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Poesias-->....ANHANDUÍ..... -- 09/07/2002 - 11:05 (Lenine de Carvalho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ANHANDUÍ









Rio sentido de longe



Água morna se há frio,



Palmilhei tantas tristezas



Para chegar ao vazio...



Decisão tomada e errada,



Mas, o certo, quem acerta?



Nesta noite penumbra,



Enfeitada de estrelas e grilos...



Sòzinho neste natal,



Sòzinho à beira do rio,



Minhas armas--- meu destino,



Inúteis dentes de aço



A remorder o vazio...



Tanto tempo demorei Anhanduí!...



Meus passos ficaram presos



Nas teias todas da vida,



Mas cheguei, peso maior de tristeza,



Para passar contigo o natal,



Na imensidão desta noite...



Acendí esta fogueira,



Para que possamos ver-nos melhor,



Se bem que advinho-te todo



Sem necessidade de luz...



Mas, --- Quem vem lá?



E por onde? Com passos dissimulados...



Meu companheiro revólver,



Alerta e engatilhado,



Perfura a escuridão com seu olho,



Negro, escuro, arredondado...



Instinto que ficou desperto,



Por tantas surpresas passadas,



Presentes na escuridão,



Fantasmas semi-apagados!



Oh! Mas quem esta chegando



É um pensamento atrasado,



Extraviou-se na mata,



Ao reconhecer todos os lados...



Cumprimentou tantas árvores



Musgos e troncos virados,



Reconheceu todas as pedras



E inúmeros passos quebrados...



Mas agora incorporou-se,



Aos sonhos e às ilusões passadas.



Observa também a fogueira



Um pouquinho amedrontado...



O rio nunca dorme, presença viva acordada,



Com soluços e risos,



Nesta noite do tempo parada...









Lenine de Carvalho

www.loboazul.hpg.com.br
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