Cai a chuva do alto da serra.
O silêncio me diz que
Nascerá um novo dia e
Teremos que continuar
A navegar. Os nossos sorrisos
Novamente se maquiarão de tensão.
Das nossas bocas alegres,
O que se verá então será a
Necessidade de se ter pressa, de
Ir sem saber para onde.
Nuvens negras descem da serra . . .
Grave na memória o correr do rio,
Uma música de muitas melodias que
Está esquecida pelo mundo
Meio-humano . Voe rápido, bem-te-vi !
Acho que conseguiste fugir da
Chuva fina que cai sobre suas asas,
Revivendo no meu sonho a
Explosão das guerras que
Deixam de lado o que é belo,
Infinito e insubstituível .
Tempo corre, feito a chuva da serra,
Ampliando em mim a saudade pela vida.
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