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Artigos-->Tempo-Espaço VIII, IX e XI de L. C. Vinholes -- 25/02/2007 - 12:08 (LUIZ CARLOS LESSA VINHOLES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
TEMPO-EESPAÇO VIII, IX, XI de L. C. Vinholes





NOTA de 26 de fevereiro de 2007: Este texto foi distribuído como notícia e divulgado por jornais brasileiros em janeiro/fevereiro de 1980. Acreditando na conveniência de disponibilizá-lo para os que se interessam por este tipo de informação, principalmente para os de gerações mais jovens que apreciam e se dedicam à música, decidi incluí-lo entre os artigos de minha página no site Usina de Letras.





NOTÍCIA:



A Editora da Universidade de Brasília, sob a coordenação do professor Carlos Henrique Cardim, presidente do Conselho Editorial, do compositor Cláudio Santoro e do pianista Paulo Affonso de Moura Ferreira, da Comissão Editorial da Sociedade Brasileira de Música Contemporânea, acaba de lançar(1) a primeira partitura da Coleção Música Brasileira, com as peças Tempo-Espaço VIII, IX e XI, do compositor L. C. Vinholes(2).



Estas três obras estão escritas para flauta, fagote, clarineta, violino, viola, violoncelo, violão ad libitum(3), triângulo, xilofone, vibrafone, bombo, gongo, prato suspenso, caixa de madeira e piano, sendo que na de número VIII é utilizada também voz, para “leitura” de uma poesia de cinco linhas, igualmente da autoria de Vinholes.



Tempo-Espaço VIII foi escrita em agosto de 1974 e teve sua primeira audição, em 29 de setembro daquele ano, no Instituto Goethe de Tóquio por ocasião do concerto de despedida de H. J. Koelrreutter, que deixava a direção daquela casa no Japão. A primeira audição desta obra no Brasil ocorreu, em 23 de setembro de 1976, no Teatro Municipal de São Paulo, pelo Grupo Percussão e Madrigal Ars Nominus, do Conservatório Musical Brooklin Paulista, sob a direção de Cláudio Stephan.



Tempo-Espaço IX foi escrita em maio de 1965 e foi tocada pela primeira vez, em 15 de julho de 1975, em Salvador, durante o Festival de Arte da Bahia, pelo Conservatório Musicanova Bahia, regido por Pierro Bastianelli, tendo merecido Menção Honrosa no Concurso de Composição daquele Festival. Bastianelli apresentou a mesma obra no Rio de Janeiro, em outubro de 1977, e em Brasília e Goiânia, durante o IV Curso de Verão, em janeiro de 1979.



Tempo-Espaço XI foi composta em março de 1978 e teve sua estréia mundial, a 5 de junho de 1978, na Sala Villa-Lobos, em Paris, por um conjunto liderado pelo flautista Antônio Carlos Carrasqueira.



As primeiras obras escritas por Vinholes com a identificação Tempo-Espaço foram as de números I e II, para violino, viola e violoncelo, que serviram de exemplo nas três conferências que ele realizou em São Paulo, na Escola Livre de Música da Pró-Arte, em setembro de 1956, e durante as quais expôs os novos princípios técnicos para a estruturação musical que propunha. Editadas no Japão em 1960, pela Shin Nippaku Colection, estas duas pequenas peças só tiveram sua primeira audição no XIV Festival Música Nova de Santos em 17 de outubro de 1978 por Nathan Schwartmann, Bela Mori e Paulo Taccetti, integrantes do Quarteto Martins Fontes(4).



Durante o VIII Curso Latino Americano de Música Contemporânea, realizado em São João del-Rei, MG, em janeiro de 1979, Vinholes deu um curso sobre música aleatória e sobre os princípios técnicos de estruturação musical tempo-espaço, para jovens compositores tendo analisado as peças Tempo-Espaço I e II. O compositor uruguaio Elbio Rodrigues, escreveu posteriormente um quarteto para cordas com o técnica proposta por Vinholes. Também em janeiro de 1979 Vinholes proferiu conferência para alunos do IV Curso de Verão em Brasília, falando sobre o aleatório e o estrutural em suas obras,



As obras de Vinholes escritas com a técnica por ele idealizada tornaram-se amplamente conhecidas depois de que, em 23 de dezembro de 1964, seu trabalho Tempo-Espaço VI, também intitulado “Kasumi” (Névoa(5)), foi apresentado no I Festival Internacional de Música Contemporânea de Osaka, no Japão, pela Orquestra de Câmara do Festival, sob a regência de Yuzo Toyama, num programa com obras de Arnold Schöenberg, Bo Nilson, Karlheinz Stockhausen, Krzysoff Penderecki e Shinichi Matsudaira,



Vinholes dedica-se à música e à poesia de vanguarda e foi o primeiro brasileiro a criar condições para a música aleatória; fez estudos em São Paulo e seguiu para Tóquio em 1957, como bolsista do Governo japonês; organizou mostras de cultura brasileira no exterior, entre elas a Exposição de Música Contemporânea Brasileira em Tóquio em abril de 1977; foi delegado e observador brasileiro em conferências e seminários da Sociedade Internacional de Educação Musical, da Sociedade Internacional de Críticos de Arte e da Unesco; foi condecorado pelo Japão em 1977 com a Ordem do Tesouro Sagrado; e tem seu nome no Quem é Quem Internacional em Música (Londres 1977). Presentemente reside em Ottawa(6), no Canadá, onde trabalha pela difusão da música brasileira, preparando, no momento, uma exposição de obras de compositores contemporâneos no modelo da que organizou em Tóquio(7).



Na Coleção Música Brasileira da Universidade de Brasília serão editadas a seguir; Per Sonar a Trê, de Gilberto Mendes, Música para Metais, de Murilo Santos, Prelúdio e Fuga em Dó, de Emílio Terraza, Estruturas Sinfônicas, de Ricardo Tacuchian, Estudo em Contraponto nº 3, de Maria Helena Costa, Trio para Sopros, de Ernst Mahle, Diagrama II, de Rodolfo Coelho de Souza, Trio, de Osvaldo Lacerda, Estudo nº 1, de Maria Helena Rosas Fernandes, e Quarteto de Cordas de Eduardo Farias.



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Obs.: publicaram este artigo o: a) Jornal da Música de São Paulo, edição de janeiro/fevereiro 1980, com o título Coleção Música Brasileira Três Obras de L. C. Vinholes editadas pela Universidade de Brasília; b) Correio Braziliense de Brasília, edição de 18/01/1980, com o título UnB Edita Partitura; e c) Correio do Povo de Porto Alegre, edição de 23/02/1980, com o título Universidade de Brasília Edita Compositor Gaúcho.



(1) 1979.

(2) O catálogo de obras do compositor, com foto e dados biográficos em inglês, alemão e espanhol, foi publicado em outubro de 1976, pelo Departamento de Cooperação Cultural, Científica e Tecnológica do Ministério das Relações Exteriores, tendo a coordenação-geral e textos do professor pianista Paulo Affonso de Moura Ferreira da Universidade de Brasília (UnB) e a colaboração da Biblioteca de Documentação Musical da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo e da Sociedade Internacional de Música Contemporânea (SIMC).

(3) O violão ad libitum, constante da partitura de Tempo-Espaço VIII não tem sido usado nas apresentações desta peça, o que não altera a estrutura da obra.

(4) O outro integrante do Quarteto era a violinista Adelci Paulino.

(5) Nevoa, Kasumi em japonês, foi o nome dado pelo diretor-artístico do Festival Kohsuke Noguchi e assim foi incluída no programa da sua primeira audição. Exemplares foram vendidos ao público no saguão do teatro em benefício da associação dos visualmente prejudicados de Osaka. Em janeiro de 1980, o poeta Oigres Queirasi, de Pelotas, dedicou poema a esta obra.

(6) Reside em Brasília desde 1999.

(7) A mostra de Tóquio foi realizada de 11 a 23/04/1977.

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