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Artigos-->Chuta desgraçado!! -- 24/01/2007 - 22:47 (Athos Ronaldo Miralha da Cunha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Chuta desgraçado!

Athos Ronaldo Miralha da Cunha



A ansiedade começou na madrugada de domingo e terminou após o encerramento do confronto com a memorável vitória do Clube do Povo.

Um amigo gremista, inveterado secador, anti-colorado de carteirinha, assistiu a batalha dos aflitos umas trezentas vezes durante a semana. Dizia que estava preparando o espírito para a decisão de Okohama.

Mas esse amigo tem uma filha adolescente fanática pelo Internacional. Um filho em idade pré-escolar e esposa, gremistas. A esposa é tão desinformada que, para ela, o Danrlei ainda é o guarda-metas do Grêmio.

Domingo pela manhã, pai e filha diante da televisão.

Esse amigo manteve uma atitude neutra, em respeito à garota que sofria a seu lado a cada ataque do Barcelona. A filha de joelhos, na sala, rogava pragas para o Ronaldinho. Na lesão do Fernandão fazia mímicas com as mãos como se estivesse massageando as panturrilhas do craque. O semblante da menina era de sofrimento.

Mas quando o Iarley avançou e passou a bola para o Gabiru, esse amigo gritou: “Chuta desgraçado!”.

Não se conteve e festejou o gol da vitória do Inter. E para se acalmar ainda dividiu umas doses de tequila com a garota.

Emocionado, contou-me essa estória. “A felicidade de minha filha estava em jogo e ela sofreu em demasia durante a partida. Eu queria vê-la feliz, saltitante pela Avenida Presidente Vargas. O sorriso dela vale muito mais que o meu anti-coloradismo”.

Havia um gremista feliz com a vitória do Internacional.

Sou um cara de sorte, particularmente, não tenho esse problema. Torcemos todos pelo Internacional. Uma tradição maragata refletida na paixão pelo futebol. De pai para filho desde 1909.

Na política, sim, meus filhos rejeitaram, peremptoriamente, meus candidatos. Uma ojeriza compreensível diante de tamanha onda de escândalos e corrupção que assolam o país.

No entanto, essas divergências políticas não causam bate-bocas, não há motivos para debates acalorados, pois há muito tempo que a política não nos proporciona saudáveis emoções.

Mas no futebol há uma convergência de ideais. Estávamos todos embandeirados e fomos vitoriosos. “We are the champions”.







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