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cronicas-->Recursos Humanos no Céu (A hora e a vez do Brasil) -- 02/05/2000 - 20:23 () Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Mal tendo acabado de formar as nações do mundo, Deus chamou ao céu os primeiros representantes de cada país, para sondar-lhes as aptidões e poder assim, encaixá-los melhor nas funções pertinentes. Aos mais aptos, evidentemente, funções de liderança; aos outros, funções de menor destaque no cenário mundial.
Orientador Vocacional nato, especializado por si mesmo em Recursos Humanos, o Senhor havia disposto no céu objetos e materiais diversos, para que cada um procurasse aquilo que mais lhe interessava e fizesse dos materiais algo de proveitoso para o Mundo.
Não,não haveria testes psicológicos e entrevistas de seleção; não, que nesse tempo os psicólogos ainda não haviam inventado essas modernidades; além do mais, o nosso bom Deus havia optado por adotar métodos essencialmente práticos.
Pois bem!
O inglês foi o primeiro a chegar e, acostumado ao "fog" londrino, ficou entusiasmado com o deslumbrante panorama que se descortinava do céu. Preocupado em melhorar a visão dos seu povo, pegou alguns materiais, fabricou lentes de contato, óculos miraculosos e outros artifícios visuais, especializando-se em Oftalmologia.
O americano, ao chegar, apanhou alguns materiais e foi logo fabricando uma máquina fotográfica e um binóculo, passando a esquadrinhar o espaço e a bater fotos constantes. Nesse pouquíssimo espaço de tempo, tornou-se o melhor repórter fotográfico do planeta.
O árabe preocupou-se excessivamente com os meios de locomoção e, consequentemente, com o melhor combustível. Tendo resolvido por conta própria voltar à sua terra para buscar o combustível nos poços ali existentes, não lhe foi permitido voltar ao céu, por desrespeito
ao quesito criatividade. Ficou pela Terra, apossou-se da maior parte do petróleo existente,por isso o alto preço do combustível.
O japonês, quieto, calado, depressa fabricou equipamentos eletrónicos e, com tenacidade, esmerou-se em aperfeiçoa-los e sofisticá-los, comercializando-os para todos os outros.
O alemão primeiramente apanhou cimento e tijolos e começou a fazer um grande muro, mas ante as primeiras acusações de segregacionismo e a primeira previsão de que esse muro acabaria por vir abaixo um dia, mudou rapidamente de idéia e tratou de enveredar pelo caminho do progresso da ciência.
O russo chegou sem ser visto e muniu-se de máquinas fotográficas, aparelhos de comunicação quase invisíveis, passando as investigar coisas absurdas, principalmente a vida e a mente dos inimigos do poder.
Eis que chegou a vez do brasileiro. Chegou atrasado, até porque só foi descoberto - ou inventado mais tarde, lá pelos idos de 1500.
Não encontrou muitos materiais disponíveis, que os "grandes" já haviam pego quase tudo. Mas a um canto, ainda restava um baú com coisas estranhas, que não chamara a atenção de nenhum dos outros. Com esses aparentemente imprestáveis objetos, o brasileiro dirigiu-se a
um local sossegado e, dono de uma criatividade incomparável, foi fabricar os seus apetrechos profissionais.
Hora da apresentação. Todos os países aplaudidíssimos por seu brilhantismo e imediatamente aprovados na seleção. Quanto ao Brasil, desclassificado.
Protesto geral, sob a alegação de que com os confetes, as serpentinas, pandeiros e cuícas, o carnaval e o samba, o Brasil tinha dado o toque de alegria que faltava ao ambiente.
Diante dos protestos gerais e da defesa incontestável, a desclassificação foi reconsiderada.
E assim, enquanto os outros trabalham em atividades menos alegres e mais árduas, o brasileiro vence e convence, com otimismo e alegria.
E tome samba, que de short e camiseta lá vai o brasileiro mostrando ao mundo a sua irreverência, disposto a ir devagarinho desbancando os outros países e a assumir a liderança. Já tentaram fazê-lo mudar de vida, mas a mundo precisa de sua festa.
E haja alegria, e haja fólego!
Comemoremos, pois, a grande idéia divina de dispensar entrevistas e testes e de apelar para o espírito prático, com o qual o bom Deus sem querer nos brindou com o carnaval e o samba, símbolos do gênio alegre e do bom humor, tão necessários nos dias de hoje.













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