A Construtora Gautama, apontada pela Polícia Federal na Operação Navalha como a principal beneficiada do esquema de fraude em licitações de obras públicas, foi responsável pela construção da sede da PF em São Paulo em 1997. Em valores da época, a empresa cobrou R$ 41,6 milhões pela construção.
A empresa foi criada formalmente em julho de 1995 e está na mira do Tribunal de Contas da União. Pelo menos nove obras públicas de grande porte em seis estados estão sendo auditadas. Os contratos somam cerca de R$ 500 milhões. O TCU não encontrou irregularidades nas obras da PF paulista.
Na lista do TCU estão, por exemplo, a Adutora Italuiz (MA), Infra-Estrutura Hídrica de Aracaju (SE), Barragem Poço Verde (SE), Adutora Serra da Batateira (BA), Macrodrenagem Tabuleiro dos Martins (AL), Irrigação do Rio Preto (DF) e Estrutura Turística de Porto Velho (RO).
O grupo que fraudava licitações de obras públicas pode ter desviado mais de R$ 100 milhões de recursos públicos em um ano, segundo informações da Agência Estado.
Segundo a PF, o esquema foi iniciado pelo sócio-diretor da Construtora Gautama Ltda., Zuleido Soares Veras, preso na operação, que articulou uma rede de empregados, sócios e lobistas, que cooptavam funcionários públicos de diversos escalões nos níveis federal, estadual e municipal. A quadrilha atuava desde a aprovação até o pagamento das obras. Agiu em projetos do Luz para Todos, de saneamento e na construção de estradas e pontes.
Leia mais sobre licitações fraudulentas no www.g1.com.br
|