Fidel Castro, objeto de comentário anterior, em vista de mais informações sobre o “palpitante assunto”.



Eis os fatos: numa matéria intitulada “Fidel Castro habria morto y su cuerpo estaria en un congelador”, com o subtítulo “Fidel habria muerto antes de la navidad”, a revista eletrônica Total News informa que fontes provenientes da cidade de Córdoba, Argentina, divulgaram alguns dados que permitem a confirmação de que Fidel Castro, o Grande Tirano, está inconsciente desde 20 de dezembro, dez dias após a morte do ditador chileno Augusto Pinochet.



A publicação avança que logo após a conclusão da “30ª Cumbre de Los Pueblos”, reunindo em meados do ano passado presidentes dos países ligados ao Mercosul - incluindo-se aí a figura de Castro - um “enjambre” (enxame) de peritos americanos (leia-se CIA) ingressaram na suíte presidencial do hotel onde o ditador se hospedou e passaram em revista, centímetro por centímetro, os objetos, móveis, lençóis, toalhas, copos, embalagens de remédios e até a água do vaso sanitário usado pelo chefe cubano. Outras mostras haviam sido recolhidas nas instalações especiais do aeroporto de Ambrosio Tallavera, em Córdoba, onde o tirano passou alguns minutos e chegou a utilizar o lavatório.



Os peritos da CIA recolheram diversos fios de cabelos, secreções e descamações da pele do Fidel que foram examinadas e estudadas posteriormente em laboratórios sofisticados, por equipe especializada em doenças cancerígenas – o que permitiu, em pouco tempo, o diagnóstico da gravidade da doença que fulminou o Líder Máximo. “Asi” – garantiu, na ocasião, o informe da Total News – “la vida del octogenário se apagará rapidamente”.



Talvez baseado em tal relatório, o jornal britânico The Independent tenha noticiado no início de dezembro último que Fidel Castro sofria de câncer terminal e não emplacaria o Natal. No tocante às declarações do médico espanhol Luís Sabrido - comunista engajado que antes de examinar Castro havia visitado Cuba para pronunciar conferência sobre as distintas fases da doença - a revista portenha dá conta de que sua presença em Havana não passou de manobra da cúpula do governo, empenhada em negar a morte clínica do Líder Máximo por questões estratégicas.



Neste particular, uma outra hipótese aventada por analistas internacionais é a de que o cirurgião espanhol, além de ter operado Castro pela 3ª vez, inutilmente, retornou à Cuba para recolher mostras biológicas do paciente terminal e avançar informações destinadas ao trabalho de especialistas: a intenção do governo cubano seria, a exemplo do que ocorreu com Lenin, embalsamar o corpo para o culto permanente da personalidade. Como se sabe, Vladimir Lenin, o “cérebro” que materializou a Revolução Russa, depois de morto, em 21 de janeiro de 1924, foi posto numa geladeira do necrotério central de Moscou a fim de que cientistas (“Comissão de Imortalização”) concluíssem experiências que lhes permitissem a criação de uma fórmula capaz de garantir a eternidade do cadáver mítico.



Em Cuba, o farto noticiário do Granma, jornal do governo, e da televisão oficial, continuam alimentando a população desinformada de que o tirano está em fase de recuperação e em breve estará de volta. “El Comandante volverá” – dizem os áulicos do sistema.



Mas trata-se, como se torna evidente, de uma completa mistificação, cujo objetivo principal é lograr instante mais estratégico para anunciar a morte do Líder Máximo, quem sabe nos próximos trinta dias, ou menos, quando o Castro-comunismo cravar mais fundo as suas garras sobre a infeliz América Latina.



Assim, concluída a organização do funeral em momento oportuno, diz a Total News, serão convidados para a retumbante cerimônia os presidentes dos cinco continentes e personalidades de expressão mundial solidárias com a “luta” daquele que durante meio século foi o maior “combatente del imperialismo ianque” na face da terra - muito embora, ao cabo de tudo, ele só tenha levado o povo cubano ao tempo-espaço do horror, da miséria e do isolamento.



Mesmo antes da morte clínica, em 20 de dezembro passado, Fidel Castro já tinha escolhido Hugo Chávez, o caricato coronel venezuelano, como o seu sucessor para liderar a agitação comunista no espaço continental. Além de usufruir as benesses do óleo e petrodólares venezuelanos, o ditador cubano apreciava mais do que tudo a retórica atrevida do coronel, consubstanciada na postura histriônica e no destempero verbal com que agredia os Estados Unidos e o presidente Bush. Entre amigos, após ver e ouvir a bazofia de Chávez na televisão, Castro, orgulhoso, não se conteve: “Si, sin duda – es mi clone!”.



De fato, Hugo Chávez, o perigoso farsante que se apossou da Venezuela mais do que a corriola do poder cubano, substituirá Castro na incrível tarefa de impor o socialismo na América Latina. Neste aspecto, sua agenda, além agressiva, é fértil. Incorpora a eternização do poder, a nacionalização das empresas estrangeiras, a estatização dos meios de produção, a criação de partido único, o controle dos meios de comunicação e o usufruto (corrupto) das benesses do poder – tudo aquilo, enfim, que consagra o brado de “socialismo ou morte”.







(*) O autor é cineasta, jornalista, escritor e ex-Secretário Nacional da Cultura.

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