---------- olha-o vivo pedra a pedra
---------- Ã lenta queda da tarde
---------- entre o cimento que encerra
---------- e empareda a saudade...
---------- olha os pombos da Trindade
---------- aliados na avenida
---------- e o manto da realidade
---------- na mulher branca despida...
---------- No Porto...
---------- olha o cavalo ao tempo
---------- de Dom Pedro, o Liberal
---------- e cavalga por São Bento
---------- até Ã Sé Catedral...
---------- a pique no Codeçal
---------- desce à tona da Ribeira
---------- e de copo baptismal
---------- embenta-te a noite inteira...
---------- No Porto...
---------- olha acesa a madrugada
---------- pela íngreme subida
---------- entre a dor abandonada
---------- e a cidade adormecida...
---------- de asa desfalecida
---------- num derradeiro café
---------- na Batalha voa à vida
---------- sobre o Porto a pór-se a pé!