Sabe aqueles dias quando você acorda, imagina como vai ser seu dia e dá aquela preguiça? Pois bem, como a maioria dos meus começa assim, já tenho até um ritual programado.
Depois de sair da cama e fazer alguns alongamentos, vou direto ao banheiro. Tomar banho? Ainda não. Meu negócio é sentar na privada. Não necessariamente pra deixar o intestino tinindo, mas pra pensar nos assuntos um tanto filosóficos. Religião, por exemplo. Mas religião é polêmico demais pra falar aqui. Melhor seria sexo. É, sexo dá ibope. Tanto ibope quanto comida. Melhor falar dos dois, afinal quem não come ou é faquir ou celibatário.
Para ilustrar essa teoria, tomemos uma festa como exemplo. Qualquer que seja. Por que as pessoas vão a alguma festa? Sexo e comida, claro. As pessoas saem de casa dispostas a paquerar e,ou, comer. Nem vem com essa de que os convidados comparecem por consideração e blá blá blá... O pessoal está lá pra comer... e ser comido. Mas isso não é apenas em festas. Todas as relações humanas são permeadas por esses desejos enraizados em nosso cérebro reptiliano. Somos programados pra isso. Você pode até tentar ludibriá-lo, mas não há como fugir. Somos reféns dos nossos próprios genes. Não que esteja afirmando que somos apenas máquinas devoradoras de comida e de gente. Longe disseo. E também não leve tão a sério esses comentários. Afinal isso tudo não passa filosofia de banheiro.
-Menino, sai daí que eu tó atrasada.
O despertador materno disparou. É hora do banho. E banho frio. Brrrrr...