LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->Duplo-Soneto Argumentativo -- 14/07/2002 - 10:39 (Getulio Marcos Pereira Neves) |
|
|
| |
I
Ao vir de Faetonte ao horizonte
Fartar-me-ei de ver-te desfilar-te
Declamarei de cor as reentrâncias
Surgidas no teu dorso e tuas ancas
Prendas do andar serpenteante
Que prende meio mundo a contemplar-te
E eu em-meio-ao-mundo a desejar-te
E tu solenemente, inalcançável.
Que peno eu em ver-te, irresponsável
A seduzir a mim e toda a rua
Pudica e revoltante, inalcançável...
Então é mesmo assim, ó musa tola:
Cativas-nos a mente, o corpo e a alma
E finges nem dar conta, de tão calma...
II
Tão calma te manténs, inalcançável
Assediada tanto ao desfilares
E sabes proteger-te dos olhares
Daqueles que te olham com malícia.
Mas vê, comigo não, ó musa moça
Juro-te olhar-te diferente
Só quero o que me possas ofertar
Do alto do altar da castidade.
Agora, se da dita te enfadares - e
Não vais sacrificar-te em himeneu
Promete cogitar dos meus encantos.
Pareço chauvinista, ou um babaca?
Não mais que qualquer um que elegeres...
Então, porque não eu, se me quiseres? |
|