As crónicas, por muita antevisão ou futurismo que agreguem, estão sempre a mudar de conteúdo, mas há alguns temas que permanecem intocáveis, reforçando a base de partida. É o caso desta...
Filho(s) da Puta: é um título muito atractivo, tal qual mel sob a órbita das moscas e talvez mais eficaz ainda do que o perfume bafiento do dinheiro intensamente passado entre nossas delicadíssimas mãos. De resto, é um termo que tem toneladas de uso e reabuso: além do insulto aguilhoado que é na vida real, utiliza-se muito no cinema para impressionar de indignação a assistência. É ainda um dito que tem uma psicologia criativa muito interessante: foi concebido para ferir o eventual criminoso em nome de quem não teve culpa alguma de parir um bandalho, se deveras o for. Este vulgaríssimo insulto, como todos sabemos, cai-nos da boca como qualquer perdigoto. Até parece que faz parte da genética humana, quer se exprima, quer apenas fique entalado no pensamento.
Filho(s) da Puta - vai-me deixar bastante decepcionado porque vai bater o record entre os títulos que labutei. Mas que hei-de fazer?! Nada... e tão só manter!