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Contos-->LÍDIA -- 19/05/2002 - 23:39 (Reginaldo dos Santos) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


São 16h20. Terminei de almoçar e agora bebo tranquilamente meu guaraná com gelo e rodelas de laranja. Decidi parar mais pelo cansaço e dor nas pernas que propriamente pela fome. Precisava descansar um pouco. Do apartamento até ali eu gastara sete horas e meia de caminhada. Parei quatro vezes: pra tomar água de coco, depois uma coca-cola e água de bica. Por último, numa barraquinha instalada pouco antes do Túnel da Mata-Fria, pra comprar água – tão abundante alguns quilômetros antes. Perguntaram-me para onde ia. Minas!, respondi. A mulher, que não ouvira, por estar um pouco mais distante e por ali passarem muitos caminhões, perguntou ao marido: Pra onde ele vai, pra Minas? O marido foi sintético: É!, disse. E a mulher não compreendendo bem, já respondeu por mim. Ah, promessa!
Estou alguns quilômetros à frente do túnel e cerca de dois quilômetros antes de Mairiporã, a primeira cidade depois de São Paulo, sentido Belo Horizonte.
Quando me sinto desorientado e preciso pensar, caminho ou pedalo até que o corpo fique extenuado.
Na noite anterior, tive uma discussão com Lídia; das piores que já houve. Prometi-lhe tomar uma decisão quando voltar para casa, e isto pode ser hoje, amanhã ou depois.
Sempre soube que eu era diferente. Acredito que ser comum, não ser percebido, festejado, é desejo de quem tem medo. Aqueles que são verdadeiros, querem o reconhecimento. Mais que olhar: ser olhado. Mais que desejar: ser desejado. Mais que simplesmente deixar correr os dias: correr riscos, aventurar-se. A vida é constante desafio. Podemos viver ou simplesmente seguir. A escolha é de cada um. Optei sempre por testar meus limites. Só não podia ter envolvido Lídia. Talvez tenha sido um erro. Conto o que aconteceu...
Eu e Lídia havíamos recebido a visita de Júlio, nosso amigo de longa data – dez, quinze anos. Bebemos um pouco além do normal. Eu, vinho. Lídia e Júlio, tequila com limão, sal e ritual incluso.
Júlio já estava quase dormindo no sofá, então fui arrumar sua cama no quarto de hóspedes – não temos filhos. Voltei para chamá-lo e ele seguiu para o corredor. Mas, ao invés de entrar em seu quarto, correu para o nosso e se atirou na cama. Olhei para Lícia, que riu e se mostrou curiosa sobre que artimanha eu usaria para tirá-lo da cama, pois Júlio, além de ser muito mais forte que eu, é professor de Judô. Resolvi apelar. Apanhei a filmadora no guarda-roupa, entreguei a Lídia e fui puxando sapato, meia, calça, camiseta. Quando ficou só de cuecas, ele mesmo a tirou.
- Filma aqui, Lídia!, eu disse apontando para seu pênis.
- Credo, que feio, que pinto mole!, divertia-se Lídia.
- Quero ver o do Márcio, então! Vai, bonzão, tira a roupa pra ela filmar!, provocava Júlio.
Lídia apontou a filmadora pra mim e, lentamente, fui tirando a roupa. Quando finalmente me livrei da cueca, Lídia dava pulinhos. Depois largou a filmadora na cama e me beijou, segurando meu pinto. Quando nos afastamos, Júlio segurava a câmera. Focalizava Lídia.
- Agora é sua vez!, disse pra ela.
Lídia me olhou e, como resposta, pus um cd e me sentei na cama, ao lado do Júlio.
Além do clima de brincadeira, a bebida lhe deu coragem. Tirou a sandália, depois a calça, camiseta e ficou de costas. Dançava suavemente e, assim, livrou-se do sutiã. Ficou de frente cobrindo os seios com as mãos e continuou a dança. Depois se aproximou de nós, jogou os cabelos sobre os seios e retirou as mãos. Seus cabelos não cobriam muito, e logo ela jogou os cabelos para traz. Ficou de costas novamente e tirou a calcinha. Inteiramente nua, virou-se para nós e continuou a dança. Júlio, agachado no chão, filmava cada detalhe do corpo de Lídia. Tomei a filmadora de suas mãos e recuei o zoom.
- Agora, me diz: esta ereção começou em qual parte do streap-tease?
Ele riu nervoso, mas respondeu: Ah, quando ela tirou o sutiã! Lídia, com todo o respeito, mas seus seios são deliciosos!
- Com todo o respeito e com o pinto duro? Que respeito é este?
Lídia estava se divertindo muito. Todos estávamos. Colei meu corpo ao dela e, segurando a filmadora com a mão direita, com a esquerda acariciei seus seios. Os bicos estavam duros, duríssimos.
Fiquei de frente pra ela e a puxei até a cama. Focalizando seu rosto, perguntei:
- E você, quando ficou com os bicos tão duros?
- Quando o Júlio disse que eles são gostosos!, confessou e riu nervosamente.
- Eu disse deliciosos!, corrigiu Júlio.
- Ah, ficou excitada, é? Então, fala novamente Júlio! Só que no ouvido dela!
Júlio falou e Lídia empalideceu. Os bicos ainda mais duros.
- Agora, fala de novo e dá uma lambidinha na orelha dela!
Ele fez e Lídia gemeu, ajeitando-se entre as pernas de Júlio. Fiz um gesto para que ele repetisse, e Lídia estendeu o braço direito, puxando-o pra si. Aos poucos seus corpos colaram. Lídia movimentava-se como se o estivesse cavalgando, e Júlio finalmente tomou a iniciativa, empalmando um dos seios dela. Foi então que ela ficou de joelhos, rodou sobre os mesmos e ficou de frente para o Júlio, lhe oferecendo os seios.
Quando dei a volta na cama, Júlio já chupava os seios de Lídia, que gemia baixinho. Ela continuava seu ritmo e, aos poucos, se deixava penetrar. Júlio puxou suas roupas, tirou uma camisinha da carteira e eles se separaram. Lídia deitou-se de costas e não precisou aguardar muito. Logo ele a penetrava novamente, entrando e saindo com força, lambendo, chupando e mordendo os ombros, o queixo e os seios de Lídia. Foquei o rosto de Lídia e, por sua expressão e a forma como gemia e se agarrava ao lençol, percebi que havia gozado. Júlio continuou seu ritmo e logo também gozou.
- Vou tomar banho!, ele disse depois de alguns instantes, deixando-nos a sós.
Lídia me abraçou chorando e durante toda a semana não tocamos no assunto. Ontem, quando finalmente quebramos nosso pacto de silêncio, discutimos. Lídia diz ter descoberto muitas coisas sobre si depois daquela noite, e não quer que se repita. Não com ele. Lídia quer outros homens. Muitos outros. Somente aguarda minha decisão.

01/04/2002 – 19h12
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