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Artigos-->Juventude e Violência -- 08/02/2007 - 12:05 (Leonardo Koury Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Juventude e Violência



Desigualdade Social no encontro das esquinas das grandes metrópoles brasileiras.









Nos grandes cruzamentos das principais metrópoles do país, encontramos muitas vezes a mesma situação. Crianças e jovens em seu malabares, vendendo balas, limpando vidro dos carros entre outras atividades honestas em busca da sua sobrevivência.



No século XXI, imaginar que teríamos seis milhões de crianças abaixo da linha da pobreza no Brasil segundo dados do relatório anual da UNICEF, 2005. Isto tudo contrasta com o ranking de segundo lugar nas cirurgias plásticas perdendo apenas para os Estados Unidos.



O choque social no Brasil é o maior causador da violência urbana, do aumento da mão de obra para o tráfico de droga e o crime organizado. Imaginar que meninos de doze anos conseguem se equilibrar com em uma Colt-AR15, FNFAL entre outros armamentos de média de 4 kg com o desejo inicial de poder ter uma vida diferente a que a maioria de sua classe social poderá alcançar.



Não é difícil escutar um ditado que se impera nas falas do jovem de periferia “Viver pouco como Rei ou muito como Zé”, uma parte destes jovens hoje levam isso como filosofia de vida.



Se viver pouco, garantirá a ele dinheiro, fama no seu meio social, possibilidade de conhecer várias mulheres, pode ser algo aceitável.



Ser o Zé, significa nesta mesma visão algo pejorativo, ser o pedreiro, o garçom, o pai de família que ganha pouco e vive em dificuldades, pois este modelo está fora dos “padrões globais”.







A falta de perspectiva de melhora, aproxima o jovem da criminalidade, isso apoiado na impunidade e também muitas vezes na ausência do poder público fazendo que o jovem busque de uma maneira rápida a solução de seus problemas, pois ninguém quer estar fora dos padrões que a mídia cultua, pois fora disto muitas vezes somente se vence o tão polêmico sistema sendo artista ou jogador de futebol.



Não é errado querer ter um tênis, um carro, buscar uma condição de vida melhor, mas o capitalismo limita seus excluídos filhos de acreditar que em uma vida honesta estes vão chegar a ter seu tão desejado “sonho de vitória”.



Na prática o sistema afasta estes jovens e não dá reais condições de futuro através de uma vida honesta, por isso uma parte busca outras formas para não viver eternamente vendendo balas no farol dos cruzamentos, pois para alguns viver pouco sim, mas como Rei vale muito mais do que a velhice de um Zé.





Leonardo Koury Martins







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