A proibida
Vetada de sonhar
O que realmente sente,
Promove a proibição da alma,
Não se entregando a qualquer pessoa
E nem a si mesma.
Nos sonhos maduros,
A busca da plenitude do amor,
A simbiose da ausência assistida,
O sexo contratual do corpo desejo,
O perfume profano do carinho carente,
Sentada à beirada dos sentimentos,
Ordena as conquistas em cor de olhos,
Planeja paixões futuras em planta baixa,
Consolida o ventre seco do sêmen turvo.
Lânguidos são os olhos,
Que em ângulo espelho motel vê o corpo,
Jovem, vivido e amado por todos,
Apenas vibrando cadenciado, mecanicamente pistão.
Até quando?
Lorenzo
19/08/2001 |