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Erotico-->SEDUÇÃO 1 -- 16/09/2002 - 20:00 (ADÃO JORGE DOS SANTOS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Saiu à rua tropeçando nas próprias pernas. A raiva estava latente e não seria nada fácil aplaca-la.
Ela tinha perdido o senso da realidade ou estava
querendo brincar com ele. Só que foi uma
brincadeira de muito mal gosto. Ele era avesso à
violência, mas aquela situação não poderia
continuar.; era necessário colocar um fim de uma
vez por todas. E já havia decidido. MORTE. Já tinha tudo planejado nos mínimos detalhes. Ela não teria qualquer chance de se defender. Seria rápido e indolor. Só não sabia o modo que a mataria. Mas sendo homem, a força bruta de seus braços seriam suficiente para por fim a vida daquela maldita.
Atravessou a rua sem se importar com os carros
que desviavam dele. Estava transtornado.
Chegou e entrou sem dificuldade. Dentro da casa
foi direto ao quarto. Viu a porta encostada e a
empurrou bruscamente. A mulher estava deitada e
maravilhosamente nua sob a cama que conhecia
muito bem. Ante aquela visão que jamais teve
forças para resistir, sentiu fraquejar seus
sentimentos. No mesmo instante ,toda a raiva se
perdeu entre as carnes macias e as curvas que o
faziam vir sempre que podia aquele quarto e a se
entregar ao amor daquela mulher. Ela parecia
dormir um sono leve, gemia e todo o seu corpo era
de puro prazer. Os seios arfando, os bicos
rosados pedindo a sua boca, a boca semi-aberta,
carnuda, vermelha, sedutora, que quando em
contato com seu membro sempre rijo, o faziam
enlouquecer desesperadamente, até que ela sugasse
toda a sua essência, todo o seu prazer, gota a
gota, sem que nada se perdesse ou escorresse.
Antes que seu amante chegasse do jeito que chegou
,completamente transtornado, ela já tinha tudo
planejado em sua cabeça. Era uma mulher Meticulosa,sabia bem o que queria da vida, e ele, era o homem dos seus sonhos,o homem que realizou todos os seus desejos, até aqueles jamais imaginados.
Ela não sabia se havia conseguido chamar a
atenção dele do modo que imaginou. Estava
cansada de ser a outra. Decidiu que deveria mudar
as coisas. Sabia que, como todos os casamentos, o
amor do começo há muito se perdera, e as
aparências afloravam a olhos vistos. Quando
escreveu aquela poesia e colocou no bolso
do casaco, sabia que a outra, a legítima,
procuraria por indícios de traição. Não seria ela
que quebraria a regra tão comum às esposas mal
amadas.
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