Fim da viagem : Sharm El Sheik e Jordânia
De Luxor para Sharm El Sheik , das obras e história da civilização egípcia para um Egito atual e internacionalizado.
Em Sharm El Sheik , cidade litorânea de veraneio dos milionários europeus , o Egito perde suas características intrínsecas e se torna mais uma cidade badalada do mundo.
Procurada tanto pelos turistas que têm como hobby o mergulho quanto por aqueles que querem fugir das baixas temperaturas do inverno de seus paises de origem , encontram lá o sinônimo de prazer : sol , mar , gente alegre , bonita , movimento , gastronomia , lojas , cassinos , música , etc.
O sol brilhando em nossa chegada antevia os dias deliciosos que viveríamos.
Da exploração turística das etapas anteriores, passaríamos para o “far niente” , também criativo e enriquecedor.
Chegada ao Hotel Four Season , simplesmente maravilhoso .À nossa frente, o Mar Vermelho , palmeiras , montanhas de pedra rosa , e uma praia que se fechava em si.
Com tanto estímulo, não poderíamos perder tempo : deixamos as malas na habitação , trocamo-nos e fomos direto para a praia , irresistível.
Surpresa: as imagens de mulheres com burca e xador e os homens com túnicas e lenços das cidades anteriores desapareceram , surgindo mulheres com minúsculos biquínis , homens com sungas , bronzeados e extrovertidos.
Todos que ali se encontravam , incluindo-nos , haviam deixado os pensamentos preocupantes longe . Neste momento , imperavam o prazer de testemunharmos tal cenário e sermos abraçados pelos raios de sol presente , nada mais.
O fim da tarde alcançava-nos , era hora de recolhermo-nos para preparação para a noite que em breve se imporia.
Prontos , pegamos um táxi que nos deixou no ponto de badalação local.
Ruas que tinham a proibição de tráfego se cortavam , fechando um quadrilátero.Restaurantes de todos os tipos e preços com o mesmo padrão estético , diferenciavam-se pela decoração , lojas de artesanato egípcio , joalherias , butiques , imprimiam um ritmo de excitação em todos os turistas.A vida pulsava neste local. Pessoas de várias nacionalidades , cultura e costumes , nas ruas , andavam sem compromisso , vivendo o mais gostoso da vida , a leveza de ser simplesmente.
Passamos três dias neste clima de despreocupação total.
Do Egito , Sharm El Sheik para Jordânia.
Jordânia , reino Hashemita , vive um regime monárquico. É um país neutro politicamente nos conflitos do Oriente Médio , fazendo fronteira com o Iraque e Israel , paises em guerra. A religião é o Islamismo . A capital é Amman.
A Jordânia foi o único pais do Oriente Médio que deu cidadania aos palestinos ; os outros, consideram-los refugiados.
Um guia nos esperava no aeroporto de Amman , Sami , palestino com cidadania jordaniana, mas que se sentia essencialmente de corpo e alma palestino. Ele nos contou durante o percurso aeroporto –hotel particularidades e dados da Jordânia , contou-nos também que havia morado em Chicago e Santiago de Compostella , onde seu irmão possui um hotel.
Desde o primeiro momento que o conheci, percebi que teria, a partir daquele instante, um companheiro para discussões políticas e religiosas.
E foi o que aconteceu , realizei-me através dele em alguns dos assuntos que mais me encantam . Sami se tornou um amigo.
O reconhecimento de Amman ia sendo feito : largas avenidas , limpas , com belos prédios e casas que mantinham o padrão de construção , suas paredes eram de pedras brancas. Em nenhum momento, do aeroporto ao hotel , Intercontinental , a pobreza apareceu aos nossos olhos.
A constatação inicial se solidificou ; a Jordânia diferenciava-se em muito do Egito , mulheres vestidas de forma ocidental , bem vestidas com grifes e maquiagem , e homens com terno , pareciam todos executivos, ocidentalizados , grande maioria avistada por nós.
Dia seguinte: Petra , a razão de nossa escolha em conhecer a Jordânia.
Petra é a interação da natureza com a arte . Monumentos escavados nas pedras rosas compõem uma arte viva , em local arqueológico enorme que necessita de, pelo menos, dois dias para se conhecer.
Pedras gigantes , rosas , dão a sensação de encontrarem o céu .
As – Siq , entrada principal de Petra é uma impressionante garganta , estreita e profunda de 1200mts de altura.
Al Khazneh , o tesouro , um monumento encravado na própria pedra , numa fachada de 30 metros e 43 metros de altura , com estilo arquitetônico helenístico , do séc. I a.c , foi escavada para tumba de um importante rei Nabateo (tribo árabe que se instalou na região).
Quando Al Khazneh surgiu aos nossos olhos , o impacto de tamanha maravilha cessou nossas respirações por instantes. Aquela visão brindou o dia.
Após 2 dias em Petra , retornamos para Amman . De Amman sairíamos de carro para vários passeios :Wadi Rum , Madaba , Monte Nebo.
Sami nos pegou no hotel para conhecermos Wadi Rum , o deserto onde Lawrence D´Arabia , T.E. , reuniu as tribos árabes.
Wadi Rum é uma das maiores e mais magníficas paisagens desérticas.
Após duas horas de carro, paramos no escritório de venda do passeio , onde um beduíno gordo e grande , Abdulah , levar-nos-ia em um Jeep 4 por 4 para o nosso destino.
Vale desértico de surpreendente beleza onde se elevam subitamente montanhas de pedras de 1854 metros de altitude . O local ainda preserva alguns beduínos que mantêm os costumes de seus antepassados : vivem em tendas como nômades. Pudemos ter o prazer de ser recebidos pelo chefe beduíno que, como nosso anfitrião, ofereceu-nos o chão coberto de tapete para sentarmos e bebermos o café que estava sendo preparado em fogueira a nossa frente. A sensação foi única , sem comentários.
De Wadi Rum para Madaba , a cidade dos mosaicos e Monte Nebo , local que Moisés foi enterrado.
Madaba , cidade citada diversas vezes no Antigo Testamento, com 4500 anos , guarda na Igreja Grega Ortodoxa de São Jorge , o mais antigo mapa mundi da humanidade , um mapa de mosaico bizantino do séc. VI .
Hoje em dia , a cidade tem no produto artesanal mosaico a sua fonte de riqueza.Grandes oficinas empregam a população local ; desta população trabalhadora , muitos deficientes participam . Grupo de turistas europeus visitavam-nas para aquisição das peças , muitas vezes despachadas por avião pelo tamanho.
De Madaba, partimos para o Monte Nebo , lugar venerado, pois se o presume ser o local onde Moisés morreu e foi sepultado.
Em seu promontório, onde se avista o Vale do Rio Jordão , Jericó , e as colinas de Jerusalém , Moisés contemplou a Terra Prometida . Como Madaba , o Monte Nebo e vários locais da Jordânia foram cenários de diversas passagens bíblicas , incutindo em nossas impressões um ar místico e sagrado. Imaginar que estamos em solo que se desenrolou histórias bíblicas, emocionou-nos até a alma original.
O sol começava a se pôr quando retornamos a Amman ; voltaríamos ao Brasil via Roma , no dia seguinte. Era preciso descansarmos de tantas e surpreendentes emoções . Era preciso adaptarmo-nos à ausência destas vivências complexas , especiais , enriquecedoras .
Era preciso voltar à realidade : Brasil .
Caros amigos , vocês deverão estar pensando que , infelizmente , uma grande maioria de vocês , de nós brasileiros , jamais terá a oportunidade de viver o que eu pude viver ; então, qual a razão do Diário de Bordo, questionarão .
Posso garantir-lhes que, em nenhum momento, o Diário de Bordo teve a intenção da propaganda turística nem teve, como escopo, o estímulo a escolha destes lugares descritos como destinos de viagem pois, como poderia estimular algo que não será alcançado pela grande massa brasileira.
Foi um convite , sim , para estarmos juntos numa viagem através das palavras , da imaginação , da leitura.
Pela leitura, transcendemos os limites impostos , a situação financeira , o preconceito, a matéria , o tempo , a ignorância.
Pela leitura , sonhamos , enriquecemos nosso conhecimento , abrimos novas portas de ser , expandimos nossa consciência .
Ler, é viajar por mundos distantes e tempos distantes , passado ou futuro.
E melhor, nesta viagem, nem precisamos de bagagem , somente um livro.
Portanto , viajemos , muito.
Fim da viagem : Sharm El Sheik e Jordânia
De Luxor para Sharm El Sheik , das obras e história da civilização egípcia para um Egito atual e internacionalizado.
Em Sharm El Sheik , cidade litorânea de veraneio dos milionários europeus , o Egito perde suas características intrínsecas e se torna mais uma cidade badalada do mundo.
Procurada tanto pelos turistas que têm como hobby o mergulho quanto por aqueles que querem fugir das baixas temperaturas do inverno de seus paises de origem , encontram lá o sinônimo de prazer : sol , mar , gente alegre , bonita , movimento , gastronomia , lojas , cassinos , música , etc.
O sol brilhando em nossa chegada antevia os dias deliciosos que viveríamos.
Da exploração turística das etapas anteriores, passaríamos para o “far niente” , também criativo e enriquecedor.
Chegada ao Hotel Four Season , simplesmente maravilhoso .À nossa frente, o Mar Vermelho , palmeiras , montanhas de pedra rosa , e uma praia que se fechava em si.
Com tanto estímulo, não poderíamos perder tempo : deixamos as malas na habitação , trocamo-nos e fomos direto para a praia , irresistível.
Surpresa: as imagens de mulheres com burca e xador e os homens com túnicas e lenços das cidades anteriores desapareceram , surgindo mulheres com minúsculos biquínis , homens com sungas , bronzeados e extrovertidos.
Todos que ali se encontravam , incluindo-nos , haviam deixado os pensamentos preocupantes longe . Neste momento , imperavam o prazer de testemunharmos tal cenário e sermos abraçados pelos raios de sol presente , nada mais.
O fim da tarde alcançava-nos , era hora de recolhermo-nos para preparação para a noite que em breve se imporia.
Prontos , pegamos um táxi que nos deixou no ponto de badalação local.
Ruas que tinham a proibição de tráfego se cortavam , fechando um quadrilátero.Restaurantes de todos os tipos e preços com o mesmo padrão estético , diferenciavam-se pela decoração , lojas de artesanato egípcio , joalherias , butiques , imprimiam um ritmo de excitação em todos os turistas.A vida pulsava neste local. Pessoas de várias nacionalidades , cultura e costumes , nas ruas , andavam sem compromisso , vivendo o mais gostoso da vida , a leveza de ser simplesmente.
Passamos três dias neste clima de despreocupação total.
Do Egito , Sharm El Sheik para Jordânia.
Jordânia , reino Hashemita , vive um regime monárquico. É um país neutro politicamente nos conflitos do Oriente Médio , fazendo fronteira com o Iraque e Israel , paises em guerra. A religião é o Islamismo . A capital é Amman.
A Jordânia foi o único pais do Oriente Médio que deu cidadania aos palestinos ; os outros, consideram-los refugiados.
Um guia nos esperava no aeroporto de Amman , Sami , palestino com cidadania jordaniana, mas que se sentia essencialmente de corpo e alma palestino. Ele nos contou durante o percurso aeroporto –hotel particularidades e dados da Jordânia , contou-nos também que havia morado em Chicago e Santiago de Compostella , onde seu irmão possui um hotel.
Desde o primeiro momento que o conheci, percebi que teria, a partir daquele instante, um companheiro para discussões políticas e religiosas.
E foi o que aconteceu , realizei-me através dele em alguns dos assuntos que mais me encantam . Sami se tornou um amigo.
O reconhecimento de Amman ia sendo feito : largas avenidas , limpas , com belos prédios e casas que mantinham o padrão de construção , suas paredes eram de pedras brancas. Em nenhum momento, do aeroporto ao hotel , Intercontinental , a pobreza apareceu aos nossos olhos.
A constatação inicial se solidificou ; a Jordânia diferenciava-se em muito do Egito , mulheres vestidas de forma ocidental , bem vestidas com grifes e maquiagem , e homens com terno , pareciam todos executivos, ocidentalizados , grande maioria avistada por nós.
Dia seguinte: Petra , a razão de nossa escolha em conhecer a Jordânia.
Petra é a interação da natureza com a arte . Monumentos escavados nas pedras rosas compõem uma arte viva , em local arqueológico enorme que necessita de, pelo menos, dois dias para se conhecer.
Pedras gigantes , rosas , dão a sensação de encontrarem o céu .
As – Siq , entrada principal de Petra é uma impressionante garganta , estreita e profunda de 1200mts de altura.
Al Khazneh , o tesouro , um monumento encravado na própria pedra , numa fachada de 30 metros e 43 metros de altura , com estilo arquitetônico helenístico , do séc. I a.c , foi escavada para tumba de um importante rei Nabateo (tribo árabe que se instalou na região).
Quando Al Khazneh surgiu aos nossos olhos , o impacto de tamanha maravilha cessou nossas respirações por instantes. Aquela visão brindou o dia.
Após 2 dias em Petra , retornamos para Amman . De Amman sairíamos de carro para vários passeios :Wadi Rum , Madaba , Monte Nebo.
Sami nos pegou no hotel para conhecermos Wadi Rum , o deserto onde Lawrence D´Arabia , T.E. , reuniu as tribos árabes.
Wadi Rum é uma das maiores e mais magníficas paisagens desérticas.
Após duas horas de carro, paramos no escritório de venda do passeio , onde um beduíno gordo e grande , Abdulah , levar-nos-ia em um Jeep 4 por 4 para o nosso destino.
Vale desértico de surpreendente beleza onde se elevam subitamente montanhas de pedras de 1854 metros de altitude . O local ainda preserva alguns beduínos que mantêm os costumes de seus antepassados : vivem em tendas como nômades. Pudemos ter o prazer de ser recebidos pelo chefe beduíno que, como nosso anfitrião, ofereceu-nos o chão coberto de tapete para sentarmos e bebermos o café que estava sendo preparado em fogueira a nossa frente. A sensação foi única , sem comentários.
De Wadi Rum para Madaba , a cidade dos mosaicos e Monte Nebo , local que Moisés foi enterrado.
Madaba , cidade citada diversas vezes no Antigo Testamento, com 4500 anos , guarda na Igreja Grega Ortodoxa de São Jorge , o mais antigo mapa mundi da humanidade , um mapa de mosaico bizantino do séc. VI .
Hoje em dia , a cidade tem no produto artesanal mosaico a sua fonte de riqueza.Grandes oficinas empregam a população local ; desta população trabalhadora , muitos deficientes participam . Grupo de turistas europeus visitavam-nas para aquisição das peças , muitas vezes despachadas por avião pelo tamanho.
De Madaba, partimos para o Monte Nebo , lugar venerado, pois se o presume ser o local onde Moisés morreu e foi sepultado.
Em seu promontório, onde se avista o Vale do Rio Jordão , Jericó , e as colinas de Jerusalém , Moisés contemplou a Terra Prometida . Como Madaba , o Monte Nebo e vários locais da Jordânia foram cenários de diversas passagens bíblicas , incutindo em nossas impressões um ar místico e sagrado. Imaginar que estamos em solo que se desenrolou histórias bíblicas, emocionou-nos até a alma original.
O sol começava a se pôr quando retornamos a Amman ; voltaríamos ao Brasil via Roma , no dia seguinte. Era preciso descansarmos de tantas e surpreendentes emoções . Era preciso adaptarmo-nos à ausência destas vivências complexas , especiais , enriquecedoras .
Era preciso voltar à realidade : Brasil .
Caros amigos , vocês deverão estar pensando que , infelizmente , uma grande maioria de vocês , de nós brasileiros , jamais terá a oportunidade de viver o que eu pude viver ; então, qual a razão do Diário de Bordo, questionarão .
Posso garantir-lhes que, em nenhum momento, o Diário de Bordo teve a intenção da propaganda turística nem teve, como escopo, o estímulo a escolha destes lugares descritos como destinos de viagem pois, como poderia estimular algo que não será alcançado pela grande massa brasileira.
Foi um convite , sim , para estarmos juntos numa viagem através das palavras , da imaginação , da leitura.
Pela leitura, transcendemos os limites impostos , a situação financeira , o preconceito, a matéria , o tempo , a ignorância.
Pela leitura , sonhamos , enriquecemos nosso conhecimento , abrimos novas portas de ser , expandimos nossa consciência .
Ler, é viajar por mundos distantes e tempos distantes , passado ou futuro.
E melhor, nesta viagem, nem precisamos de bagagem , somente um livro.
Portanto , viajemos , muito.
Fim da viagem : Sharm El Sheik e Jordânia
De Luxor para Sharm El Sheik , das obras e história da civilização egípcia para um Egito atual e internacionalizado.
Em Sharm El Sheik , cidade litorânea de veraneio dos milionários europeus , o Egito perde suas características intrínsecas e se torna mais uma cidade badalada do mundo.
Procurada tanto pelos turistas que têm como hobby o mergulho quanto por aqueles que querem fugir das baixas temperaturas do inverno de seus paises de origem , encontram lá o sinônimo de prazer : sol , mar , gente alegre , bonita , movimento , gastronomia , lojas , cassinos , música , etc.
O sol brilhando em nossa chegada antevia os dias deliciosos que viveríamos.
Da exploração turística das etapas anteriores, passaríamos para o “far niente” , também criativo e enriquecedor.
Chegada ao Hotel Four Season , simplesmente maravilhoso .À nossa frente, o Mar Vermelho , palmeiras , montanhas de pedra rosa , e uma praia que se fechava em si.
Com tanto estímulo, não poderíamos perder tempo : deixamos as malas na habitação , trocamo-nos e fomos direto para a praia , irresistível.
Surpresa: as imagens de mulheres com burca e xador e os homens com túnicas e lenços das cidades anteriores desapareceram , surgindo mulheres com minúsculos biquínis , homens com sungas , bronzeados e extrovertidos.
Todos que ali se encontravam , incluindo-nos , haviam deixado os pensamentos preocupantes longe . Neste momento , imperavam o prazer de testemunharmos tal cenário e sermos abraçados pelos raios de sol presente , nada mais.
O fim da tarde alcançava-nos , era hora de recolhermo-nos para preparação para a noite que em breve se imporia.
Prontos , pegamos um táxi que nos deixou no ponto de badalação local.
Ruas que tinham a proibição de tráfego se cortavam , fechando um quadrilátero.Restaurantes de todos os tipos e preços com o mesmo padrão estético , diferenciavam-se pela decoração , lojas de artesanato egípcio , joalherias , butiques , imprimiam um ritmo de excitação em todos os turistas.A vida pulsava neste local. Pessoas de várias nacionalidades , cultura e costumes , nas ruas , andavam sem compromisso , vivendo o mais gostoso da vida , a leveza de ser simplesmente.
Passamos três dias neste clima de despreocupação total.
Do Egito , Sharm El Sheik para Jordânia.
Jordânia , reino Hashemita , vive um regime monárquico. É um país neutro politicamente nos conflitos do Oriente Médio , fazendo fronteira com o Iraque e Israel , paises em guerra. A religião é o Islamismo . A capital é Amman.
A Jordânia foi o único pais do Oriente Médio que deu cidadania aos palestinos ; os outros, consideram-los refugiados.
Um guia nos esperava no aeroporto de Amman , Sami , palestino com cidadania jordaniana, mas que se sentia essencialmente de corpo e alma palestino. Ele nos contou durante o percurso aeroporto –hotel particularidades e dados da Jordânia , contou-nos também que havia morado em Chicago e Santiago de Compostella , onde seu irmão possui um hotel.
Desde o primeiro momento que o conheci, percebi que teria, a partir daquele instante, um companheiro para discussões políticas e religiosas.
E foi o que aconteceu , realizei-me através dele em alguns dos assuntos que mais me encantam . Sami se tornou um amigo.
O reconhecimento de Amman ia sendo feito : largas avenidas , limpas , com belos prédios e casas que mantinham o padrão de construção , suas paredes eram de pedras brancas. Em nenhum momento, do aeroporto ao hotel , Intercontinental , a pobreza apareceu aos nossos olhos.
A constatação inicial se solidificou ; a Jordânia diferenciava-se em muito do Egito , mulheres vestidas de forma ocidental , bem vestidas com grifes e maquiagem , e homens com terno , pareciam todos executivos, ocidentalizados , grande maioria avistada por nós.
Dia seguinte: Petra , a razão de nossa escolha em conhecer a Jordânia.
Petra é a interação da natureza com a arte . Monumentos escavados nas pedras rosas compõem uma arte viva , em local arqueológico enorme que necessita de, pelo menos, dois dias para se conhecer.
Pedras gigantes , rosas , dão a sensação de encontrarem o céu .
As – Siq , entrada principal de Petra é uma impressionante garganta , estreita e profunda de 1200mts de altura.
Al Khazneh , o tesouro , um monumento encravado na própria pedra , numa fachada de 30 metros e 43 metros de altura , com estilo arquitetônico helenístico , do séc. I a.c , foi escavada para tumba de um importante rei Nabateo (tribo árabe que se instalou na região).
Quando Al Khazneh surgiu aos nossos olhos , o impacto de tamanha maravilha cessou nossas respirações por instantes. Aquela visão brindou o dia.
Após 2 dias em Petra , retornamos para Amman . De Amman sairíamos de carro para vários passeios :Wadi Rum , Madaba , Monte Nebo.
Sami nos pegou no hotel para conhecermos Wadi Rum , o deserto onde Lawrence D´Arabia , T.E. , reuniu as tribos árabes.
Wadi Rum é uma das maiores e mais magníficas paisagens desérticas.
Após duas horas de carro, paramos no escritório de venda do passeio , onde um beduíno gordo e grande , Abdulah , levar-nos-ia em um Jeep 4 por 4 para o nosso destino.
Vale desértico de surpreendente beleza onde se elevam subitamente montanhas de pedras de 1854 metros de altitude . O local ainda preserva alguns beduínos que mantêm os costumes de seus antepassados : vivem em tendas como nômades. Pudemos ter o prazer de ser recebidos pelo chefe beduíno que, como nosso anfitrião, ofereceu-nos o chão coberto de tapete para sentarmos e bebermos o café que estava sendo preparado em fogueira a nossa frente. A sensação foi única , sem comentários.
De Wadi Rum para Madaba , a cidade dos mosaicos e Monte Nebo , local que Moisés foi enterrado.
Madaba , cidade citada diversas vezes no Antigo Testamento, com 4500 anos , guarda na Igreja Grega Ortodoxa de São Jorge , o mais antigo mapa mundi da humanidade , um mapa de mosaico bizantino do séc. VI .
Hoje em dia , a cidade tem no produto artesanal mosaico a sua fonte de riqueza.Grandes oficinas empregam a população local ; desta população trabalhadora , muitos deficientes participam . Grupo de turistas europeus visitavam-nas para aquisição das peças , muitas vezes despachadas por avião pelo tamanho.
De Madaba, partimos para o Monte Nebo , lugar venerado, pois se o presume ser o local onde Moisés morreu e foi sepultado.
Em seu promontório, onde se avista o Vale do Rio Jordão , Jericó , e as colinas de Jerusalém , Moisés contemplou a Terra Prometida . Como Madaba , o Monte Nebo e vários locais da Jordânia foram cenários de diversas passagens bíblicas , incutindo em nossas impressões um ar místico e sagrado. Imaginar que estamos em solo que se desenrolou histórias bíblicas, emocionou-nos até a alma original.
O sol começava a se pôr quando retornamos a Amman ; voltaríamos ao Brasil via Roma , no dia seguinte. Era preciso descansarmos de tantas e surpreendentes emoções . Era preciso adaptarmo-nos à ausência destas vivências complexas , especiais , enriquecedoras .
Era preciso voltar à realidade : Brasil .
Caros amigos , vocês deverão estar pensando que , infelizmente , uma grande maioria de vocês , de nós brasileiros , jamais terá a oportunidade de viver o que eu pude viver ; então, qual a razão do Diário de Bordo, questionarão .
Posso garantir-lhes que, em nenhum momento, o Diário de Bordo teve a intenção da propaganda turística nem teve, como escopo, o estímulo a escolha destes lugares descritos como destinos de viagem pois, como poderia estimular algo que não será alcançado pela grande massa brasileira.
Foi um convite , sim , para estarmos juntos numa viagem através das palavras , da imaginação , da leitura.
Pela leitura, transcendemos os limites impostos , a situação financeira , o preconceito, a matéria , o tempo , a ignorância.
Pela leitura , sonhamos , enriquecemos nosso conhecimento , abrimos novas portas de ser , expandimos nossa consciência .
Ler, é viajar por mundos distantes e tempos distantes , passado ou futuro.
E melhor, nesta viagem, nem precisamos de bagagem , somente um livro.
Portanto , viajemos , muito.
Fim da viagem : Sharm El Sheik e Jordânia
De Luxor para Sharm El Sheik , das obras e história da civilização egípcia para um Egito atual e internacionalizado.
Em Sharm El Sheik , cidade litorânea de veraneio dos milionários europeus , o Egito perde suas características intrínsecas e se torna mais uma cidade badalada do mundo.
Procurada tanto pelos turistas que têm como hobby o mergulho quanto por aqueles que querem fugir das baixas temperaturas do inverno de seus paises de origem , encontram lá o sinônimo de prazer : sol , mar , gente alegre , bonita , movimento , gastronomia , lojas , cassinos , música , etc.
O sol brilhando em nossa chegada antevia os dias deliciosos que viveríamos.
Da exploração turística das etapas anteriores, passaríamos para o “far niente” , também criativo e enriquecedor.
Chegada ao Hotel Four Season , simplesmente maravilhoso .À nossa frente, o Mar Vermelho , palmeiras , montanhas de pedra rosa , e uma praia que se fechava em si.
Com tanto estímulo, não poderíamos perder tempo : deixamos as malas na habitação , trocamo-nos e fomos direto para a praia , irresistível.
Surpresa: as imagens de mulheres com burca e xador e os homens com túnicas e lenços das cidades anteriores desapareceram , surgindo mulheres com minúsculos biquínis , homens com sungas , bronzeados e extrovertidos.
Todos que ali se encontravam , incluindo-nos , haviam deixado os pensamentos preocupantes longe . Neste momento , imperavam o prazer de testemunharmos tal cenário e sermos abraçados pelos raios de sol presente , nada mais.
O fim da tarde alcançava-nos , era hora de recolhermo-nos para preparação para a noite que em breve se imporia.
Prontos , pegamos um táxi que nos deixou no ponto de badalação local.
Ruas que tinham a proibição de tráfego se cortavam , fechando um quadrilátero.Restaurantes de todos os tipos e preços com o mesmo padrão estético , diferenciavam-se pela decoração , lojas de artesanato egípcio , joalherias , butiques , imprimiam um ritmo de excitação em todos os turistas.A vida pulsava neste local. Pessoas de várias nacionalidades , cultura e costumes , nas ruas , andavam sem compromisso , vivendo o mais gostoso da vida , a leveza de ser simplesmente.
Passamos três dias neste clima de despreocupação total.
Do Egito , Sharm El Sheik para Jordânia.
Jordânia , reino Hashemita , vive um regime monárquico. É um país neutro politicamente nos conflitos do Oriente Médio , fazendo fronteira com o Iraque e Israel , paises em guerra. A religião é o Islamismo . A capital é Amman.
A Jordânia foi o único pais do Oriente Médio que deu cidadania aos palestinos ; os outros, consideram-los refugiados.
Um guia nos esperava no aeroporto de Amman , Sami , palestino com cidadania jordaniana, mas que se sentia essencialmente de corpo e alma palestino. Ele nos contou durante o percurso aeroporto –hotel particularidades e dados da Jordânia , contou-nos também que havia morado em Chicago e Santiago de Compostella , onde seu irmão possui um hotel.
Desde o primeiro momento que o conheci, percebi que teria, a partir daquele instante, um companheiro para discussões políticas e religiosas.
E foi o que aconteceu , realizei-me através dele em alguns dos assuntos que mais me encantam . Sami se tornou um amigo.
O reconhecimento de Amman ia sendo feito : largas avenidas , limpas , com belos prédios e casas que mantinham o padrão de construção , suas paredes eram de pedras brancas. Em nenhum momento, do aeroporto ao hotel , Intercontinental , a pobreza apareceu aos nossos olhos.
A constatação inicial se solidificou ; a Jordânia diferenciava-se em muito do Egito , mulheres vestidas de forma ocidental , bem vestidas com grifes e maquiagem , e homens com terno , pareciam todos executivos, ocidentalizados , grande maioria avistada por nós.
Dia seguinte: Petra , a razão de nossa escolha em conhecer a Jordânia.
Petra é a interação da natureza com a arte . Monumentos escavados nas pedras rosas compõem uma arte viva , em local arqueológico enorme que necessita de, pelo menos, dois dias para se conhecer.
Pedras gigantes , rosas , dão a sensação de encontrarem o céu .
As – Siq , entrada principal de Petra é uma impressionante garganta , estreita e profunda de 1200mts de altura.
Al Khazneh , o tesouro , um monumento encravado na própria pedra , numa fachada de 30 metros e 43 metros de altura , com estilo arquitetônico helenístico , do séc. I a.c , foi escavada para tumba de um importante rei Nabateo (tribo árabe que se instalou na região).
Quando Al Khazneh surgiu aos nossos olhos , o impacto de tamanha maravilha cessou nossas respirações por instantes. Aquela visão brindou o dia.
Após 2 dias em Petra , retornamos para Amman . De Amman sairíamos de carro para vários passeios :Wadi Rum , Madaba , Monte Nebo.
Sami nos pegou no hotel para conhecermos Wadi Rum , o deserto onde Lawrence D´Arabia , T.E. , reuniu as tribos árabes.
Wadi Rum é uma das maiores e mais magníficas paisagens desérticas.
Após duas horas de carro, paramos no escritório de venda do passeio , onde um beduíno gordo e grande , Abdulah , levar-nos-ia em um Jeep 4 por 4 para o nosso destino.
Vale desértico de surpreendente beleza onde se elevam subitamente montanhas de pedras de 1854 metros de altitude . O local ainda preserva alguns beduínos que mantêm os costumes de seus antepassados : vivem em tendas como nômades. Pudemos ter o prazer de ser recebidos pelo chefe beduíno que, como nosso anfitrião, ofereceu-nos o chão coberto de tapete para sentarmos e bebermos o café que estava sendo preparado em fogueira a nossa frente. A sensação foi única , sem comentários.
De Wadi Rum para Madaba , a cidade dos mosaicos e Monte Nebo , local que Moisés foi enterrado.
Madaba , cidade citada diversas vezes no Antigo Testamento, com 4500 anos , guarda na Igreja Grega Ortodoxa de São Jorge , o mais antigo mapa mundi da humanidade , um mapa de mosaico bizantino do séc. VI .
Hoje em dia , a cidade tem no produto artesanal mosaico a sua fonte de riqueza.Grandes oficinas empregam a população local ; desta população trabalhadora , muitos deficientes participam . Grupo de turistas europeus visitavam-nas para aquisição das peças , muitas vezes despachadas por avião pelo tamanho.
De Madaba, partimos para o Monte Nebo , lugar venerado, pois se o presume ser o local onde Moisés morreu e foi sepultado.
Em seu promontório, onde se avista o Vale do Rio Jordão , Jericó , e as colinas de Jerusalém , Moisés contemplou a Terra Prometida . Como Madaba , o Monte Nebo e vários locais da Jordânia foram cenários de diversas passagens bíblicas , incutindo em nossas impressões um ar místico e sagrado. Imaginar que estamos em solo que se desenrolou histórias bíblicas, emocionou-nos até a alma original.
O sol começava a se pôr quando retornamos a Amman ; voltaríamos ao Brasil via Roma , no dia seguinte. Era preciso descansarmos de tantas e surpreendentes emoções . Era preciso adaptarmo-nos à ausência destas vivências complexas , especiais , enriquecedoras .
Era preciso voltar à realidade : Brasil .
Caros amigos , vocês deverão estar pensando que , infelizmente , uma grande maioria de vocês , de nós brasileiros , jamais terá a oportunidade de viver o que eu pude viver ; então, qual a razão do Diário de Bordo, questionarão .
Posso garantir-lhes que, em nenhum momento, o Diário de Bordo teve a intenção da propaganda turística nem teve, como escopo, o estímulo a escolha destes lugares descritos como destinos de viagem pois, como poderia estimular algo que não será alcançado pela grande massa brasileira.
Foi um convite , sim , para estarmos juntos numa viagem através das palavras , da imaginação , da leitura.
Pela leitura, transcendemos os limites impostos , a situação financeira , o preconceito, a matéria , o tempo , a ignorância.
Pela leitura , sonhamos , enriquecemos nosso conhecimento , abrimos novas portas de ser , expandimos nossa consciência .
Ler, é viajar por mundos distantes e tempos distantes , passado ou futuro.
E melhor, nesta viagem, nem precisamos de bagagem , somente um livro.
Portanto , viajemos , muito.
Fim da viagem : Sharm El Sheik e Jordânia
De Luxor para Sharm El Sheik , das obras e história da civilização egípcia para um Egito atual e internacionalizado.
Em Sharm El Sheik , cidade litorânea de veraneio dos milionários europeus , o Egito perde suas características intrínsecas e se torna mais uma cidade badalada do mundo.
Procurada tanto pelos turistas que têm como hobby o mergulho quanto por aqueles que querem fugir das baixas temperaturas do inverno de seus paises de origem , encontram lá o sinônimo de prazer : sol , mar , gente alegre , bonita , movimento , gastronomia , lojas , cassinos , música , etc.
O sol brilhando em nossa chegada antevia os dias deliciosos que viveríamos.
Da exploração turística das etapas anteriores, passaríamos para o “far niente” , também criativo e enriquecedor.
Chegada ao Hotel Four Season , simplesmente maravilhoso .À nossa frente, o Mar Vermelho , palmeiras , montanhas de pedra rosa , e uma praia que se fechava em si.
Com tanto estímulo, não poderíamos perder tempo : deixamos as malas na habitação , trocamo-nos e fomos direto para a praia , irresistível.
Surpresa: as imagens de mulheres com burca e xador e os homens com túnicas e lenços das cidades anteriores desapareceram , surgindo mulheres com minúsculos biquínis , homens com sungas , bronzeados e extrovertidos.
Todos que ali se encontravam , incluindo-nos , haviam deixado os pensamentos preocupantes longe . Neste momento , imperavam o prazer de testemunharmos tal cenário e sermos abraçados pelos raios de sol presente , nada mais.
O fim da tarde alcançava-nos , era hora de recolhermo-nos para preparação para a noite que em breve se imporia.
Prontos , pegamos um táxi que nos deixou no ponto de badalação local.
Ruas que tinham a proibição de tráfego se cortavam , fechando um quadrilátero.Restaurantes de todos os tipos e preços com o mesmo padrão estético , diferenciavam-se pela decoração , lojas de artesanato egípcio , joalherias , butiques , imprimiam um ritmo de excitação em todos os turistas.A vida pulsava neste local. Pessoas de várias nacionalidades , cultura e costumes , nas ruas , andavam sem compromisso , vivendo o mais gostoso da vida , a leveza de ser simplesmente.
Passamos três dias neste clima de despreocupação total.
Do Egito , Sharm El Sheik para Jordânia.
Jordânia , reino Hashemita , vive um regime monárquico. É um país neutro politicamente nos conflitos do Oriente Médio , fazendo fronteira com o Iraque e Israel , paises em guerra. A religião é o Islamismo . A capital é Amman.
A Jordânia foi o único pais do Oriente Médio que deu cidadania aos palestinos ; os outros, consideram-los refugiados.
Um guia nos esperava no aeroporto de Amman , Sami , palestino com cidadania jordaniana, mas que se sentia essencialmente de corpo e alma palestino. Ele nos contou durante o percurso aeroporto –hotel particularidades e dados da Jordânia , contou-nos também que havia morado em Chicago e Santiago de Compostella , onde seu irmão possui um hotel.
Desde o primeiro momento que o conheci, percebi que teria, a partir daquele instante, um companheiro para discussões políticas e religiosas.
E foi o que aconteceu , realizei-me através dele em alguns dos assuntos que mais me encantam . Sami se tornou um amigo.
O reconhecimento de Amman ia sendo feito : largas avenidas , limpas , com belos prédios e casas que mantinham o padrão de construção , suas paredes eram de pedras brancas. Em nenhum momento, do aeroporto ao hotel , Intercontinental , a pobreza apareceu aos nossos olhos.
A constatação inicial se solidificou ; a Jordânia diferenciava-se em muito do Egito , mulheres vestidas de forma ocidental , bem vestidas com grifes e maquiagem , e homens com terno , pareciam todos executivos, ocidentalizados , grande maioria avistada por nós.
Dia seguinte: Petra , a razão de nossa escolha em conhecer a Jordânia.
Petra é a interação da natureza com a arte . Monumentos escavados nas pedras rosas compõem uma arte viva , em local arqueológico enorme que necessita de, pelo menos, dois dias para se conhecer.
Pedras gigantes , rosas , dão a sensação de encontrarem o céu .
As – Siq , entrada principal de Petra é uma impressionante garganta , estreita e profunda de 1200mts de altura.
Al Khazneh , o tesouro , um monumento encravado na própria pedra , numa fachada de 30 metros e 43 metros de altura , com estilo arquitetônico helenístico , do séc. I a.c , foi escavada para tumba de um importante rei Nabateo (tribo árabe que se instalou na região).
Quando Al Khazneh surgiu aos nossos olhos , o impacto de tamanha maravilha cessou nossas respirações por instantes. Aquela visão brindou o dia.
Após 2 dias em Petra , retornamos para Amman . De Amman sairíamos de carro para vários passeios :Wadi Rum , Madaba , Monte Nebo.
Sami nos pegou no hotel para conhecermos Wadi Rum , o deserto onde Lawrence D´Arabia , T.E. , reuniu as tribos árabes.
Wadi Rum é uma das maiores e mais magníficas paisagens desérticas.
Após duas horas de carro, paramos no escritório de venda do passeio , onde um beduíno gordo e grande , Abdulah , levar-nos-ia em um Jeep 4 por 4 para o nosso destino.
Vale desértico de surpreendente beleza onde se elevam subitamente montanhas de pedras de 1854 metros de altitude . O local ainda preserva alguns beduínos que mantêm os costumes de seus antepassados : vivem em tendas como nômades. Pudemos ter o prazer de ser recebidos pelo chefe beduíno que, como nosso anfitrião, ofereceu-nos o chão coberto de tapete para sentarmos e bebermos o café que estava sendo preparado em fogueira a nossa frente. A sensação foi única , sem comentários.
De Wadi Rum para Madaba , a cidade dos mosaicos e Monte Nebo , local que Moisés foi enterrado.
Madaba , cidade citada diversas vezes no Antigo Testamento, com 4500 anos , guarda na Igreja Grega Ortodoxa de São Jorge , o mais antigo mapa mundi da humanidade , um mapa de mosaico bizantino do séc. VI .
Hoje em dia , a cidade tem no produto artesanal mosaico a sua fonte de riqueza.Grandes oficinas empregam a população local ; desta população trabalhadora , muitos deficientes participam . Grupo de turistas europeus visitavam-nas para aquisição das peças , muitas vezes despachadas por avião pelo tamanho.
De Madaba, partimos para o Monte Nebo , lugar venerado, pois se o presume ser o local onde Moisés morreu e foi sepultado.
Em seu promontório, onde se avista o Vale do Rio Jordão , Jericó , e as colinas de Jerusalém , Moisés contemplou a Terra Prometida . Como Madaba , o Monte Nebo e vários locais da Jordânia foram cenários de diversas passagens bíblicas , incutindo em nossas impressões um ar místico e sagrado. Imaginar que estamos em solo que se desenrolou histórias bíblicas, emocionou-nos até a alma original.
O sol começava a se pôr quando retornamos a Amman ; voltaríamos ao Brasil via Roma , no dia seguinte. Era preciso descansarmos de tantas e surpreendentes emoções . Era preciso adaptarmo-nos à ausência destas vivências complexas , especiais , enriquecedoras .
Era preciso voltar à realidade : Brasil .
Caros amigos , vocês deverão estar pensando que , infelizmente , uma grande maioria de vocês , de nós brasileiros , jamais terá a oportunidade de viver o que eu pude viver ; então, qual a razão do Diário de Bordo, questionarão .
Posso garantir-lhes que, em nenhum momento, o Diário de Bordo teve a intenção da propaganda turística nem teve, como escopo, o estímulo a escolha destes lugares descritos como destinos de viagem pois, como poderia estimular algo que não será alcançado pela grande massa brasileira.
Foi um convite , sim , para estarmos juntos numa viagem através das palavras , da imaginação , da leitura.
Pela leitura, transcendemos os limites impostos , a situação financeira , o preconceito, a matéria , o tempo , a ignorância.
Pela leitura , sonhamos , enriquecemos nosso conhecimento , abrimos novas portas de ser , expandimos nossa consciência .
Ler, é viajar por mundos distantes e tempos distantes , passado ou futuro.
E melhor, nesta viagem, nem precisamos de bagagem , somente um livro.
Portanto , viajemos , muito.
Fim da viagem : Sharm El Sheik e Jordânia
De Luxor para Sharm El Sheik , das obras e história da civilização egípcia para um Egito atual e internacionalizado.
Em Sharm El Sheik , cidade litorânea de veraneio dos milionários europeus , o Egito perde suas características intrínsecas e se torna mais uma cidade badalada do mundo.
Procurada tanto pelos turistas que têm como hobby o mergulho quanto por aqueles que querem fugir das baixas temperaturas do inverno de seus paises de origem , encontram lá o sinônimo de prazer : sol , mar , gente alegre , bonita , movimento , gastronomia , lojas , cassinos , música , etc.
O sol brilhando em nossa chegada antevia os dias deliciosos que viveríamos.
Da exploração turística das etapas anteriores, passaríamos para o “far niente” , também criativo e enriquecedor.
Chegada ao Hotel Four Season , simplesmente maravilhoso .À nossa frente, o Mar Vermelho , palmeiras , montanhas de pedra rosa , e uma praia que se fechava em si.
Com tanto estímulo, não poderíamos perder tempo : deixamos as malas na habitação , trocamo-nos e fomos direto para a praia , irresistível.
Surpresa: as imagens de mulheres com burca e xador e os homens com túnicas e lenços das cidades anteriores desapareceram , surgindo mulheres com minúsculos biquínis , homens com sungas , bronzeados e extrovertidos.
Todos que ali se encontravam , incluindo-nos , haviam deixado os pensamentos preocupantes longe . Neste momento , imperavam o prazer de testemunharmos tal cenário e sermos abraçados pelos raios de sol presente , nada mais.
O fim da tarde alcançava-nos , era hora de recolhermo-nos para preparação para a noite que em breve se imporia.
Prontos , pegamos um táxi que nos deixou no ponto de badalação local.
Ruas que tinham a proibição de tráfego se cortavam , fechando um quadrilátero.Restaurantes de todos os tipos e preços com o mesmo padrão estético , diferenciavam-se pela decoração , lojas de artesanato egípcio , joalherias , butiques , imprimiam um ritmo de excitação em todos os turistas.A vida pulsava neste local. Pessoas de várias nacionalidades , cultura e costumes , nas ruas , andavam sem compromisso , vivendo o mais gostoso da vida , a leveza de ser simplesmente.
Passamos três dias neste clima de despreocupação total.
Do Egito , Sharm El Sheik para Jordânia.
Jordânia , reino Hashemita , vive um regime monárquico. É um país neutro politicamente nos conflitos do Oriente Médio , fazendo fronteira com o Iraque e Israel , paises em guerra. A religião é o Islamismo . A capital é Amman.
A Jordânia foi o único pais do Oriente Médio que deu cidadania aos palestinos ; os outros, consideram-los refugiados.
Um guia nos esperava no aeroporto de Amman , Sami , palestino com cidadania jordaniana, mas que se sentia essencialmente de corpo e alma palestino. Ele nos contou durante o percurso aeroporto –hotel particularidades e dados da Jordânia , contou-nos também que havia morado em Chicago e Santiago de Compostella , onde seu irmão possui um hotel.
Desde o primeiro momento que o conheci, percebi que teria, a partir daquele instante, um companheiro para discussões políticas e religiosas.
E foi o que aconteceu , realizei-me através dele em alguns dos assuntos que mais me encantam . Sami se tornou um amigo.
O reconhecimento de Amman ia sendo feito : largas avenidas , limpas , com belos prédios e casas que mantinham o padrão de construção , suas paredes eram de pedras brancas. Em nenhum momento, do aeroporto ao hotel , Intercontinental , a pobreza apareceu aos nossos olhos.
A constatação inicial se solidificou ; a Jordânia diferenciava-se em muito do Egito , mulheres vestidas de forma ocidental , bem vestidas com grifes e maquiagem , e homens com terno , pareciam todos executivos, ocidentalizados , grande maioria avistada por nós.
Dia seguinte: Petra , a razão de nossa escolha em conhecer a Jordânia.
Petra é a interação da natureza com a arte . Monumentos escavados nas pedras rosas compõem uma arte viva , em local arqueológico enorme que necessita de, pelo menos, dois dias para se conhecer.
Pedras gigantes , rosas , dão a sensação de encontrarem o céu .
As – Siq , entrada principal de Petra é uma impressionante garganta , estreita e profunda de 1200mts de altura.
Al Khazneh , o tesouro , um monumento encravado na própria pedra , numa fachada de 30 metros e 43 metros de altura , com estilo arquitetônico helenístico , do séc. I a.c , foi escavada para tumba de um importante rei Nabateo (tribo árabe que se instalou na região).
Quando Al Khazneh surgiu aos nossos olhos , o impacto de tamanha maravilha cessou nossas respirações por instantes. Aquela visão brindou o dia.
Após 2 dias em Petra , retornamos para Amman . De Amman sairíamos de carro para vários passeios :Wadi Rum , Madaba , Monte Nebo.
Sami nos pegou no hotel para conhecermos Wadi Rum , o deserto onde Lawrence D´Arabia , T.E. , reuniu as tribos árabes.
Wadi Rum é uma das maiores e mais magníficas paisagens desérticas.
Após duas horas de carro, paramos no escritório de venda do passeio , onde um beduíno gordo e grande , Abdulah , levar-nos-ia em um Jeep 4 por 4 para o nosso destino.
Vale desértico de surpreendente beleza onde se elevam subitamente montanhas de pedras de 1854 metros de altitude . O local ainda preserva alguns beduínos que mantêm os costumes de seus antepassados : vivem em tendas como nômades. Pudemos ter o prazer de ser recebidos pelo chefe beduíno que, como nosso anfitrião, ofereceu-nos o chão coberto de tapete para sentarmos e bebermos o café que estava sendo preparado em fogueira a nossa frente. A sensação foi única , sem comentários.
De Wadi Rum para Madaba , a cidade dos mosaicos e Monte Nebo , local que Moisés foi enterrado.
Madaba , cidade citada diversas vezes no Antigo Testamento, com 4500 anos , guarda na Igreja Grega Ortodoxa de São Jorge , o mais antigo mapa mundi da humanidade , um mapa de mosaico bizantino do séc. VI .
Hoje em dia , a cidade tem no produto artesanal mosaico a sua fonte de riqueza.Grandes oficinas empregam a população local ; desta população trabalhadora , muitos deficientes participam . Grupo de turistas europeus visitavam-nas para aquisição das peças , muitas vezes despachadas por avião pelo tamanho.
De Madaba, partimos para o Monte Nebo , lugar venerado, pois se o presume ser o local onde Moisés morreu e foi sepultado.
Em seu promontório, onde se avista o Vale do Rio Jordão , Jericó , e as colinas de Jerusalém , Moisés contemplou a Terra Prometida . Como Madaba , o Monte Nebo e vários locais da Jordânia foram cenários de diversas passagens bíblicas , incutindo em nossas impressões um ar místico e sagrado. Imaginar que estamos em solo que se desenrolou histórias bíblicas, emocionou-nos até a alma original.
O sol começava a se pôr quando retornamos a Amman ; voltaríamos ao Brasil via Roma , no dia seguinte. Era preciso descansarmos de tantas e surpreendentes emoções . Era preciso adaptarmo-nos à ausência destas vivências complexas , especiais , enriquecedoras .
Era preciso voltar à realidade : Brasil .
Caros amigos , vocês deverão estar pensando que , infelizmente , uma grande maioria de vocês , de nós brasileiros , jamais terá a oportunidade de viver o que eu pude viver ; então, qual a razão do Diário de Bordo, questionarão .
Posso garantir-lhes que, em nenhum momento, o Diário de Bordo teve a intenção da propaganda turística nem teve, como escopo, o estímulo a escolha destes lugares descritos como destinos de viagem pois, como poderia estimular algo que não será alcançado pela grande massa brasileira.
Foi um convite , sim , para estarmos juntos numa viagem através das palavras , da imaginação , da leitura.
Pela leitura, transcendemos os limites impostos , a situação financeira , o preconceito, a matéria , o tempo , a ignorância.
Pela leitura , sonhamos , enriquecemos nosso conhecimento , abrimos novas portas de ser , expandimos nossa consciência .
Ler, é viajar por mundos distantes e tempos distantes , passado ou futuro.
E melhor, nesta viagem, nem precisamos de bagagem , somente um livro.
Portanto , viajemos , muito.
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