Revolução social
“Revolução social" é uma expressão que está intrinsecamente ligada a um nome: Karl Marx, filósofo alemão que foi expulso da maior parte dos países europeus devido ao seu radicalismo.
Segundo ele, o capitalismo era o principal responsável pela desorientação humana. Defendia a idéia de que a classe trabalhadora deveria unir-se com o propósito de derrubar os capitalistas e aniquilar de vez a característica abusiva deste sistema que, segundo ele, era o maior responsável pelas crises que se viam cada vez mais intensificadas pelas grandes diferenças sociais.
A sua proposta era portanto, a REVOLUÇÃO SOCIAL, que aparentemente tinha tudo para ser um sucesso, mas não foi.
Toda ideologia pura é sempre mais que perfeita, mas ao ser colocado na prática, esse ideal são distorcidos, mal utilizados, gerando os mais variados conflitos e fadado ao fracasso.
No caso de Marx, um dos seus primeiros seguidores, Lênin, que utilizou suas idéias, e renomeou o comunismo para marxismo-leninismo, entretanto, alguns marxistas discordaram rigorosamente dos caminhos escolhidos por Lênin, e de lá para cá, as divergências, evidentemente, só intensificaram-se.
Muitos historiadores e cientistas sociais da atualidade, independente de concordarem com as teorias de Marx, tem entre si o consenso de que para se compreender uma sociedade, deve-se entender primeiramente sua forma de produção.
No Brasil, a única revolução social de sucesso foi a abolição da escravatura, que prevaleceu em 350 dos nossos 507 anos de história.
Tal revolução se deu sem violências, segundo alguns, devido a instituições que primavam pelo progresso, ao esclarecimento dos líderes da referida revolução e também a tão conhecida humanitária alma popular do brasileiro.
Assim sendo, em 13 de maio de 1888, estabelecia-se no Brasil, uma nova sociedade, desprovida das barreiras vergonhosas da discriminação racial, fraterna entre ricos e pobres, brancos e negros. Pelo menos é o que se pensava...
Cientistas sociais brasileiros, como Florestan Fernandes, Octávio Ianni, Fernando Henrique Cardoso etc., negaram o significado histórico da Abolição. Mencionavam a violência do escravismo brasileiro, mas designaram a abolição como "negócio de brancos", que visaram mão de obra barata, onde os abolidos não obtiveram grandes conquistas, já que não mereceram indenizações ou algo similar.
Mas de qualquer maneira, foi uma revolução social significativa no nosso país.
Tere Penhabe
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