Os apontados como envolvidos nas maracutaias e licitações fraudulentas de um esquema desmantelado pela Polícia Federal serão ouvidos por autoridades
Foi transferido para sexta-feira (25) o depoimento de Fátima Palmeira, diretora comercial da construtora, que seria emissária de Zuleido Veras, dono da Gautama e apontado como o chefe do esquema de corrupção.
Outros cinco depoimentos estão previstos para a sexta. Devem falar Rosevaldo Pereira Melo, empregado e suposto lobista da Gautama; Abelardo Sampaio Lopes Filho, engenheiro e diretor da Gautama; Gil Jacó Carvalho Santos, diretor financeiro da construtora, que providenciaria dinheiro para o pagamento de propinas oferecidas a servidores públicos e políticos; Dimas Soares Veras; o irmão de Zuleido Veras, que atuaria para o grupo no Piauí; e finalmente Vicente Vasconcelos Coni, diretor da Gautama no Maranhão.
O empresário Zuleido Veras vai prestar depoimento à ministra Eliana Calmon neste sábado (26), quando também será ouvido seu filho, Rodolpho de Albuquerque Soares de Veras.
Rodolpho Veras seria dono de uma empresa que utilizada para transferir dinheiro para pagamento de propinas. A funcionária da Gautama Tereza Freire Lima, que supostamente providenciava dinheiro para as propinas, também vai prestar depoimento.
O último interrogado no sábado será Henrique Garcia de Araújo. Administrador de uma fazenda do Grupo Gautama, ele transportaria, segundo a PF, o dinheiro das propinas e teria exercido papel relevante na lavagem de dinheiro obtido pelo grupo. Por meio de compra e venda de gado, a propriedade seria usada para legalizar os recursos obtidos ilicitamente.