Percalços compõem minha vida
Onde a sutileza nunca foi o forte,
Palavras escorrem da minha boca
Alimentadas pelas feridas que tenho no coração
Tropeços, estrias do meu caminho.
É o meu vale profundo,
Que tenho que enfrentar
Guardado no âmago do meu pesar, espelho
Nítido, Amplo, Correto
Figuras se apresentam, cativam.
No frio do meu mundo
Tudo quer dizer algo,
A clareiras já não escondem
O que por tanto tempo lá ficou
O coração após longo tempo, bate.
Vazio, o espírito luta
Foragido, o corpo se esconde
Amargurado, a alma escreve
Fria, a mão padece
O sol e seu calor se aproximam, sugo.
Insensatez querer,
Insensatez mostrar.
As clareiras novamente se apresentam,
Mas já e tarde demais para se esconder novamente
(05-07-2002) |
