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Poesias-->ABORTO -- 13/07/2002 - 22:42 (IVAN LUÍS CORRÊA DA SILVA) |
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ABORTO
Sou eu o impuro do cristal
sou eu o grito de terror
sou eu o inseto do mal
que levará a diante a dor.
Sou eu o estanho da bala
que fará parar o seu coração
sou eu a voz que fala
nos lugares de assombração.
Sou eu um pedaço do céu
que cairá do além-mundo
para por fim à humanidade.
Sou eu a desprezada
alma do morto
daquele feto do aborto
que a mulher do casarão
optou por matar
sem temer a crueldade.
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