Era uma vez um trabalhador chamado O Povo.
O Povo saia bem cedo de casa com a sacola da marmita na mao e la no fim da rua pegava o onibus lotado.Escorava a cabeca e o corpo na porta do onibus e prosseguia a viagem. Tirava um cochilo em pe sem cerimonia.
O Povo, um desconhecido para a maioria das pessoas e o mundo, esta em todos os lados e cantos, construindo casas e pontes e enormes edificios de luxo sem saber se um dia ira entrar novamente nos mesmos depois de construidos.
Sem saber escrever muito bem, O Povo escreve errado mas tem sentido.Tem uma sabedoria de vida apurada e talentos mil.
O Povo sem dente na boca ainda sorri. Nao liga muito para a estetica e nem para os governates que escolhe.
O Povo brasileiro, diferente dos demais povos, samba e danca todos os dias. E so ter musica em quaquer cantinho.
E hora do almoco e O Povo pega sua marmita. Marmita com arroz e feijao, mas sem educacao, come o pedaco da sardinha como um leao.
O Povo neste ano, mais exatamente em novembro, ira votar mais uma vez indignado por perder a medade do domingo na fila da votacao.O Povo pelos cantos comenta `nao sei porque tenho que votar nesses homens se nada muda! Todos sao os mesmos entra eleicoes sai eleicoes!´Depois da votacao, o almoco e o copinho de pinga para abrir o apetite sao sagrados.
A odisseia do povo brasileiro continua sem parar um segundo. Seja na segunda, na quarta ou no domingo, O Povo na verdade quer mesmo e viver a vida sem saber como o fazer muito bem. Mas um dia, O Povo sabera sorrir com dentes saudaveis na boca e lera e escrevera o portugues correto e sabera um pouquinho de Carlos D. de Andrade.Esse dia chegara com a justica social. E ai o Povo deixara de ser um e sera uma nacao.