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Poesias-->O Bardo e a Primavera -- 11/06/2000 - 10:32 (Jorge Augusto Senger) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Episódio I -Sonhos Negros



Diante de mim surge uma donzela

E me estende num instante um cálice

“Bebe desta seiva pura” disse-me ela

e eu o fiz, cego pela beleza efêmera em seu ápice



Sorvi o néctar, e o amor, assim como o inverno

Para meu peito voltou, regelando a dor

Senti-me o mais feliz dos poetas, o eterno



Enquanto bebia, apunhalava

Refrescava-me no sangue que escorria

…e quando a donzela para mim sorria

percebi que o amor me embriagava



“Amor?” perguntou-me ela sorrindo

sim, é ele que me alucina

“Pois neste cálice não existe beleza, nem paixão

este néctar cheira a amor, mas, pobre de ti, bardo

tu bebes a essência negra da traição!”



Episódio II – O Despertar



Afaguei seu sono aos versos

Acordei-te às rimas de um amor dormente

e me deste o verde puro de seus olhos

como singelo presente



Inspire-me com seu belo amor

Que volte a felicidade

Adeus às lágrimas de dor



Sou seu poeta, seu amante

beije-me amor, em teus sonhos

Que eu canto-lhe os olhos

...nesta noite arfante.



Episódio III – A Dor e o Amor



Acordaste Primavera? Um suspiro teu ouvi

"Ouvi tuas rimas, bardo, quão belas são!"

Suas elas são, para ti as escrevi

"Rimaste amor com dor, que desolação!"



O amor me conduz, mas a dor me persegue

são dois cordeiros que trilham o mesmo caminho

mas julgados diferentes: "um é santo, o outro é herege"



Mas ambos são brancos, semelhantes

então, quando chegam a um bosque chamado vida

o desejo julga tudo de forma ardente

confunde-se caverna e ermida

baralha-se diabo e benevolente



Mas, além da vida os sentimentos somem

amo, mas sinto dor também

pois além de poeta sou homem.



Episódio IV – A Volta



Volta o Sol a me esquentar

Volta a Vida…os sonhos

O Vento do Amor volta a soprar



Em meio ao pântano um lis brotou

Seu beijo despertou belos versos

Sorria Bardo, a Primavera voltou!



Estranhas visões, uma cascata negra a secar

Esmeraldas como chuva a cair

Alegre-se Primavera, o Bardo voltou a amar!



Jorge Augusto Senger

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