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cronicas-->A vida carnavalesca de Dona Lucrécia Adami -- 06/05/2000 - 17:53 (Humberto Azevedo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A máquina do tempo
Converso com o Dr.º Brow. Ele me passa as dicas de sua máquina do tempo. Quem nunca imaginou estar na pele do personagem do Michael J. Fox, do De Volta Para o Futuro? Através da incrível viagem pelo tempo, pude ver pessoalmente como eram os carnavais da cidade. As brincadeiras ingênuas no carnaval. As pessoas pulavam e brincavam realmente o carnaval! Um carnaval dos outros tempos...
As marchinhas e as músicas de época eram tocadas pelas bandas, que animavam os foliões da década de 30. Um carnaval de uma década perdida que não volta mais! As alegrias de um tempo de confetes, serpentinas e muita folia. O carnaval era a tarde. As fantasias não eram tão luxuosas, não tinham nem plumas e nem paetês! Os blocos Ride Palhaço e Democráticos causavam discussões apaixonadas pelos coordenadores dos dois blocos. Não há como dizer: esse bloco é mais bonito que aquele.
Estou no ano de 1937. Conheço os primeiros foliões dos dois blocos. Não estou vestido a caráter para a época. Um tênis, uma calça jeans preta e uma camisa branca sem estampa são as minhas vestimentas. De qualquer forma as pessoas me olham com ares de curiosidade...
O bloco dos Democráticos sai as ruas às 16 horas de uma terça carnavalesca. Ao contrário dos atuais tempos, os blocos desfilavam pelas variadas ruas da cidade. Não ficavam apenas com uma volta na praça. É o que confirmo da leitura de O Marginal, de um certo tio-avó meu.
O bloco dos Democráticos desfila com as fantasias do Rajá. O mundo árabe é uma festa! Neste desfile conheço uma menina em volta dos seus 12 anos. Ela acompanha toda turma dos Democráticos. Essa menina, que se chama Lucrécia Adami, viria a ser entrevistada por mim no ano 2000.
Percebo que animação é a marca registrada dos carnavais de antigamente. Não se escuta o ritmo babalorixá da Axé Músic, que empobrecem nossos ouvidos musicais. O que se escuta são as marchinhas que animam qualquer festa em pleno ano 2000. Ouvem-se Braguinha, Lamartine, Zé Kéti, Mário Lago e tantos outros...

Não só de carnaval!!!
Agora chegam as eleições de 1990. Vejo Dona Lucrécia se envolvendo com a campanha eleitoral para o governo de Minas. Ela recebe em casa o então jornalista Hélio Costa. Com uma rodada de drinques, logo o jornalista começa o seu discurso para os seus companheiros de campanha.
Embora, o discurso de Hélio Costa seja inflamado, ele não me passa confiança, como o Brigadeiro Eduardo Gomes me passou no seu discurso de 1950. Era em Itajubá, eu estava ali acompanhando as fileiras udenistas. Dona Lucrécia se localizava ao lado do Brigadeiro e do coronel Chico Moreira.
Embora eu tenha lutado junto com seu Lalá Tibaes nas milícias da Revolução de 32, não poderia sair em defesa do baixinho e bom velhinho. Estava apenas como observador e não poderia mudar a história.
Era uma pena! Pois, Dona Lucrécia, era uma mulher digna de fechar o trànsito. Isso, o sobrinho-neto Cleber já tinha me falado. Mas pessoalmente, eu nunca imaginaria estar tão perto de uma mulher tão bela! Tão mais bela que nos retratos. Era apenas um observador, que conseguira viajar no tempo, para seguir os passos dessa senhora. Dos tempos que ela trabalhou no Banco Mineiro do Oeste, em Belo Horizonte, marco sua presença marcante na vida!

Amor a terra!
Na entrevista que esta senhora me deu, já no ano 2000, o que mais me impressionou foi seu amor por Santa Rita do Sapucaí. A alegria, que é uma de suas maiores características, encantam a qualquer repórter que tenha oportunidade de entrevistá-la. Sua experiência de vida não é só marcante do ponto de vista carnavalesco e político. Sua história de vida se confunde com as várias alegrias que ela colecionou ao longo do tempo. Uma mulher de sucesso!

Texto publicado no jornal Minas do Sul no dia 4 de março
Autor: Humberto Azevedo
Texto escrito no dia 1º de março
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