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cronicas-->bate papo fluido -- 19/02/2002 - 22:16 (Saulo Medeiros Aride) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
bate papo fluido

Ligou para sua amiga para conferir a notícia.
- Que negócio é esse que me contaram?
- Quem te contou?
- A Paulinha. Me ligou ontem pela tarde.
- A Paulinha tem seu telefone?
- Tem, ué. Eu dei o número a ela na sua frente. Ouvi dizer que ela está com o Luís.
- Mentira! O Luís?
- Ele mesmo. Separou até da mulher por causa da Paulinha.
- O que será que ela tem de tão valioso?
- Olha, não sei não. Mas já é o terceiro que cai de amores por ela. Todos viram capacho mesmo.
- Estranho, né? Minha vó era assim.
- Sua vó?
- É. Meu avó era militar. Foi preso três vezes por causa dela, além de ter diparado contra dois oficiais que elogiaram sua comida.
- Sei não; parece que o avó é que era ciumento demais...
- E deixou minha mãe ser hippie?
- É, realmente. Bem,...
- Não vai debochar da minha mãe? Ela era riponga mesmo.
- Pó, mãe não se comenta...
- Ela não raspa as axilas até hoje, acredita?
- Não?
- Nem a pau.
- Tipo aqueles filmes europeus mesmo?
- Igualzinho.
- Que coisa, hein!! E seu pai, como é que tá?
- Ah, tá bem. Comprou um carro ontem. 82, pintura metálica e motor de 200 cavalos. Uma máquina.
- E veio sem precisar de conserto?
- Bem, acho que sim. Apesar de que ele não chegou ontem no possante, não. Veio de táxi.
- E não falou nada?
- Comentou sobre o futebol e criticou a comida. Normal.
- Talvez ele traga o carro hoje.
- Só se for muito ninja. Hoje ele não vem dormir aqui.
- Ué... brigou com a hippie?
- Ó o respeito, hein! Mãe é mãe.
- Tá, tá, mas onde ele tá?
- Foi dar umas ajeitadas no sítio. Vender uns bois, quebrar uns canos... Passatempo de velho.
- Velho, nada. O Carlos vive tentando consertar as coisas em casa.
- É mesmo? Logo ele...
- Não sabe nem ligar um ventilador, mas mete chave de fenda em tudo quanto é controle, botão... Já abriu uma caixa de baralho com chave Phillips.
- E aí?
- Bem, tivemos que jogar a canastra sem o rei de ouro.
- Você joga canastra?
- Já fui até federado no Tijuca. Mas agora só jogo póquer.
- Evoluiu, hein?
- Que nada. É que peguei uma mania de apostar que tá me deixando doido. Outro dia mesmo perdi o celular pro porteiro.
- Tá louco? Deu pra apostar tudo, agora?
- Era jogo ganho, tava com uma trinca de ases. O safado me saiu com um four de noves. Pronto, lá se foi o aparelho.
- Ele tinha apostado o que?
- Uma vaga em frente da portaria pro meu chevette. Uma beleza, na sombra, tranquila...
- E você deu o celular em troca?
- Eu nunca usei ele muito mesmo...
- Ah, pra mim você pirou agora. Olha, tenho que ir. Ainda tenho academia hoje e aluguei uns filmes pra ver.
- Sozinha?
- Antes só do que acompanhada de um maníaco por jogos. Beijo, Tchau.
- Peraí, a notícia que eu queria conferir... Desligou. Saco. Vai demorar pra ela me explicar como ficou grávida.
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