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Cartas-->Um doce para Sal... -- 08/07/2002 - 09:32 (•¸.♥♥ Céu Arder .•`♥♥¸.•¸.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sal

Desculpa-me a demora em responder-te.
Desculpa, também, a ousadia de fazê-lo por aqui, publicamente.
Deu vontade... E pronto!

Bem... Passada a introdução, vamos ao assunto “emergencial”.
Será uma carta um tanto cifrada, pois somente tu me entenderás. E alguns poucos que, comigo, compartilham a tua amizade benfazeja.

Sabes o que acho interessante, neste mundo virtual, amiga?
É justamente essa cumplicidade, nascida e reestruturada por uma confiança que se vai delineando aos poucos. E quando nos damos conta já estamos fazendo parte da vida de alguém. Algo criado de forma imperceptível, mas que toma vulto, às vezes, surpreendente.

Foi o que me aconteceu, Sal... Fiquei com certo brilho no olhar, um brilho molhado, ao ler tuas palavras, tão sadias e confortadoras... Palavras que têm o poder de ecoar no mais íntimo recanto da alma...

Sal ficou em minha página, na Usina, durante três horas seguidas a absorver as mensagens de meus textos, principalmente dos quais é ela a “protagonista”...
Estava solitária, sem ter o que fazer e resolveu visitar a “fessora”, como carinhosamente ela me chama.
Dentre as qualidades que mais me tocam, Salete tem uma que lhe é peculiar: a humildade. Creio ser essa a maior virtude de um ser, pois quem a possui é como se possuísse todas as outras...

O amor, Sal?
Ah! O amor...
Esse dá-nos a ilusória impressão de “judiar” da gente, pela simples razão de que nos tornamos masoquistas, quando amamos e, de certa forma, temos certo prazer em sofrer. Isto porque sofremos por uma causa nobre.

Amor de poeta não é um amor comum. É algo arrebatador... Como uma fonte que sai da nascente, bem de mansinho, e no decurso vai aumentando seu volume, até que ninguém mais consegue dominá-la, mesmo alternando-lhe a direção... E ela lá vai, morro abaixo e acima, até transformar-se em cachoeira gigante a jorrar águas maravilhosas que espargem sua força de vida... Em todas as direções... E transforma-se em rios, lagos, riachos...

A fonte, Sal... Depois que toma consciência de sua força, age por si mesmo, impulsionada pelo fluxo incontido das águas, pois, para isso ela nasceu.

Já imaginaste quantas vidas ela fará proliferar à sua passagem refrescante?
É certo que haverá, também, a possibilidade de inundar alguns vilarejos, que serão depois reconstruídos e até abençoarão a catástrofe que lhes possibilitou vida melhor...

Não adianta querer entender o amor. É como tentar decifrar porque a abelha, que nos proporciona o mel tão delicioso, pode nos aferroar e provocar tamanha dor...

O amor pode tudo... Às vezes, até veste a capa de “ódio”, mas não deixa de ser amor... É onde ele mais se contorce de dor, por não saber como se expressar... E a forma que mais sacrifica o amor é justamente a de não poder revelar sua arma mais forte: a liberdade de se mostrar, que em muitos casos exige uma cobrança muito alta.

E não importa a quantos SANTOS DE BARRO vamos ver desmoronar... Haverá sempre argila para que outros sejam construídos.

Se o amor fosse algo com receita, ou bula informativa, não seria esse sentimento tão decantado, amado e desejado...
Como disse nosso Poeta-mor:

“Mas como causar pode o seu favor
Nos corações humanos amizade
Se tão contrário a si é o mesmo amor?”

Tua grata amiga
Mil

PS. Quanto ao tamanho de teu e-mail, manda-o sempre bem gigante... Não sabes que a “fessora” tá acostumada a ler muito?
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