Usina de Letras
Usina de Letras
132 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62231 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22537)

Discursos (3239)

Ensaios - (10367)

Erótico (13570)

Frases (50628)

Humor (20031)

Infantil (5434)

Infanto Juvenil (4768)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140805)

Redação (3306)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6190)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Infanto_Juvenil-->A cada qual o que é seu -- 16/03/2002 - 15:30 (Odir Ramos da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Recolhido da tradição árabe)


Dois gatos furtaram um queijo e recorreram ao macaco para que ele se encarregasse da divisão. O macaco cortou o queijo em duas partes, uma maior do que a outra.

Imediatamente os gatos protestaram, mesmo antes de cada um saber qual a sua parte.

O macaco tomou de uma balança, pesou bem cada pedaço, escolheu o maior. Cada gato estendeu a mão, o macaco comeu o maior pedaço.

Novos protestos dos gatos. O macaco justificou-se:- Detesto injustiça. Comi o maior pedaço para que um não leve vantagem sobre o outro.

Os gatos perceberam que o macaco era inflexível na procura da justiça, calaram-se. Ele então tomou a faca, deu novo corte no queijo. Novamente uma parte saiu maior do que a outra.
- Quero a maior! - disse o gato amarelo.
- A maior é pra mim - avançou o gato malhado, mostrando as unhas.
- Comerei também este pedaço porque detestaria contribuir para que um de vocês cometesse injustiça para com o outro - disse o macaco.

Os gatos entreolharam-se. O senso de justiça do macaco lhes era absolutamente perturbador.

O macaco subiu à mesa, numa das mãos empunhando a balança, na outra a lâmina, figurou a deusa da justiça - mais evoluída, porque de olhos desvendados - embasbacou os litigantes com citações eruditas, lembrou Cícero, Justiniano e hodiernos jurisconsultos, exortou os contendores à busca da retidão, da justiça e da probidade, que estudassem Direito, se aplicassem no Latim: - Uni cuique suum - sentenciou e, como juiz bilingüe, bateu o martelo: - A cada qual o que é seu.

Acabou o discurso, desceu da mesa, comeu o que restava do queijo.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui