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Artigos-->Diário de Bordo-capítulo I -- 01/03/2007 - 18:09 (regina helene de oliveira o`reilly) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Diário de uma viagem



1* Capítulo – Chegada ao Cairo





Meu stress tinha chegado ao limite e, nada melhor para recuperar as energias do que desligar-se do dia-a-dia viajando.Ao viajar,deixamos os

problemas de lado, o corre-corre,a repetição e o restrito mundo em que vivemos.Abrimo-nos para o novo, para as experiências não vividas, para o entendimento do diferente , para os prazeres sensoriais e,o mais importante , adquirimos cultura , conhecimento. E é com a cultura obtida durante as nossas vidas,que ampliamos a nossa visão e compreensão do nosso Planeta Terra e,conseqüentemente , de nós próprios e de nossos semelhantes.

Momento se fazia para viajar , restaurar o equilíbrio.

A questão seria , para onde ?

Desejava um lugar inusitado , surpreendente quando , em minha mente,surgiram o Egito e Jordânia como opções.

Comecei então a pesquisar estes dois países pela Internet , me convencendo,a partir desta pesquisa,serem eles o ideal buscado por mim.Mas,várias,foram as opiniões expressas que contrariavam a minha escolha com os seguintes argumentos:a região era perigosa,ao lado do Iraque e Israel , os egípcios trocavam mulheres por camelos , havia terrorismo , eram pobres , eu poderia pegar uma infecção intestinal ou outra doença e , tantos outros pontos negativos que levariam qualquer um à desistência da intenção de lá estar.

O interessante era que,com tantos mitos e e argumentos , o principal e incontestável não era lembrado pela maioria: a grande Civilização Egípcia com as suas obras esplendorosas , proféticas , admiráveis e a Jordânia , palco de acontecimentos bíblicos e com a inigualável cidade , Petra.

No meu entender pessoal,o conteúdo acima se colocava além de qualquer outro fato ou fantasia.

Sim , iria para o Egito e Jordânia decididamente , lugares únicos no mundo.

Malas prontas , partida para o Cairo via Milão .São Paulo à Milão , 12 horas de vôo , Milão para o Cairo aproximadamente 5 horas de vôo.

Chegada ao Cairo.

Mesmo cansada , a excitação tomou conta do meu ser. Desde o aeroporto,um mundo novo se apresentava.Homens com túnicas e lenços na cabeça , mulheres de túnicas negras e lenços , burca , cobriam –nas da cabeça aos pés com uma pequena tela na altura dos olhos e nariz , outras mais “liberais”,com lenços que cobriam apenas a cabeça e o pescoço, xador.

Eram 17:00hs , um guia nos esperava (a mim e a meu marido)no aeroporto para transportar –nos ao hotel.Chamava-se Fuad.Vestia-se de forma ocidental , era cristão.

No Egito 80% são muçulmanos e 20% são cristãos.

Iríamos nos hospedar em Giza no Hotel Mena House Oberoi , localizado em frente as pirâmides de Kefren , Keops e Mikerinos ,a 40 minutos do centro do Cairo.

Repetindo,eram 17:00hs , hora do rush , vocês não podem imaginar o que isto significa.

Não existem quase faróis no Cairo , uma cidade com 20 milhões de habitantes. O trânsito é caótico , sem regras.

Notempo passado no percurso do hotel , aproveitei para observar a realidade que me abraçava.

As mesquitas , templos de oração dos muçulmanos despontavam em cada quarteirão , com suas longas torres , minaretes.Mulheres com xador dirigiam seus carros . Casas e casas inacabadas , que,ao perguntar ao Fuad qual a razão de tal aparência,me explicou que,se fossem terminadas,se iniciaria a cobrança de impostos pelo Governo ;inacabadas,estariamisentas .Muitos minhocões atravessavam a cidade . Os homens do povo,em sua grande maioria possuíam bigode, pele morena, e se pareciam muito com a nossa gente. O Exército na rua, em vários pontos da cidade, principalmente nos pontos turísticos.

Em certo momento, uma entoação tomou conta de todo o Cairo. O som cadente, como se fosse mantra, quebrava a realidade presente e nos hipnotizava. Era hora da oração.

Quatro vezes por dia, sendo a primeira às cinco horas da manhã, dos minaretes(torres das mesquitas) a oração soava por alto falante em toda a cidade, embalando a fé islâmica.

Soube que os que se dirigiam às mesquitas tinham que realizar um ritual, lavando-se com água para se purificarem antes das orações.

No lugar da cruz, símbolo cristão, as mesquitas ostentavam uma meia lua com uma estrela, símbolo islâmico.

Após uma hora e meia, num trajeto que duraria quarenta minutos, surgiram, com todo deslumbramento, as pirâmides.

Tínhamos finalmente chegado ao hotel em que ficaríamos hospedados, Mena House Oberoi.

Surpresa maior, não poderia haver: da varanda da suíte, um céu estrelado, uma lua brilhando e a pirâmide de Quefren, bem à minha frente.

Êxtase com o cenário.O retorno ao passado, com a história concretizada a poucos metros, se empunha, diluindo o tempo real.

Dia seguinte, Museu do Cairo, turistas do mundo europeu, principalmente Itália e França, excitados, se amontoavam em grupos para a visitação.

O Exército controlava a segurança da vizinhança e do local.

Tínhamos um privilégio, um guia pessoal, Shaw, muçulmano que nos acompanharia por todo o Egito. Já havia estado no Brasil por três meses e falava a nossa língua muito bem. As suas maiores saudades de nosso país: o chope do Pingüim, de Ribeirão Preto, e a nossa picanha.

Ao lado de fora do museu, como disse anteriormente, as pessoas se espremiam para entrar.

Primeiramente, teriam que passar pelo detector de metal e depois, por uma vistoria pessoal.

As câmeras fotográficas ficavam guardadas do lado de fora. O museu, por dentro, não poderia ser fotografado.

O Shaw, muito me lembrou o jeitinho brasileiro, simpático e “esperto”.Empurrava-nos para a frente de todos os outros turistas na fila para entrar, com a segurança de uma autoridade que detinha esse direito.

Eu, toda certinha, que sigo todas as regras, com uma vergonha danada pela situação, deixei-me levar por quem era da terra e tinha o domínio da situação. A partir daí, e por muitos outros comportamentos dos egípcios, percebi identificações na forma de ser com os brasileiros. Obviamente, sem generalizar e sem preconceitos, o “tirar vantagem” está presente nos dois povos, ou melhor, em uma grande maioria.

Iniciamos visitação pelo setor mais importante: o tesouro de Tutankamon.

Para os egípcios, da dinastia dos faraós, a vida transcorria através do simbolismo, os símbolos, a sua linguagem.

O julgamento final, a morte, e a ressureição eram a essência das suas existências. O sol, reverenciado, era o Deus que dava a vida. A vida real era representada por rituais e metáforas.

Shaw ia nos dando uma estimulante aula da civilização egípcia, a cada passo que dávamos nos corredores do museu.

Horus, Barca Sagrada, Isis, Osíris, Amon-Ra, as razões dos tesouros e alimentos a serem enterrados juntamente com os faraós, as diversas dinastias faraônicas, Nefertari, Nefertite, as mais belas, as suas crenças e etc e tudo o que estava sendo revelado só foi desvendado após a tradução dos hieróglifos acontecida no início do século dezenove pela descoberta do egiptólogo francês, Champollion, da Pedra Roseta.

Em poucas horas, nosso guia tinha-nos feito absorver milhares de novos conhecimentos, e aprofundado os superficiais que tínhamos até então.Nosso guia Shaw comprovou que, além de “esperto”, era competente no que fazia, tinha conteúdo em que se propunha.

Saímos do museu para almoçar, seria uma nova experiência, a experimentação dos sabores daquela terra, Egito.

Peço licença a vocês para pausa do almoço, reiniciando um próximo capítulo, que será editado pelo Jornal da Economia, após a nossa digestão.



Diário de uma viagem



1* Capítulo – Chegada ao Cairo





Meu stress tinha chegado ao limite e, nada melhor para recuperar as energias do que desligar-se do dia-a-dia viajando.Ao viajar,deixamos os

problemas de lado, o corre-corre,a repetição e o restrito mundo em que vivemos.Abrimo-nos para o novo, para as experiências não vividas, para o entendimento do diferente , para os prazeres sensoriais e,o mais importante , adquirimos cultura , conhecimento. E é com a cultura obtida durante as nossas vidas,que ampliamos a nossa visão e compreensão do nosso Planeta Terra e,conseqüentemente , de nós próprios e de nossos semelhantes.

Momento se fazia para viajar , restaurar o equilíbrio.

A questão seria , para onde ?

Desejava um lugar inusitado , surpreendente quando , em minha mente,surgiram o Egito e Jordânia como opções.

Comecei então a pesquisar estes dois países pela Internet , me convencendo,a partir desta pesquisa,serem eles o ideal buscado por mim.Mas,várias,foram as opiniões expressas que contrariavam a minha escolha com os seguintes argumentos:a região era perigosa,ao lado do Iraque e Israel , os egípcios trocavam mulheres por camelos , havia terrorismo , eram pobres , eu poderia pegar uma infecção intestinal ou outra doença e , tantos outros pontos negativos que levariam qualquer um à desistência da intenção de lá estar.

O interessante era que,com tantos mitos e e argumentos , o principal e incontestável não era lembrado pela maioria: a grande Civilização Egípcia com as suas obras esplendorosas , proféticas , admiráveis e a Jordânia , palco de acontecimentos bíblicos e com a inigualável cidade , Petra.

No meu entender pessoal,o conteúdo acima se colocava além de qualquer outro fato ou fantasia.

Sim , iria para o Egito e Jordânia decididamente , lugares únicos no mundo.

Malas prontas , partida para o Cairo via Milão .São Paulo à Milão , 12 horas de vôo , Milão para o Cairo aproximadamente 5 horas de vôo.

Chegada ao Cairo.

Mesmo cansada , a excitação tomou conta do meu ser. Desde o aeroporto,um mundo novo se apresentava.Homens com túnicas e lenços na cabeça , mulheres de túnicas negras e lenços , burca , cobriam –nas da cabeça aos pés com uma pequena tela na altura dos olhos e nariz , outras mais “liberais”,com lenços que cobriam apenas a cabeça e o pescoço, xador.

Eram 17:00hs , um guia nos esperava (a mim e a meu marido)no aeroporto para transportar –nos ao hotel.Chamava-se Fuad.Vestia-se de forma ocidental , era cristão.

No Egito 80% são muçulmanos e 20% são cristãos.

Iríamos nos hospedar em Giza no Hotel Mena House Oberoi , localizado em frente as pirâmides de Kefren , Keops e Mikerinos ,a 40 minutos do centro do Cairo.

Repetindo,eram 17:00hs , hora do rush , vocês não podem imaginar o que isto significa.

Não existem quase faróis no Cairo , uma cidade com 20 milhões de habitantes. O trânsito é caótico , sem regras.

Notempo passado no percurso do hotel , aproveitei para observar a realidade que me abraçava.

As mesquitas , templos de oração dos muçulmanos despontavam em cada quarteirão , com suas longas torres , minaretes.Mulheres com xador dirigiam seus carros . Casas e casas inacabadas , que,ao perguntar ao Fuad qual a razão de tal aparência,me explicou que,se fossem terminadas,se iniciaria a cobrança de impostos pelo Governo ;inacabadas,estariamisentas .Muitos minhocões atravessavam a cidade . Os homens do povo,em sua grande maioria possuíam bigode, pele morena, e se pareciam muito com a nossa gente. O Exército na rua, em vários pontos da cidade, principalmente nos pontos turísticos.

Em certo momento, uma entoação tomou conta de todo o Cairo. O som cadente, como se fosse mantra, quebrava a realidade presente e nos hipnotizava. Era hora da oração.

Quatro vezes por dia, sendo a primeira às cinco horas da manhã, dos minaretes(torres das mesquitas) a oração soava por alto falante em toda a cidade, embalando a fé islâmica.

Soube que os que se dirigiam às mesquitas tinham que realizar um ritual, lavando-se com água para se purificarem antes das orações.

No lugar da cruz, símbolo cristão, as mesquitas ostentavam uma meia lua com uma estrela, símbolo islâmico.

Após uma hora e meia, num trajeto que duraria quarenta minutos, surgiram, com todo deslumbramento, as pirâmides.

Tínhamos finalmente chegado ao hotel em que ficaríamos hospedados, Mena House Oberoi.

Surpresa maior, não poderia haver: da varanda da suíte, um céu estrelado, uma lua brilhando e a pirâmide de Quefren, bem à minha frente.

Êxtase com o cenário.O retorno ao passado, com a história concretizada a poucos metros, se empunha, diluindo o tempo real.

Dia seguinte, Museu do Cairo, turistas do mundo europeu, principalmente Itália e França, excitados, se amontoavam em grupos para a visitação.

O Exército controlava a segurança da vizinhança e do local.

Tínhamos um privilégio, um guia pessoal, Shaw, muçulmano que nos acompanharia por todo o Egito. Já havia estado no Brasil por três meses e falava a nossa língua muito bem. As suas maiores saudades de nosso país: o chope do Pingüim, de Ribeirão Preto, e a nossa picanha.

Ao lado de fora do museu, como disse anteriormente, as pessoas se espremiam para entrar.

Primeiramente, teriam que passar pelo detector de metal e depois, por uma vistoria pessoal.

As câmeras fotográficas ficavam guardadas do lado de fora. O museu, por dentro, não poderia ser fotografado.

O Shaw, muito me lembrou o jeitinho brasileiro, simpático e “esperto”.Empurrava-nos para a frente de todos os outros turistas na fila para entrar, com a segurança de uma autoridade que detinha esse direito.

Eu, toda certinha, que sigo todas as regras, com uma vergonha danada pela situação, deixei-me levar por quem era da terra e tinha o domínio da situação. A partir daí, e por muitos outros comportamentos dos egípcios, percebi identificações na forma de ser com os brasileiros. Obviamente, sem generalizar e sem preconceitos, o “tirar vantagem” está presente nos dois povos, ou melhor, em uma grande maioria.

Iniciamos visitação pelo setor mais importante: o tesouro de Tutankamon.

Para os egípcios, da dinastia dos faraós, a vida transcorria através do simbolismo, os símbolos, a sua linguagem.

O julgamento final, a morte, e a ressureição eram a essência das suas existências. O sol, reverenciado, era o Deus que dava a vida. A vida real era representada por rituais e metáforas.

Shaw ia nos dando uma estimulante aula da civilização egípcia, a cada passo que dávamos nos corredores do museu.

Horus, Barca Sagrada, Isis, Osíris, Amon-Ra, as razões dos tesouros e alimentos a serem enterrados juntamente com os faraós, as diversas dinastias faraônicas, Nefertari, Nefertite, as mais belas, as suas crenças e etc e tudo o que estava sendo revelado só foi desvendado após a tradução dos hieróglifos acontecida no início do século dezenove pela descoberta do egiptólogo francês, Champollion, da Pedra Roseta.

Em poucas horas, nosso guia tinha-nos feito absorver milhares de novos conhecimentos, e aprofundado os superficiais que tínhamos até então.Nosso guia Shaw comprovou que, além de “esperto”, era competente no que fazia, tinha conteúdo em que se propunha.

Saímos do museu para almoçar, seria uma nova experiência, a experimentação dos sabores daquela terra, Egito.

Peço licença a vocês para pausa do almoço, reiniciando um próximo capítulo, que será editado pelo Jornal da Economia, após a nossa digestão.



Diário de uma viagem



1* Capítulo – Chegada ao Cairo





Meu stress tinha chegado ao limite e, nada melhor para recuperar as energias do que desligar-se do dia-a-dia viajando.Ao viajar,deixamos os

problemas de lado, o corre-corre,a repetição e o restrito mundo em que vivemos.Abrimo-nos para o novo, para as experiências não vividas, para o entendimento do diferente , para os prazeres sensoriais e,o mais importante , adquirimos cultura , conhecimento. E é com a cultura obtida durante as nossas vidas,que ampliamos a nossa visão e compreensão do nosso Planeta Terra e,conseqüentemente , de nós próprios e de nossos semelhantes.

Momento se fazia para viajar , restaurar o equilíbrio.

A questão seria , para onde ?

Desejava um lugar inusitado , surpreendente quando , em minha mente,surgiram o Egito e Jordânia como opções.

Comecei então a pesquisar estes dois países pela Internet , me convencendo,a partir desta pesquisa,serem eles o ideal buscado por mim.Mas,várias,foram as opiniões expressas que contrariavam a minha escolha com os seguintes argumentos:a região era perigosa,ao lado do Iraque e Israel , os egípcios trocavam mulheres por camelos , havia terrorismo , eram pobres , eu poderia pegar uma infecção intestinal ou outra doença e , tantos outros pontos negativos que levariam qualquer um à desistência da intenção de lá estar.

O interessante era que,com tantos mitos e e argumentos , o principal e incontestável não era lembrado pela maioria: a grande Civilização Egípcia com as suas obras esplendorosas , proféticas , admiráveis e a Jordânia , palco de acontecimentos bíblicos e com a inigualável cidade , Petra.

No meu entender pessoal,o conteúdo acima se colocava além de qualquer outro fato ou fantasia.

Sim , iria para o Egito e Jordânia decididamente , lugares únicos no mundo.

Malas prontas , partida para o Cairo via Milão .São Paulo à Milão , 12 horas de vôo , Milão para o Cairo aproximadamente 5 horas de vôo.

Chegada ao Cairo.

Mesmo cansada , a excitação tomou conta do meu ser. Desde o aeroporto,um mundo novo se apresentava.Homens com túnicas e lenços na cabeça , mulheres de túnicas negras e lenços , burca , cobriam –nas da cabeça aos pés com uma pequena tela na altura dos olhos e nariz , outras mais “liberais”,com lenços que cobriam apenas a cabeça e o pescoço, xador.

Eram 17:00hs , um guia nos esperava (a mim e a meu marido)no aeroporto para transportar –nos ao hotel.Chamava-se Fuad.Vestia-se de forma ocidental , era cristão.

No Egito 80% são muçulmanos e 20% são cristãos.

Iríamos nos hospedar em Giza no Hotel Mena House Oberoi , localizado em frente as pirâmides de Kefren , Keops e Mikerinos ,a 40 minutos do centro do Cairo.

Repetindo,eram 17:00hs , hora do rush , vocês não podem imaginar o que isto significa.

Não existem quase faróis no Cairo , uma cidade com 20 milhões de habitantes. O trânsito é caótico , sem regras.

Notempo passado no percurso do hotel , aproveitei para observar a realidade que me abraçava.

As mesquitas , templos de oração dos muçulmanos despontavam em cada quarteirão , com suas longas torres , minaretes.Mulheres com xador dirigiam seus carros . Casas e casas inacabadas , que,ao perguntar ao Fuad qual a razão de tal aparência,me explicou que,se fossem terminadas,se iniciaria a cobrança de impostos pelo Governo ;inacabadas,estariamisentas .Muitos minhocões atravessavam a cidade . Os homens do povo,em sua grande maioria possuíam bigode, pele morena, e se pareciam muito com a nossa gente. O Exército na rua, em vários pontos da cidade, principalmente nos pontos turísticos.

Em certo momento, uma entoação tomou conta de todo o Cairo. O som cadente, como se fosse mantra, quebrava a realidade presente e nos hipnotizava. Era hora da oração.

Quatro vezes por dia, sendo a primeira às cinco horas da manhã, dos minaretes(torres das mesquitas) a oração soava por alto falante em toda a cidade, embalando a fé islâmica.

Soube que os que se dirigiam às mesquitas tinham que realizar um ritual, lavando-se com água para se purificarem antes das orações.

No lugar da cruz, símbolo cristão, as mesquitas ostentavam uma meia lua com uma estrela, símbolo islâmico.

Após uma hora e meia, num trajeto que duraria quarenta minutos, surgiram, com todo deslumbramento, as pirâmides.

Tínhamos finalmente chegado ao hotel em que ficaríamos hospedados, Mena House Oberoi.

Surpresa maior, não poderia haver: da varanda da suíte, um céu estrelado, uma lua brilhando e a pirâmide de Quefren, bem à minha frente.

Êxtase com o cenário.O retorno ao passado, com a história concretizada a poucos metros, se empunha, diluindo o tempo real.

Dia seguinte, Museu do Cairo, turistas do mundo europeu, principalmente Itália e França, excitados, se amontoavam em grupos para a visitação.

O Exército controlava a segurança da vizinhança e do local.

Tínhamos um privilégio, um guia pessoal, Shaw, muçulmano que nos acompanharia por todo o Egito. Já havia estado no Brasil por três meses e falava a nossa língua muito bem. As suas maiores saudades de nosso país: o chope do Pingüim, de Ribeirão Preto, e a nossa picanha.

Ao lado de fora do museu, como disse anteriormente, as pessoas se espremiam para entrar.

Primeiramente, teriam que passar pelo detector de metal e depois, por uma vistoria pessoal.

As câmeras fotográficas ficavam guardadas do lado de fora. O museu, por dentro, não poderia ser fotografado.

O Shaw, muito me lembrou o jeitinho brasileiro, simpático e “esperto”.Empurrava-nos para a frente de todos os outros turistas na fila para entrar, com a segurança de uma autoridade que detinha esse direito.

Eu, toda certinha, que sigo todas as regras, com uma vergonha danada pela situação, deixei-me levar por quem era da terra e tinha o domínio da situação. A partir daí, e por muitos outros comportamentos dos egípcios, percebi identificações na forma de ser com os brasileiros. Obviamente, sem generalizar e sem preconceitos, o “tirar vantagem” está presente nos dois povos, ou melhor, em uma grande maioria.

Iniciamos visitação pelo setor mais importante: o tesouro de Tutankamon.

Para os egípcios, da dinastia dos faraós, a vida transcorria através do simbolismo, os símbolos, a sua linguagem.

O julgamento final, a morte, e a ressureição eram a essência das suas existências. O sol, reverenciado, era o Deus que dava a vida. A vida real era representada por rituais e metáforas.

Shaw ia nos dando uma estimulante aula da civilização egípcia, a cada passo que dávamos nos corredores do museu.

Horus, Barca Sagrada, Isis, Osíris, Amon-Ra, as razões dos tesouros e alimentos a serem enterrados juntamente com os faraós, as diversas dinastias faraônicas, Nefertari, Nefertite, as mais belas, as suas crenças e etc e tudo o que estava sendo revelado só foi desvendado após a tradução dos hieróglifos acontecida no início do século dezenove pela descoberta do egiptólogo francês, Champollion, da Pedra Roseta.

Em poucas horas, nosso guia tinha-nos feito absorver milhares de novos conhecimentos, e aprofundado os superficiais que tínhamos até então.Nosso guia Shaw comprovou que, além de “esperto”, era competente no que fazia, tinha conteúdo em que se propunha.

Saímos do museu para almoçar, seria uma nova experiência, a experimentação dos sabores daquela terra, Egito.

Peço licença a vocês para pausa do almoço, reiniciando um próximo capítulo, que será editado pelo Jornal da Economia, após a nossa digestão.



Diário de uma viagem



1* Capítulo – Chegada ao Cairo





Meu stress tinha chegado ao limite e, nada melhor para recuperar as energias do que desligar-se do dia-a-dia viajando.Ao viajar,deixamos os

problemas de lado, o corre-corre,a repetição e o restrito mundo em que vivemos.Abrimo-nos para o novo, para as experiências não vividas, para o entendimento do diferente , para os prazeres sensoriais e,o mais importante , adquirimos cultura , conhecimento. E é com a cultura obtida durante as nossas vidas,que ampliamos a nossa visão e compreensão do nosso Planeta Terra e,conseqüentemente , de nós próprios e de nossos semelhantes.

Momento se fazia para viajar , restaurar o equilíbrio.

A questão seria , para onde ?

Desejava um lugar inusitado , surpreendente quando , em minha mente,surgiram o Egito e Jordânia como opções.

Comecei então a pesquisar estes dois países pela Internet , me convencendo,a partir desta pesquisa,serem eles o ideal buscado por mim.Mas,várias,foram as opiniões expressas que contrariavam a minha escolha com os seguintes argumentos:a região era perigosa,ao lado do Iraque e Israel , os egípcios trocavam mulheres por camelos , havia terrorismo , eram pobres , eu poderia pegar uma infecção intestinal ou outra doença e , tantos outros pontos negativos que levariam qualquer um à desistência da intenção de lá estar.

O interessante era que,com tantos mitos e e argumentos , o principal e incontestável não era lembrado pela maioria: a grande Civilização Egípcia com as suas obras esplendorosas , proféticas , admiráveis e a Jordânia , palco de acontecimentos bíblicos e com a inigualável cidade , Petra.

No meu entender pessoal,o conteúdo acima se colocava além de qualquer outro fato ou fantasia.

Sim , iria para o Egito e Jordânia decididamente , lugares únicos no mundo.

Malas prontas , partida para o Cairo via Milão .São Paulo à Milão , 12 horas de vôo , Milão para o Cairo aproximadamente 5 horas de vôo.

Chegada ao Cairo.

Mesmo cansada , a excitação tomou conta do meu ser. Desde o aeroporto,um mundo novo se apresentava.Homens com túnicas e lenços na cabeça , mulheres de túnicas negras e lenços , burca , cobriam –nas da cabeça aos pés com uma pequena tela na altura dos olhos e nariz , outras mais “liberais”,com lenços que cobriam apenas a cabeça e o pescoço, xador.

Eram 17:00hs , um guia nos esperava (a mim e a meu marido)no aeroporto para transportar –nos ao hotel.Chamava-se Fuad.Vestia-se de forma ocidental , era cristão.

No Egito 80% são muçulmanos e 20% são cristãos.

Iríamos nos hospedar em Giza no Hotel Mena House Oberoi , localizado em frente as pirâmides de Kefren , Keops e Mikerinos ,a 40 minutos do centro do Cairo.

Repetindo,eram 17:00hs , hora do rush , vocês não podem imaginar o que isto significa.

Não existem quase faróis no Cairo , uma cidade com 20 milhões de habitantes. O trânsito é caótico , sem regras.

Notempo passado no percurso do hotel , aproveitei para observar a realidade que me abraçava.

As mesquitas , templos de oração dos muçulmanos despontavam em cada quarteirão , com suas longas torres , minaretes.Mulheres com xador dirigiam seus carros . Casas e casas inacabadas , que,ao perguntar ao Fuad qual a razão de tal aparência,me explicou que,se fossem terminadas,se iniciaria a cobrança de impostos pelo Governo ;inacabadas,estariamisentas .Muitos minhocões atravessavam a cidade . Os homens do povo,em sua grande maioria possuíam bigode, pele morena, e se pareciam muito com a nossa gente. O Exército na rua, em vários pontos da cidade, principalmente nos pontos turísticos.

Em certo momento, uma entoação tomou conta de todo o Cairo. O som cadente, como se fosse mantra, quebrava a realidade presente e nos hipnotizava. Era hora da oração.

Quatro vezes por dia, sendo a primeira às cinco horas da manhã, dos minaretes(torres das mesquitas) a oração soava por alto falante em toda a cidade, embalando a fé islâmica.

Soube que os que se dirigiam às mesquitas tinham que realizar um ritual, lavando-se com água para se purificarem antes das orações.

No lugar da cruz, símbolo cristão, as mesquitas ostentavam uma meia lua com uma estrela, símbolo islâmico.

Após uma hora e meia, num trajeto que duraria quarenta minutos, surgiram, com todo deslumbramento, as pirâmides.

Tínhamos finalmente chegado ao hotel em que ficaríamos hospedados, Mena House Oberoi.

Surpresa maior, não poderia haver: da varanda da suíte, um céu estrelado, uma lua brilhando e a pirâmide de Quefren, bem à minha frente.

Êxtase com o cenário.O retorno ao passado, com a história concretizada a poucos metros, se empunha, diluindo o tempo real.

Dia seguinte, Museu do Cairo, turistas do mundo europeu, principalmente Itália e França, excitados, se amontoavam em grupos para a visitação.

O Exército controlava a segurança da vizinhança e do local.

Tínhamos um privilégio, um guia pessoal, Shaw, muçulmano que nos acompanharia por todo o Egito. Já havia estado no Brasil por três meses e falava a nossa língua muito bem. As suas maiores saudades de nosso país: o chope do Pingüim, de Ribeirão Preto, e a nossa picanha.

Ao lado de fora do museu, como disse anteriormente, as pessoas se espremiam para entrar.

Primeiramente, teriam que passar pelo detector de metal e depois, por uma vistoria pessoal.

As câmeras fotográficas ficavam guardadas do lado de fora. O museu, por dentro, não poderia ser fotografado.

O Shaw, muito me lembrou o jeitinho brasileiro, simpático e “esperto”.Empurrava-nos para a frente de todos os outros turistas na fila para entrar, com a segurança de uma autoridade que detinha esse direito.

Eu, toda certinha, que sigo todas as regras, com uma vergonha danada pela situação, deixei-me levar por quem era da terra e tinha o domínio da situação. A partir daí, e por muitos outros comportamentos dos egípcios, percebi identificações na forma de ser com os brasileiros. Obviamente, sem generalizar e sem preconceitos, o “tirar vantagem” está presente nos dois povos, ou melhor, em uma grande maioria.

Iniciamos visitação pelo setor mais importante: o tesouro de Tutankamon.

Para os egípcios, da dinastia dos faraós, a vida transcorria através do simbolismo, os símbolos, a sua linguagem.

O julgamento final, a morte, e a ressureição eram a essência das suas existências. O sol, reverenciado, era o Deus que dava a vida. A vida real era representada por rituais e metáforas.

Shaw ia nos dando uma estimulante aula da civilização egípcia, a cada passo que dávamos nos corredores do museu.

Horus, Barca Sagrada, Isis, Osíris, Amon-Ra, as razões dos tesouros e alimentos a serem enterrados juntamente com os faraós, as diversas dinastias faraônicas, Nefertari, Nefertite, as mais belas, as suas crenças e etc e tudo o que estava sendo revelado só foi desvendado após a tradução dos hieróglifos acontecida no início do século dezenove pela descoberta do egiptólogo francês, Champollion, da Pedra Roseta.

Em poucas horas, nosso guia tinha-nos feito absorver milhares de novos conhecimentos, e aprofundado os superficiais que tínhamos até então.Nosso guia Shaw comprovou que, além de “esperto”, era competente no que fazia, tinha conteúdo em que se propunha.

Saímos do museu para almoçar, seria uma nova experiência, a experimentação dos sabores daquela terra, Egito.

Peço licença a vocês para pausa do almoço, reiniciando um próximo capítulo, que será editado pelo Jornal da Economia, após a nossa digestão.



Diário de uma viagem



1* Capítulo – Chegada ao Cairo





Meu stress tinha chegado ao limite e, nada melhor para recuperar as energias do que desligar-se do dia-a-dia viajando.Ao viajar,deixamos os

problemas de lado, o corre-corre,a repetição e o restrito mundo em que vivemos.Abrimo-nos para o novo, para as experiências não vividas, para o entendimento do diferente , para os prazeres sensoriais e,o mais importante , adquirimos cultura , conhecimento. E é com a cultura obtida durante as nossas vidas,que ampliamos a nossa visão e compreensão do nosso Planeta Terra e,conseqüentemente , de nós próprios e de nossos semelhantes.

Momento se fazia para viajar , restaurar o equilíbrio.

A questão seria , para onde ?

Desejava um lugar inusitado , surpreendente quando , em minha mente,surgiram o Egito e Jordânia como opções.

Comecei então a pesquisar estes dois países pela Internet , me convencendo,a partir desta pesquisa,serem eles o ideal buscado por mim.Mas,várias,foram as opiniões expressas que contrariavam a minha escolha com os seguintes argumentos:a região era perigosa,ao lado do Iraque e Israel , os egípcios trocavam mulheres por camelos , havia terrorismo , eram pobres , eu poderia pegar uma infecção intestinal ou outra doença e , tantos outros pontos negativos que levariam qualquer um à desistência da intenção de lá estar.

O interessante era que,com tantos mitos e e argumentos , o principal e incontestável não era lembrado pela maioria: a grande Civilização Egípcia com as suas obras esplendorosas , proféticas , admiráveis e a Jordânia , palco de acontecimentos bíblicos e com a inigualável cidade , Petra.

No meu entender pessoal,o conteúdo acima se colocava além de qualquer outro fato ou fantasia.

Sim , iria para o Egito e Jordânia decididamente , lugares únicos no mundo.

Malas prontas , partida para o Cairo via Milão .São Paulo à Milão , 12 horas de vôo , Milão para o Cairo aproximadamente 5 horas de vôo.

Chegada ao Cairo.

Mesmo cansada , a excitação tomou conta do meu ser. Desde o aeroporto,um mundo novo se apresentava.Homens com túnicas e lenços na cabeça , mulheres de túnicas negras e lenços , burca , cobriam –nas da cabeça aos pés com uma pequena tela na altura dos olhos e nariz , outras mais “liberais”,com lenços que cobriam apenas a cabeça e o pescoço, xador.

Eram 17:00hs , um guia nos esperava (a mim e a meu marido)no aeroporto para transportar –nos ao hotel.Chamava-se Fuad.Vestia-se de forma ocidental , era cristão.

No Egito 80% são muçulmanos e 20% são cristãos.

Iríamos nos hospedar em Giza no Hotel Mena House Oberoi , localizado em frente as pirâmides de Kefren , Keops e Mikerinos ,a 40 minutos do centro do Cairo.

Repetindo,eram 17:00hs , hora do rush , vocês não podem imaginar o que isto significa.

Não existem quase faróis no Cairo , uma cidade com 20 milhões de habitantes. O trânsito é caótico , sem regras.

Notempo passado no percurso do hotel , aproveitei para observar a realidade que me abraçava.

As mesquitas , templos de oração dos muçulmanos despontavam em cada quarteirão , com suas longas torres , minaretes.Mulheres com xador dirigiam seus carros . Casas e casas inacabadas , que,ao perguntar ao Fuad qual a razão de tal aparência,me explicou que,se fossem terminadas,se iniciaria a cobrança de impostos pelo Governo ;inacabadas,estariamisentas .Muitos minhocões atravessavam a cidade . Os homens do povo,em sua grande maioria possuíam bigode, pele morena, e se pareciam muito com a nossa gente. O Exército na rua, em vários pontos da cidade, principalmente nos pontos turísticos.

Em certo momento, uma entoação tomou conta de todo o Cairo. O som cadente, como se fosse mantra, quebrava a realidade presente e nos hipnotizava. Era hora da oração.

Quatro vezes por dia, sendo a primeira às cinco horas da manhã, dos minaretes(torres das mesquitas) a oração soava por alto falante em toda a cidade, embalando a fé islâmica.

Soube que os que se dirigiam às mesquitas tinham que realizar um ritual, lavando-se com água para se purificarem antes das orações.

No lugar da cruz, símbolo cristão, as mesquitas ostentavam uma meia lua com uma estrela, símbolo islâmico.

Após uma hora e meia, num trajeto que duraria quarenta minutos, surgiram, com todo deslumbramento, as pirâmides.

Tínhamos finalmente chegado ao hotel em que ficaríamos hospedados, Mena House Oberoi.

Surpresa maior, não poderia haver: da varanda da suíte, um céu estrelado, uma lua brilhando e a pirâmide de Quefren, bem à minha frente.

Êxtase com o cenário.O retorno ao passado, com a história concretizada a poucos metros, se empunha, diluindo o tempo real.

Dia seguinte, Museu do Cairo, turistas do mundo europeu, principalmente Itália e França, excitados, se amontoavam em grupos para a visitação.

O Exército controlava a segurança da vizinhança e do local.

Tínhamos um privilégio, um guia pessoal, Shaw, muçulmano que nos acompanharia por todo o Egito. Já havia estado no Brasil por três meses e falava a nossa língua muito bem. As suas maiores saudades de nosso país: o chope do Pingüim, de Ribeirão Preto, e a nossa picanha.

Ao lado de fora do museu, como disse anteriormente, as pessoas se espremiam para entrar.

Primeiramente, teriam que passar pelo detector de metal e depois, por uma vistoria pessoal.

As câmeras fotográficas ficavam guardadas do lado de fora. O museu, por dentro, não poderia ser fotografado.

O Shaw, muito me lembrou o jeitinho brasileiro, simpático e “esperto”.Empurrava-nos para a frente de todos os outros turistas na fila para entrar, com a segurança de uma autoridade que detinha esse direito.

Eu, toda certinha, que sigo todas as regras, com uma vergonha danada pela situação, deixei-me levar por quem era da terra e tinha o domínio da situação. A partir daí, e por muitos outros comportamentos dos egípcios, percebi identificações na forma de ser com os brasileiros. Obviamente, sem generalizar e sem preconceitos, o “tirar vantagem” está presente nos dois povos, ou melhor, em uma grande maioria.

Iniciamos visitação pelo setor mais importante: o tesouro de Tutankamon.

Para os egípcios, da dinastia dos faraós, a vida transcorria através do simbolismo, os símbolos, a sua linguagem.

O julgamento final, a morte, e a ressureição eram a essência das suas existências. O sol, reverenciado, era o Deus que dava a vida. A vida real era representada por rituais e metáforas.

Shaw ia nos dando uma estimulante aula da civilização egípcia, a cada passo que dávamos nos corredores do museu.

Horus, Barca Sagrada, Isis, Osíris, Amon-Ra, as razões dos tesouros e alimentos a serem enterrados juntamente com os faraós, as diversas dinastias faraônicas, Nefertari, Nefertite, as mais belas, as suas crenças e etc e tudo o que estava sendo revelado só foi desvendado após a tradução dos hieróglifos acontecida no início do século dezenove pela descoberta do egiptólogo francês, Champollion, da Pedra Roseta.

Em poucas horas, nosso guia tinha-nos feito absorver milhares de novos conhecimentos, e aprofundado os superficiais que tínhamos até então.Nosso guia Shaw comprovou que, além de “esperto”, era competente no que fazia, tinha conteúdo em que se propunha.

Saímos do museu para almoçar, seria uma nova experiência, a experimentação dos sabores daquela terra, Egito.

Peço licença a vocês para pausa do almoço, reiniciando um próximo capítulo, que será editado pelo Jornal da Economia, após a nossa digestão.



Diário de uma viagem



1* Capítulo – Chegada ao Cairo





Meu stress tinha chegado ao limite e, nada melhor para recuperar as energias do que desligar-se do dia-a-dia viajando.Ao viajar,deixamos os

problemas de lado, o corre-corre,a repetição e o restrito mundo em que vivemos.Abrimo-nos para o novo, para as experiências não vividas, para o entendimento do diferente , para os prazeres sensoriais e,o mais importante , adquirimos cultura , conhecimento. E é com a cultura obtida durante as nossas vidas,que ampliamos a nossa visão e compreensão do nosso Planeta Terra e,conseqüentemente , de nós próprios e de nossos semelhantes.

Momento se fazia para viajar , restaurar o equilíbrio.

A questão seria , para onde ?

Desejava um lugar inusitado , surpreendente quando , em minha mente,surgiram o Egito e Jordânia como opções.

Comecei então a pesquisar estes dois países pela Internet , me convencendo,a partir desta pesquisa,serem eles o ideal buscado por mim.Mas,várias,foram as opiniões expressas que contrariavam a minha escolha com os seguintes argumentos:a região era perigosa,ao lado do Iraque e Israel , os egípcios trocavam mulheres por camelos , havia terrorismo , eram pobres , eu poderia pegar uma infecção intestinal ou outra doença e , tantos outros pontos negativos que levariam qualquer um à desistência da intenção de lá estar.

O interessante era que,com tantos mitos e e argumentos , o principal e incontestável não era lembrado pela maioria: a grande Civilização Egípcia com as suas obras esplendorosas , proféticas , admiráveis e a Jordânia , palco de acontecimentos bíblicos e com a inigualável cidade , Petra.

No meu entender pessoal,o conteúdo acima se colocava além de qualquer outro fato ou fantasia.

Sim , iria para o Egito e Jordânia decididamente , lugares únicos no mundo.

Malas prontas , partida para o Cairo via Milão .São Paulo à Milão , 12 horas de vôo , Milão para o Cairo aproximadamente 5 horas de vôo.

Chegada ao Cairo.

Mesmo cansada , a excitação tomou conta do meu ser. Desde o aeroporto,um mundo novo se apresentava.Homens com túnicas e lenços na cabeça , mulheres de túnicas negras e lenços , burca , cobriam –nas da cabeça aos pés com uma pequena tela na altura dos olhos e nariz , outras mais “liberais”,com lenços que cobriam apenas a cabeça e o pescoço, xador.

Eram 17:00hs , um guia nos esperava (a mim e a meu marido)no aeroporto para transportar –nos ao hotel.Chamava-se Fuad.Vestia-se de forma ocidental , era cristão.

No Egito 80% são muçulmanos e 20% são cristãos.

Iríamos nos hospedar em Giza no Hotel Mena House Oberoi , localizado em frente as pirâmides de Kefren , Keops e Mikerinos ,a 40 minutos do centro do Cairo.

Repetindo,eram 17:00hs , hora do rush , vocês não podem imaginar o que isto significa.

Não existem quase faróis no Cairo , uma cidade com 20 milhões de habitantes. O trânsito é caótico , sem regras.

Notempo passado no percurso do hotel , aproveitei para observar a realidade que me abraçava.

As mesquitas , templos de oração dos muçulmanos despontavam em cada quarteirão , com suas longas torres , minaretes.Mulheres com xador dirigiam seus carros . Casas e casas inacabadas , que,ao perguntar ao Fuad qual a razão de tal aparência,me explicou que,se fossem terminadas,se iniciaria a cobrança de impostos pelo Governo ;inacabadas,estariamisentas .Muitos minhocões atravessavam a cidade . Os homens do povo,em sua grande maioria possuíam bigode, pele morena, e se pareciam muito com a nossa gente. O Exército na rua, em vários pontos da cidade, principalmente nos pontos turísticos.

Em certo momento, uma entoação tomou conta de todo o Cairo. O som cadente, como se fosse mantra, quebrava a realidade presente e nos hipnotizava. Era hora da oração.

Quatro vezes por dia, sendo a primeira às cinco horas da manhã, dos minaretes(torres das mesquitas) a oração soava por alto falante em toda a cidade, embalando a fé islâmica.

Soube que os que se dirigiam às mesquitas tinham que realizar um ritual, lavando-se com água para se purificarem antes das orações.

No lugar da cruz, símbolo cristão, as mesquitas ostentavam uma meia lua com uma estrela, símbolo islâmico.

Após uma hora e meia, num trajeto que duraria quarenta minutos, surgiram, com todo deslumbramento, as pirâmides.

Tínhamos finalmente chegado ao hotel em que ficaríamos hospedados, Mena House Oberoi.

Surpresa maior, não poderia haver: da varanda da suíte, um céu estrelado, uma lua brilhando e a pirâmide de Quefren, bem à minha frente.

Êxtase com o cenário.O retorno ao passado, com a história concretizada a poucos metros, se empunha, diluindo o tempo real.

Dia seguinte, Museu do Cairo, turistas do mundo europeu, principalmente Itália e França, excitados, se amontoavam em grupos para a visitação.

O Exército controlava a segurança da vizinhança e do local.

Tínhamos um privilégio, um guia pessoal, Shaw, muçulmano que nos acompanharia por todo o Egito. Já havia estado no Brasil por três meses e falava a nossa língua muito bem. As suas maiores saudades de nosso país: o chope do Pingüim, de Ribeirão Preto, e a nossa picanha.

Ao lado de fora do museu, como disse anteriormente, as pessoas se espremiam para entrar.

Primeiramente, teriam que passar pelo detector de metal e depois, por uma vistoria pessoal.

As câmeras fotográficas ficavam guardadas do lado de fora. O museu, por dentro, não poderia ser fotografado.

O Shaw, muito me lembrou o jeitinho brasileiro, simpático e “esperto”.Empurrava-nos para a frente de todos os outros turistas na fila para entrar, com a segurança de uma autoridade que detinha esse direito.

Eu, toda certinha, que sigo todas as regras, com uma vergonha danada pela situação, deixei-me levar por quem era da terra e tinha o domínio da situação. A partir daí, e por muitos outros comportamentos dos egípcios, percebi identificações na forma de ser com os brasileiros. Obviamente, sem generalizar e sem preconceitos, o “tirar vantagem” está presente nos dois povos, ou melhor, em uma grande maioria.

Iniciamos visitação pelo setor mais importante: o tesouro de Tutankamon.

Para os egípcios, da dinastia dos faraós, a vida transcorria através do simbolismo, os símbolos, a sua linguagem.

O julgamento final, a morte, e a ressureição eram a essência das suas existências. O sol, reverenciado, era o Deus que dava a vida. A vida real era representada por rituais e metáforas.

Shaw ia nos dando uma estimulante aula da civilização egípcia, a cada passo que dávamos nos corredores do museu.

Horus, Barca Sagrada, Isis, Osíris, Amon-Ra, as razões dos tesouros e alimentos a serem enterrados juntamente com os faraós, as diversas dinastias faraônicas, Nefertari, Nefertite, as mais belas, as suas crenças e etc e tudo o que estava sendo revelado só foi desvendado após a tradução dos hieróglifos acontecida no início do século dezenove pela descoberta do egiptólogo francês, Champollion, da Pedra Roseta.

Em poucas horas, nosso guia tinha-nos feito absorver milhares de novos conhecimentos, e aprofundado os superficiais que tínhamos até então.Nosso guia Shaw comprovou que, além de “esperto”, era competente no que fazia, tinha conteúdo em que se propunha.

Saímos do museu para almoçar, seria uma nova experiência, a experimentação dos sabores daquela terra, Egito.

Peço licença a vocês para pausa do almoço, reiniciando um próximo capítulo, que será editado pelo Jornal da Economia, após a nossa digestão.



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