Eis o relato de viagens épicas
D um arcanjo de asas tétricas
Que fora expulso dos céus de origem.
Este ser alado, reluzente foi criado,
Depois de banido, Anjo Negro é chamado,
Por atormentar os que neste mundo vivem.
Os olhos outrora brilhantes, hoje escuros,
Refugiam-se dos olhares intrusos dos homens,
Ora em túmulos de escuridão total.
De sua alma obscura, brota o puro mal.
Dos homens, retira-lhes tudo o que têm,
Inclusive a esperança de dias futuros.
Durante anos estivera adormecido
Em sua cova, de horrores enfeitada.
Lentamente, move cada músculo enrijecido,
Aguça cada garra afiada, como espada.
Brande as asas, em fúria de assassino instinto!
É hora de caçar, tem fome, está faminto.
Seu rugir é ouvido ao longe!
Estremecem os montes, ecoam os vales.
É dado o alerta: Solta está a fera!
Ajoelham-se em preces cada monge,
Os eremitas falam do anjo, seus males.
Cada virgem sabe, no entanto, o que a espera. |