DIVINA I
Que pena!
Estou aos teus pés
E não sabes...
É que meu coração despido
Veste-se dos teus olhares!
Desejoso, não faz segredo,
E nas tuas mãos vira penduricalho.
Já não sei o tempo da razão
A tua simples presença me ilumina,
Essa luminosidade me leva de roldão
E na curva do destino o meu sentimento rumina.
Divina! Rindo, vejo-me, então, no teu espelho,
E diante do teu olhar morno no meu olhar pidão
Suplica-te ai e agora por esse amor que chora
Em mim, ilusão!... Sempre, tudo, prantos vãos!
Tu és, a do céu, a do mar, a do luar.
Eu sei! Existe alguma coisa mesmo além de nós
A chama, o querer e o sonhar...
Nhca
Jul/02
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