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Artigos-->O minguinho da loira de Laguna -- 13/02/2007 - 21:12 (Athos Ronaldo Miralha da Cunha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




O minguinho da loira de Laguna

Athos Ronaldo Miralha da Cunha



Eriberto Rogério chegou a Laguna uma semana antes do carnaval. A esposa e as crianças viriam nos dias das festas de momo.

Era uma tarde nublada e com um forte vento nordeste. Saciando a sede com uma água mineral com gás no posto da entrada da cidade, soube que o “nordestão” ocorreria por quatro dias seguidos e, após, mais alguns dias com chuva.

“Comecei bem as minhas férias” comentou, entre um gole e outro de água. Nuvens e vento, e para completar a água do mar deve estar fria como no pólo norte.



Naquela semana a cidade estava com pouco movimento. Então, Eriberto Rogério aproveitou para conhecer o centro histórico. Visitou a Casa de Anita, o Museu de Anita, a estátua de Anita e a igreja que Anita casou com seu primeiro marido. Como nem tudo é Anita em Laguna, Eriberto Rogério conheceu o Farol de Santa Marta e provou a água da Fonte da Carioca.



Dois dias passeando pela histórica Laguna concluiu que era um Porto Seguro sem a Passarela do Álcool e com mais castelhanos. Sozinho e em busca de diversão, usufruía diariamente a ampla piscina com água cristalina do hotel a beira-mar que estava hospedado. No terceiro dia de veraneio, Eriberto Rogério desfrutava o entardecer junto a piscina, saboreava um campari e pastéis de camarão quando ela chegou e sentou-se numa espreguiçadeira. Uma monumental loira. Uma loiraça. Ronaldinho Gordito pagaria um milhão de dólares por um casamento com essa beldade de olhos verdes e com uma tatuagem de um dragãozinho no pescoço. Uma loucura. A perfeição em carne e osso, mais esbelta que a estátua de Anita na praça em frente ao museu.



E quando sorria fazia covinhas na bochecha. O jeito jovial e meigo eriçou os pensamentos de Eriberto Rogério. O veranista solitário encheu-se de intenções para com a formosura. Solicitou ao garçom mais uma dose de campari, mais uma rodada de pastéis de camarão e ficou imaginando como seria sua abordagem, pois naquele fim de tarde apenas ele e a loira bronzeada estavam na área da piscina. Claro, os outros 438 hóspedes argentinos estavam na praia ou em algum roteiro turístico.

“Moras no bairro? Não te conheço de algum lugar? Tu não és de Restinga Seca?” Fraco, muito fraco, até achou que estava perdendo a embocadura como dizia o velho Claudiomiro. Pois é, Eriberto Rogério viu o Claudiomiro jogar. O melhor centro-avante que passou pelo Inter. E, ato contínuo, “e ela nem sabe quem é o Alexandre Pato”. Mas continuou jogando, estufou o peito, encolheu a barriga e postou-se melhor em sua cadeira.



Junto com o pedido de mais uma dose de campari o garçom trouxe para a loira um suco de abacaxi com hortelã e uma bandejinha com casquinhas siri.

Quando a moça levantou o minguinho para tomar o suco de abacaxi com hortelã Eriberto Rogério desandou. “Não! Minguinho levantado, não.”

Era impossível abordar uma loira de parar o trânsito, com tatuagem e covinhas, que tomava suco de abacaxi com hortelã com o minguinho levantado.



Abruptamente levantou-se e foi par ao quarto de hotel no quinto andar com vista para o mar. Tomou mais uma dose de campari e ficou assistindo o Datena na Band.







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