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Artigos-->RECOLHENDO AS FOLHAS SECAS * -- 16/04/2007 - 00:47 (Heleida Nobrega Metello) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Recolhendo as folhas secas

(desconheço o autor)













Dê uma volta e junte tantas folhas secas quanto puder. Faça dessa caminhada uma atividade prazerosa. Escolha folhas bonitas.



Depois, escreva em cada folha o que você gostaria de deixar para trás, para poder nascer de novo.



Assim que completar a “inscrição de folhas secas”, guarde-as por alguns dias, e sempre que puder dê uma olhada nelas.



Enquanto isso escolha um vaso bonito e separe um pouco de terra e umas pedrinhas.



Escolha também uma data significativa. Pode ser o dia do mês em que você nasceu.



Pode ser num dia de lua nova, pode ser num sábado, domingo ou outro qualquer...



Qualquer dia é dia, desde que você o considere significativo.



Nesse dia, faça o enterro simbólico de suas folhas secas, sabendo que estão se preparando para ressurgir.



Coloque algumas pedrinhas no fundo do vaso, um pouco de terra. Coloque folha por folha, prestando atenção no que está deixando para trás.



A cada folha, jogue um pouquinho de terra em cima. Complete o vaso com terra.



Não plante nada ainda neste vaso. Ele está em processo de preparação, assim como você. Mas vá pensando na próxima etapa, que é escolher o que irá plantar.



Pense em uma única prática espiritual que gostaria de, realmente, adotar. Só uma, e bem simples. Nada de se impor grandes mudanças, milagres, transformações súbitas. Aprenda com a natureza a trabalhar devagar.



Você terá até o meio do inverno para escolher essa prática. Quando chegar a época do plantio, é porque chegou a hora.



Até lá, suas folhas terão apodrecido, e estarão prontas para gerar vida.



Não se esqueça, entretanto, de regar o vaso. Não precisa ser diariamente, pode ser a cada dois dias, ou três.



Talvez brotem inços – é parte do processo dos jardins. Arranque-os e os deixe sobre a terra, ou os enterre – afinal, eles representam nossos defeitos e falhas, e são, também, adubo.



A única coisa que não pode faltar é aquele mínimo de água, que é, para a terra, o que a água do espírito é para nós: o alimento essencial.



Carl Jung tinha na entrada de sua casa (ou do seu escritório, confesso que não me lembro direito), a seguinte frase em latim:



“Invocado ou não invocado, Deus está presente”.



Essa é a água do espírito, que sempre está acessível a nós. E ela pode, sempre, revivificar o mais seco dos jardins.



Cabe a nós, humanos, o papel de jardineiros, retirando os inços e preparando a terra, para que o jardim não cresça desordenado.



O vento sopra lá fora. As folhas esvoaçam alegremente. Não sabem que se trata da primeira e última dança. Curtem o momento. Tombam no chão.



Recolha todas as folhas que puder.



Provavelmente, elas devem estar sob os seus pés agora.



Faça um culto neste outono.



Reverencie a alquimia da vida.





fonte:http://femininoplural.com.br/terra/jardim/flores/outono.html



postado por Heleida
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