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Contos-->A doce mentira e as escolhas da lua -- 28/05/2000 - 20:23 (Evandro Carvalho da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No exato momento em que as abóboras libertinas desmembraram as nozes eclesiásticas em lampiões comestíveis, houve um silêncio catatônico nos mananciais da loucura e o maníaco dos óculos infravermelhos esbravejou pelos corredores: “Seus despojados, onde serão acesas as próximas luzes para se separar as sílabas de Nero! Me expliquem seus malvados, seus tiranos medíocres, me façam calar sem agulhas...”
Sabe-se lá que tipo de drogas injetaram naquele demente. Durante 726 horas ele citou “setecentos e vinte e seis” ininterruptamente num canto escuro de uma masmorra desconhecida. Na sua cabeça, além de um chapéu Panamá onde crianças corriam pelas abas, se passava todo tipo de lembrança: os caminhões alados transportando seus mortos, as estranhas escrituras na qual tentou decifrar para seus porcos de estimação, as notas musicais que eram servidas com saladas de peixinhos , uma série de combinações desconexas no entanto claras e sua estranha amizade consigo mesmo. Quando imaginou um torneio fictício de aranhas enxadristas no universo distante de sua demência, lábios mornos tocaram levemente sua fronte e uma voz delicada e quase esquecida fez ecoar até nas regiões mais longínquas e limítrofes de sua solidão um sentimento de tranqüilidade e paz : “Eu sempre volto...” Quando o limiar da realidade resplandeceu em seus olhos e então percebeu que Ela havia voltado para tira-lo de seu próprio labirinto, o demente caiu decididamente em sua própria loucura ao citar uma das frases mais absurdas e sem nenhum sentido que já houvera dito: “Eu sempre achei que Você voltaria... eu sempre acreditei no amor”.
Fez-se um longo sono em seus pensamentos e ao acordar se deparou com um homem ariano de olhos vermelhos que flutuava no ar, ele prontificou uma indagação como cartão de visitas: “Poderia me contar uma de suas ‘histórias’ sem sentido ?”. “Se elas não tem sentido, porque queres que eu conte?” Retrucou o demente enquanto ouvia um estalar de dedos que provocou a entrada de dezenas de médicos e enfermeiras com seringas pontiagudas. “Contarias agora?”. O demente não suportou a ameaça das drogas, consentiu em contar as “histórias” contanto que dissessem onde Ela estava.
A prática da eutanásia havia-se difundida há séculos na grande Igreja da Morte Prazerosa. As pessoas, com barafundas de raciocínios ilógicos, experimentavam drogas estranhas que as levavam para dimensões extrasensoriais de onde traziam bugigangas fictícias e abstratas. Certa vez uma centenária de cabelos grisalhos jurou ter ingerido no almoço o clitóris da Virgem de Guadalupe. Sua demência chegou a tal ponto que começou a misturar extrato de manjericão com ovos de jacaré para endoidar de vez. Mas o reverendo observando sua desconectividade absoluta do mundo real, assassinou com balas de elefantes a velha anciã. De nada adiantara, o fantasma da centenária voltou para dizer ao reverendo dos instantes maravilhosos que viveram na cama e falou a respeito de um filho que seria hermafrodita, fruto de um escárnio libidinoso e devasso, que abriram os olhos de todas as imagens de uma sacristia profana. Anos mais tarde se descobriria que o reverendo era pai, inclusive de seus netos e bisnetos, que sua igreja pregava o amor sujo que alcançava o clímax num salão almofadado com berros de prazer sem limites numa esbórnia que parecia não ter mais fim. O filho hermafrodita da centenária não chegou a nascer , pois afinal ela não estava viva. Injetou em seu corpo fantasmagórico uma solução de sais ressuscitantes que a levariam para um corpo de um gato recém-nascido. Pediu para o Lar dos Fantasmas que a transformassem numa linda moça de ancas empinadas e seios fartos e em troca daria os jumentos das planícies nórdicas onde viviam as árvores dançantes.
"Ela, Ela, Ela..." Esta foi a primeira história que o demente contou e com uma lágrima começou a chamar por Ela. "Quanta metamorfose!", caçoou o gigante ariano não acreditando nas histórias. "Não serve." Foram as últimas palavras que o demente ouviu antes de receber uma descarga de drogas em uma artéria do pescoço.
O vento batia no rosto como um sopro divino, lá embaixo podia-se ver o gado correndo, as andorinhas voando. Num bar suspenso tomava-se sucos de sabor desconhecido, os garçons não eram mais do que bandejas que flutuavam suavemente na paisagem azul. “O flutuante e sereno. @ = 2 + 2. È, não acusem os inocentes disformes. Suas estruturas metafísicas não são impassíveis de culpabilidade, mas não façam de suas inocências uma autêntica encíclica para uma hipotética e falsa difusão de palavras divinas.”
O rádio vomitava palavras e ideologias condutoras que de nada me interessavam. A mulher que sentara a minha frente observou-me por de trás de um tecido de fino corte que caía de seu enorme chapéu. Qual não foi a sua surpresa quando um enorme dragão com fauces de titânio se aproximou, ao invés do ataque, preferiu curvar sua cabeça e foi perdendo altura. Comia interruptores de fórmica linear, mas ao invés de continuar em seu tamanho normal foi diminuindo até desaparecer da face da terra. A mulher foi adquirindo mãos de aço e ao se levantar já estava com a força do dragão.
O clips de Amsterdã, se o compararmos com uma cabeça esfacelada poderemos perceber que há muitas diferenças, a principal delas é que o tal clips servia para segurar folhas de papel e a cabeça esfacelada captava milhões de informações que de nada serviam, apenas dez porcento eram aproveitadas. A tal cabeça acumulava conhecimentos inúteis da sociedade, mas que eram revirados minuto a minuto. Um dia foram esmagados por um enorme rolo compressor de dezoito toneladas, conduzido por um senhor que há muito vinha desiludido com a vida, e que na noite anterior resolvera afogar as suas mágoas no Bar das Mentiras Verdadeiras, que por estar em dívida com o senhor de casaca grená (o condutor) resolveu oferecer mais umas por conta da casa o que acabou causando a embriaguez do nosso amigo. Chegando em casa o senhor de casaca grená, desiludido da vida e embriagado, encontra sua amada esposa nas pernas de outra, o que de fato não o teria magoado mesmo se tratando de duas irmãs, porém as duas não deixaram que o mesmo compartilha-se daquele momento sublime e por isso resolveu sair novamente procurando uma antiga namorada que há tempos vinha atiçando sua libido e com ela ficou até o dia amanhecer, sentados à beira do caminho com seus óculos escuros, pois naquela época o colírio não era um artigo acessível às camadas menos favorecidas da conjuntura social momentânea , bebericando cachaça e contando piadas do falecido ancião (que demorara três séculos para morrer) relembrando os tempos do colegial quando cabulavam aula da professora invisível para ficar nos fundos do colégio Franciscano conferindo as suas diferenças corporais, completamente nus regados a Tubaína e goiabada cascão. Quando enfim terminou a frase, lembrou-se da Tubaína e fixou seus olhos esbugalhados na garrafa de cachaça e retornou a realidade despedindo-se da moça com um caloroso beijo em seus lábios carnudos e dizendo que gostaria de ficar mais tempo com ela, que seu casamento fora um erro apesar de não culpar sua esposa que se sentia mais realizada com sua irmã, e que ele próprio sentia-se também muito mais completo ao lado da Donzela Perfumada.
Confusa, contudo muito feliz, a Donzela Perfumada morreu horas depois ao atravessar uma avenida movimentada sem olhar para os lados. Ao saber da morte, seu atual namorado que passara a noite procurando por ela ficou muito desiludido pois não teve direito a um último momento com sua amada e lembrou que era responsável pelo acionamento dos botões de ogivas nucleares ao desabar os seus braços acidentalmente neles graças a sua convulsão emocional.
Ao contar sobre a explosão do mundo e o fim de todas as coisas, o demente conseguira, enfim, emocionar o enorme ser ariano, mas a emoção foi rápida, pois ele se lembrou do Dragão com fauces de titânio (que viera de uma grande esfera perdida no deserto) e do clips de Amsterdã que prendia formulários do obituário de Hiroshima. "Não há nenhuma ligação entre estes dois elementos". A frase tumular do gigante fez o demente perceber sua própria morte e que as agulhas não faziam mais efeito em seu combalido corpo. Só então se deu conta de sua estrutura fantasmagórica e do mundo que ia ficando para trás e no caminho para o infinito, encontrou com Ela e descobriu que tudo o que havia contado e pelos lugares fantásticos que havia passado, não era senão "um resumo da mais pura verdade". Amarga verdade.
Parecia que a história havia chegado ao fim quando o demente, na sua mais ampla forma espiritual começou a escrever sobre o Arco-íris de Odessa. Pela primeira vez ele escreveria num idioma de uma dimensão sensorial de absoluto desconhecimento : “Aarvevesd lsidutpon usf adfegvban, ligaer isstdg nanst dmstres aostgesd, ésjgaä dnpefsgsgrtrereammutererê eósterepagiment fsosisteraqueö aus sldgdgds eundrris snsiasuds.” As escrituras “psicografadas” pelo demente somente seriam traduzidas por uma moça de cabelos cacheados cujo brilho de sua beleza confundia-se com a da lua. Ela interpretaria, então, apenas a primeira letra de cada palavra do palimpsesto.
Não havia mais nenhuma maneira de conciliar o enorme desejo de rever o ser amado com a eterna solidão dos Jardins da Prússia. Mal sabia que ainda estava viva e que o arcanjo que a convocou acabou por se equivocar. “O ônibus que a atropelou não era verdadeiro, o homem que te amas continua a trabalhar na usina atômica, você não está morta. Acorde”. A Donzela Perfumada acordou e não lembrou-se de mais nada, a não ser do sonho que tivera na noite anterior, quando viu seu próprio corpo em sua infância conferindo diferenças corporais com um rapazinho que se quer conhecia. “Tudo isso nos fundos do Colégio Franciscano”, foi o que lembrou antes de vestir um extravagante vestido cor de abóbora e dirigir-se para a zona de prostituição da cidade.
As putas que operavam naquela região podre foram responsáveis pela libertinagem de alguns jovens padres que tinham o sexo tão rígido quanto nozes. Quando eles introduziam preservativos fosforescentes provocavam o delírio do puterío local que aos berros, resultado de um histeria coletiva que mais lembrava as loucas orgias do Deus Baco, clamavam: “Lampiões comestíveis”. Um dos padres havia nascido de uma dinastia de lavradores mongóis que tentaram em vão plantar cenouras nas geleiras dos Montes Urais.
Era um exímio contador de mentiras. Quando afirmou que o mundo se tornaria pequeno com as telecomunicações num futuro próximo, provocou gargalhadas desenfreadas dentro da catedral. “Imaginem só, dialogar com uma pessoa à mais de dez mil quilômetros, é muita besteira...” Riam sem parar numa caçoada interminável e humilhante. Apesar de contar muitas mentiras, o padre que gostava de putas realizou um profundo estudo sobre a vida sexual de...
As tochas, cada vez maiores, eram jogadas ao escritor, que crucificado e ardendo em chamas, foi perdendo a consciência de maneira paulatina. O Arcebispo Inquisidor ao ler sobre a possibilidade da vida sexual do Messias e que ora era iluminado pela luz febril das chamas que o dava a aparência de Satanás, exclamou forçando majestosamente suas cordas vocais: “Entreguem o que restar das vísceras deste desgraçado aos porcos”. E o escritor foi para os Jardins da Prússia (mais uma vez) e chegando lá perguntou sobre sua personagem “Donzela Perfumada” e ficou chateado ao saber que ela estava apenas dormindo, que virara prostituta ao acordar e que seu vestido laranja era tão ridículo que a apelidaram de “Abóbora Libertina”. Mas ao saber que não estava morto, que as chamas da inquisição eram apenas fruto de uma ficção envolvente e alucinógena e que seu computador havia pifado, ele voltou para a “realidade”. Seu texto estava absolutamente desarticulado, alguns parágrafos desconexos não davam sentido algum aos subsequentes e que o leitor estava tão perdido que resolvera exclamar: “Quanta besteira.”
A linda moça de cabelos cacheados, que amava sem saber o escritor, era oriunda dos mais lindos sonhos e estudava uma maneira de escolher. “As escolhas matam os desprezados.” Sabe-se lá de quem eram as aspas. Estava bêbada de sono como se tivesse bebido das turvas águas do lago de Anacreonte que a deixava com a “feição aparvalhada”. Ao “reabilitar-se” de seu sono, Ela começou a sonhar com a cidade na qual morava. No sonho, havia voltado quinhentos anos na história e via-se perdida numa vasta planície onde animais silvestres davam a impressão agradável de vida abundante. Reconhecendo habilmente a topografia do lugar, Ela avistou a velha estação ferroviária rodeada por índios, que curiosos ou assustados, observavam a locomotiva à vapor estacionada enquanto descarregava os passageiros que mais assustados ainda não destinguiam o lugar onde estavam. “Mas não é possível! Onde estão os edifícios, os automóveis, o movimento... a civilização?” Exclamou e perguntou um dos passageiros, que aos prantos, ajoelhou-se na reduzida e rudimentar plataforma da estação.
Construída na mesma época da tomada de Jerusalém pelas tropas de Tito, a estação ferroviária era uma audaciosa obra da engenharia romana. Segundo o governador romano da região, a estação fora construída visando o futuro. Alegava que na amplitude do tempo as pessoas poderiam viajar por entre os anos e no espaço em questão de segundos e que seres artificiais fariam os trabalhos braçais. Quando seu profeta particular afirmou que Roma seria destruída por um incêndio, resolveu mudar-se para aquela província romana no hemisfério sul e executar as obras da estação ferroviária que estendia seus trilhos á cerca de cem metros para cada lado. Acreditava receber um dia os passageiros do futuro e uma legião de seres artificiais para que ali implantasse um novo império. Apesar de seu delírio (que de fato concretizar-se-ia mais de mil anos depois) acreditava plenamente em sua sanidade, o que levou à morte todos os colonizadores e que anos mais tarde o mataria de fome e por uma estranha doença.
Se o governador romano estivesse vivo iria ver a locomotiva, seu vagão carvoeiro e seus dois vagões de passageiros aparecerem nos apodrecidos trilhos diretamente do nada, iria ver os passageiros descendo dos vagões tão confusos quanto os índios, veria o escritor (que comparou o estranho arco-íris que momentaneamente cortava os céus à longínqua cidade de Odessa) que ficou longos minutos admirando uma índia de pele clara que de nada lembrava as demais e o enigmático bilheteiro que vendia passagens para o além e dizia melodicamente: “Ei, olhe o trem...”
A índia de pele clara era provavelmente uma anomalia genética que anos mais tarde deixaria maravilhados todos os índios com uma beleza de impossível descrição. Seus pais quiseram no passado entrega-la ao sacrifício para os deuses, tentando queima-la num altar da altura da grande árvore mãe da tribo. Só não fora morta, pois um anjo temporal, oriundo de um futuro remoto, avisou-a na noite anterior ao programado sacrifício. Com os pés descalços e com vestimentas que eram constituídas com penas de urubu, fugiu pela madrugada e embrenhando-se na densa mata, caminhou por três noites e três dias até tombar no chão de tanto cansaço, sede e fome. Quando acordou, sentiu um líquido estranho molhar sua cabeça e mãos delicadas que alisaram sua fronte. Estava deitada numa espécie de banheira, completamente nua e cheirando a alfazema, quando uma índia centenária de cabelos grisalhos balbuciou palavras carinhosas: "Acorde menina, por onde esteves? Sua sorte a brindou com uma nova vida, se não fostes encontrada por nosso Pajé, certamente estarias morta." E assim tornou-se filha da centenária de cabelos grisalhos e do Pajé que não tinham filhos graças a uma praga dos demônios da infertilidade. O casal ficou tão alegre que rebatizaram a menina de Ela e rogaram uma praga para matar seus pais antigos e toda a tribo na qual queriam queima-la.
Quando Ela completou vinte e seis anos, os adventos do trem futurista e oriundo do nada causariam grande espanto em sua nova comunidade indígena. Todos os seres que desembarcaram na estação choraram ao ver toda a aquela estrutura ferroviária desaparecer de uma hora para a outra sem deixar nenhum vestígio. Se desesperaram ao ver que estavam no meio de uma grande clareira cercada por índios curiosos e que seus relógios haviam parado para sempre. Tentaram, inutilmente, viver com os índios nos primeiros anos, mas não adiantou. O mundo do qual vieram criou parâmetros modernistas que impediram quaisquer tentativas de vida natural. Não sabiam comer sem talheres, andavam quilômetros apenas para a obrigação do banho diário, tinham vergonha de seus corpos e por isso não viviam nus como os índios e não assimilaram o idioma nativo. Eram no total de dezessete, apenas três ficaram na tribo e conseguiram se habituar com o cotidiano indígena: um era escritor e apaixonara-se por Ela (casaram-se anos mais tarde), outra era uma moça de cabelos cacheados, vivia de escolhas e não apareceu com os "passageiros do futuro", era como um fantasma que volta e meia dizia: "Estou sonhando". Por fim, o terceiro e último sobrevivente da civilização também era do sexo feminino, uma jovem de então vinte e oito anos, de pele clara como a neve e cabelos ruivos que brilhavam com um escarlate ofuscante e tentador nas tardes de sol . Oito morreram vitimados por uma doença estranha e o restante (seis) fugiram pela mata e nunca mais foram vistos.
Odim estava zangado com alguns "sub-deuses" em Asgard. Acreditava que a mitologia nórdica perdera sua popularidade com o passar dos séculos, que o cristianismo havia transformado o mundo numa grande cátedra e que as celebridades papais haviam desvirtuado a religiosidade num grande e profano negócio. Em uma ocasião, quando conseguiu reunir as legiões antagônicas de Locky e Thor proferiu um discurso que provocou a conciliação e mobilização de todos os presentes: "Não podemos mais admitir o usufruto imoral dos ensinamentos do Messias. Apesar de não estarmos ligados àquela mística legislação, precisamos tomar atitudes no sentido de “privar” o mundo de atrocidades como a que eles chamam de Tribunal . A Europa está padecendo com doenças e miséria e a opressão dos tiranos aos humildes é algo aviltante. A evolução da humanidade parou. Talvez a humanidade parou, esqueceu de esquecer as regras. Legitimou as diferenças. Matou a sensibilidade. Criou seres que apenas sabem ler. Nunca mais, nem em Odessa, nem na Prússia, nem mesmo em nenhum lugar, poderei sentir o perfume que meu beijo exalava, quando na fronte da Lua de Cabelos Cacheados, tocava.
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