ANSENÍASE: águas passadas que continuam movendo moinhos
Não são tão raras as situações constrangedoras desencadeadas pela palavra lepra e todos os fantasmas que a acompanham, assustando e marginalizando os doentes e familiares, criando preconceitos e chamando a atenção não para a Hanseníase, uma doença que tem cura, mas para uma doença ainda carregada de imagens negativas.
Considero que nenhum resultado positivo pode advir da terminologia hanseníase se a postura profissional transmitir e/ou perpassar palavras, assim como atitudes, que sejam decodificadas de tal forma que a associação de idéias chegue mais próxima ao significado pejorativo da palavra lepra.
Desta forma, a responsabilidade dos profissionais de saúde em relação a hanseníase não deve advir apenas de um compromisso regulamentado por lei* e sim, por uma causa muito mais antiga: o respeito à pessoa humana.
*1995 - 29 de março ( Lei nº 9.010 – DO Brasília – DF)
"No Brasil, a nova nomenclatura para eliminar o estigma que acompanhava a palavra lepra e aos doentes, torna-se oficial na administração pública por lei, assinada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo então Ministro de Saúde Prof. Adib Jatene"