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Artigos-->POEMA AO AMAZONAS -- 28/04/2007 - 17:55 (Maria Dalva Junqueira Guimarães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
poema ao Amazonas

Enveredei nas mansas águas do Amazonas

embriagando a memória em água, céu e mar,

onde o sol até parece que beija a fonte

sob um céu que o crepúsculo agrisalha

e vê esquadrões a galope no horizonte.



Velejando azuis espaços velejei estrada amazônica – rios

e igarapés – lagos de desejos, ilhas de fantasias – jardins secretos

de Afrodite, mosteiros e esconderijos de monjas lunares.

Tantas andanças por itinerário de nuvens azulescendo

a estrada do sonho no abismo que se esconde na fantasia.



Ficção engole a realidade, traz dos longes lendas bizarras,

encantamento do caboclo nos seringais e tribos;

nas selvas conheci o lado verde do mundo no coração

do Brasil – a transamazônica – portão aberto para o universo.

Em meio a pequenas grandes coisas senti mais perto do céu.



Navegando o Catamarã dei asas à imaginação, visitei rios, florestas,

campos e cidades – Tocantins e Araguaia, o Xingu e Tapajós,

Solimões e o colossal Amazonas, Santarém e Marabá, Belém e Manaus;

a procissão do círio de Nazaré, na linha do Equador mar sumindo em rios.

Na imensidão das águas um recital de poesia invade o território

Amazônico; em trânsfugas de poetas um turbilhão poético.

Embriagada no verde naveguei navios em mar de esperança.

Na ilha afrodisíaca de Marajó ancorei minha embarcação,

vislumbrei o encontro das águas verde-esmeralda do Tapajós

c´o as águas ocre-argila do insondável rio Amazonas.



Nas praias de água doce com ondas de mar deleitei o corpo semi nu

em Santarém, Alter do Chão, o Caribe brasileiro e em Marapanim

o nudismo; em Bragança a dança da Marujada e em Monte Alegre

grutas, cavernas, sítios arqueológicos e as fontes sulfurosas, margeando

Alenquer a Morada dos Deuses – concentração de rochas calcárias.



No embalo do carimbó busquei o silêncio das brenhas,

sorrindo e rindo mil abrolhos numa ânsia sutil de esquecer o mundo,

embriagada em açaí, pupunha e uxi e outros sabores tropicais

velejei teu leito manso, vaguei assim sem norte certo

e meu barco incerto levou-me à paz do teu remanso.



Ao visitar-te “um pedaço de mim foi-se c’ as ondas,

um outro, na areia se perdeu e outro, nos rochedos se alojou.

Outro pedaço de mim entrou nas dobras duma conchinha,

em meio a tantos nacos de sonhos e mil relembranças

fez-se um silêncio branco; pensei que se perdia, aos poucos, meu eu.

Uma outra parte de mim foi-se c’o a brisa e no horizonte se perdeu.

Uma outra parte de mim seguiu numa enorme embarcação de sonho.

A embarcação passou, ficaste c’o a brisa no oceano de água doce.

E eu, perdida em brisa de mar e rios e sem horizontes.

De meu eu, afinal, o que restou?







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