ALENTO DE TODOS
Fechai os olhos,
Escutai o olhar
Palpitante da agonia.
Calai os olhos.;
Escuridão d´alma...
Tormenta que desperta,
Grito que silencia,
Dor que enaltece
A voz da vida.
Vivei essa voz!
Fazei chegar a vós
Os caminhos de nós.
Cantai o canto,
Encantai o encanto.;
Mudai o mundo,
Um segundo.
Abri a janela, e o coração, e o sol.
Deixai entrar a lua.;
Saí à rua.
Olhai para trás,
Olhai para todos.
Senti arder a pira de todos
E soltai o ar preso no nada.
Nada por acaso,
Caso de vós
E de nós,
Libertos no Cosmo,
Prisioneiros da vida comum.
MAURICIO DE MELO PASSOS
|